segunda-feira, 21 de novembro de 2016




ALGUÉM ME HELPAAAAA! PS: Agradecimento!

Quase um ano nesse cantinho e foi o mais longo tempo que eu passei numa fanfic. Prolonguei demais nela e cada capitulo escrevi com tanto amor. E eu achei que não ia conseguir terminar essa historia tão linda. Pensei demais em como agradecer e agora estou aqui sem palavras. Foram mais de 2 mil comentários, mais de 173 mil visualizações - Recorde das minhas fanfics.- E por isso te encho de OBRIGADA. Se você tá aqui lendo isso é porque você me aguenta demais e prezo pela sua atenção e mais que tudo prezo pelo seu comentário. Se você está aqui lendo isso é porque gostou da minha fanfic. Se você gostou ou simplesmente não gostou de alguma parte da minha historia, coloque aqui em baixo nos comentários uma parte da fanfic que você achou, estarei lendo e guardando no meu coração seu comentário e eu responderei ele com muito amor.
Agradeço a você leitores que fizeram parte dessa historia. Dedico a vocês a minha próxima fanfic, que espero de coração que vocês continuem lendo e acompanhando a minha forma de expressar. 😙

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Epílogo

Nunca fui capaz de nos entender, ela era o fogo que minha vida faltava, sempre falei de amor nas minhas canções, me mostrava que era bem resolvido na questão "amor" mas nunca tinha se quer conhecido antes da Bianca aparecer na minha vida e mudar todo meu destino. Muitas vezes mergulhei de cabeça nessa paixão, no prazer que ela me proporcionava e esquecia até do meu nome, era assim que eu gostava. No nosso relacionamento existia o fogo que nunca conseguia entender quando a chama se acendia. Me questiono se com outra eu poderia sentir o que eu sinto de tão puro e verdadeiro se não existisse a minha Bianca. Ela se tornou pouco a pouco meu coração, não só fez moradia nele mas mudou tudo dentro de mim, passei por cima de muita coisa e a defendi de muitos. Agora cá estou eu de cabelo branco e usando óculos, não sou mais aquele novinho mas ela parece que se rejuvenesce a cada instante, sempre bem vestida e com o que eu mais gosto, aquele sorriso de menina.
-Tá pronto? - Balancei a cabeça afirmando. - Então vamos!
-Tá linda! - Beijei seu pescoço, aah que gostoso ver que ela ainda se arrepia comigo.
-Obrigada, você também tá gato! Se não tivéssemos a formatura da Isabel pra ir eu tirava esse sua roupa rapidinho! - Ela apertou a minha gravata me trazendo pra ela onde eu roubei alguns bons beijos e muitas apalpadas em seu bumbum.
-Então tira! - Desafiei.
-Não bobo, vamos!
Ela segurou a minha mão e descemos, meus meninos estavam lindos, exceto pela cara amarrada por ser obrigado a usar terno e gravata.
A formatura da minha menina estava linda, impedi - mais uma vez - do Pedro dançar a valsa com a minha menina. Sendo o centro das atenções dos pais e alunos da escola. Mas eu não estava nem ai, eu ia perder a minha menina logo, ela estava preste a ir pra fora do país estudar cinema, ela se encantou quando fiz participação em um filme e ela foi comigo, logo largou o sonho de ser atriz e sonhou mais alto em ser algo melhor do que beijar na boca de muito mauricinho. Estava orgulhoso dela e também chateado por ter que deixar ela viver a própria vida. Pedro voltou a conquistar o coração da minha menina, e eu tive que dividir o mesmo lugar, ou tentar aprender. Ela se derreia feito manteiga quando ele aparecia em casa com uma rosa diferente. Ryan não era diferente, fiz jóinha com a mão quando vi ele dançando com a Priscila sua namorada. A dança acabou e eu deixei que Pedro conduzisse a minha menina na outra musica.
-Agora você é todo meu? - Isabel perguntou quando eu abracei ela enquanto balançava nós dois de um jeito desengonçado.
-Todo seu. - Beijei sua boca.
-Pietro não tá gostando nada dessa festa. - Ela riu e eu encarei meu garoto que tinha a carinha de tedio.
-Vamos deixar ele na casa dos meus pais e eu sou todo seu, pode ser? - Sorri de lado.
-Pode ser sim!
E assim fiz, quando chegamos em casa, a sós. Tendo a certeza que meus filhos não iam chegar tão cedo, agarrei minha garota com todas as forças e a beijei até perder o folego.
-Preciso te contar uma coisa... - Bianca empurrava meu peito mas eu avançava em seus lábios resmungando "Hm" - Eu to gravida!
-Oi?
Parei no mesmo instante.
-Pois é. To gravida!
-Uai amor! Que coisa linda! - Subi beijando seus lábios outra vez, feliz, contente.
-E é duas!
-Duas?
-Sim, duas meninas.
O ar me faltou, não, de novo não. Logo duas senhor? Já sofri tanto por uma menina e agora cê me dá duas de uma vez? MERDAAAA.
Fim.


Capitulo 163

Narração da Bianca
-Tá tudo bem com você? - Senti André bem próximo de mim e eu o empurrei como pude.
-O que você acha? - Grunhi sentindo-me humilhada.
Sua risada me arrepiou. Eu estava com os braços formigando de tanto tempo presa, meu corpo doía. A corda que prendia meus pulsos eram apertadas, eu estava de pé, meus tornozelos estavam doendo, amarrados com uma outra corda. Me impossibilitando de sair do lugar. André foi mil vezes pior dessa vez. Não me alimentou e eu estou um dia sem ir ao banheiro.
-Seu maridinho está vindo! - Paro pra encarar ele. Meu coração chega a vacilar. -Pode ficar feliz, mas não por muito tempo.
-O que você tá tramando? - Minha voz sai fraca, mais fraca do que eu imaginava.
-Nada, lindinha. - Ele passa a mão no meu rosto e eu me esquivo do seu contato, sem muito sucesso, ele gruda no meu corpo e beija meu pescoço, tento me afastar mas tem uma parede atrás de mim. - Não precisa fugir de mim. Você sabe o quanto eu te adoro.
A barba dele roça na minha pele e eu só sinto vontade de vomitar, mesmo sem ter nada no meu estomago.
-Eu te odeio! - Junto o pingo das minhas forças que me restam e o empurro. - Não encosta em mim! - Gemo em frustração. As minhas lagrimas embaçam minha visão, minhas mãos amarradas me impedem de secar as lagrimas que não param de descer.
O celular dele começou a tocar e ele se afastou, saltitante. Perdi mais uma vez a noção do tempo. Eu chegava a cochilar por cansaço e fraqueza e acordava assustada e me lamentando por estar presa.
-Linda, ele já está vindo! - André entrou e logo saiu. Passou mais algum tempo e ouço um barulho de carro. André entra no quarto onde eu estou amarrada e puxa uma fita adesiva.
-Não, não, não! - Tento me desviar mas ele é forte e me amordaça. Agora não posso gritar. André me beija por cima da fita mas mesmo assim eu luto contra aquele contato. Nojo.
Ele se retira e eu tento ouvir o que está acontecendo lá fora. Ouço a voz do meu amor, mas ele discute com o André. As vozes estridentes se aproximam e vejo o meu amor entrando, André logo atrás com uma arma apontada pro Luan.
-Olha só quem eu deixei vir. Seu amorzinho.
-Bia! - Luan correu até mim me avaliando.
-Não encosta nela, se afasta! - André usou o tom de autoridade.
-Solta ela! - Luan gritou pro André que riu.
-Não vou soltar ninguém. E se afasta porque eu não estou pra brincadeiras. -André sacodiu a arma mandando o Luan se afastar. Luan se afastou levantando as mãos pro alto como se rendesse, Luan me encarava o tempo todo, seus olhos fundos deram a certeza do que eu pensava: Luan não dormiu nada a noite passada, me preocupo com Isabel e Pietro. André falou que Ryan estava muito bem com Aline mas duvido muito.
-O que você quer?
-Vamos fazer uma brincadeirinha... Está vendo essa arma? Vamos brincar com ela. - André abriu a parte onde as balas ficavam armazenadas e deixou cair cinco, deixando uma única na arma, ele girou e fechou o armazenamento.
-Começa você! - André deslizou a arma e Luan encarou ele sem entender. - ANDA!
-Pra que isso?
-Faz o que eu to mandando!
-Fazer o que:?
Eu já estava entendendo, Me debati assustada.
-Quer que você mire em você e atire, se tiver sorte não vai morrer.
-Isso é brincadeira né? - Luan falou assustado.
-NÃO É BRINCADEIRA, PORRA!
André mantinha a sua outra arma apontada pro Luan.
Luan pegou a arma, dava pra ver que ele não queria fazer isso, eu também não queria que ele fizesse aquilo, me debatia angustiada, eu tentava gritar através da fita grossa colada na minha boca, as lagrimas rolavam no meu rosto.
-Anda! - André tinha o sorriso aberto.
-O que você vai ganhar com isso?
-A Bianca só pra mim!
-Você nunca vai ter ela, ela nunca vai querer você, nunca vai te amar como me ama!
-Foda-se. Ela vai ser obrigada a ficar comigo. -Luan olhou pra mim, eu piscava insistentemente, doía em mim saber que ele estava sendo obrigado a fazer isso.
Luan encarou a arma e levou a mesma até a cabeça, fechou os olhos e eu já não enxergava direito e então fechei os olhos ouvindo o "Tec" da arma, respirei aliviada por não ter bala na válvula. Respirei ofegante, abri meus olhos e encarei os dois. André continuava sorrindo, Luan colocou a arma na mesa e André pegou de volta.
-Agora é a minha vez. - André fez a mesma coisa que o Luan fez com a arma. Eu ansiava que aquela bala fosse a próxima e ele morresse me deixando livre dele mas não foi o que eu mais queria, e agora era a vez do Luan, outra vez as minhas lagrimas se fizeram presente.

-Agora é a sua vez, e você! - Apontou pra mim - vai ficar de olhos abertos dessa vez. Luan pegou a arma e mirou nele. André me encarava e me forçava a ver tudo aquilo, Luan fechou os olhos e apertou o gatilho, MERDA! Aquilo é torturante, por sorte não foi dessa vez que a bala saiu da arma. Agora era a vez do André mas antes ele tirou o celular do bolso.
-Fala. Aline? - André começou a falar e eu prestei atenção no Luan.
Ele Puxou a calça mostrando o tornozelo com a arma que ele tomou de mim, ai se ele não tivesse tomado de mim, André estava morto e eu tinha matado! Luan fez sinal para eu me acalmar e puxou a arma colocando na cintura atrás.
-Tá, tá... Podem vir, assim esse pirralho se despede do pai... Vocês vão ver! - André desligou e voltou a nos olhar. - Minha vez, não é mesmo? - Ele levou a arma na cabeça fechando os olhos levemente. Implorei mentalmente que ele se desse o tiro de uma vez, mas mais uma vez não aconteceu. MERDA.
André jogou a arma de volta pra mesa pro Luan pegar mas antes do Luan fazer de novo o ritual que o André tanto insistia, Julia entrou como furação, logo atrás Ryan que arregalou os olhos e fez menção pra vir mais perto porem Aline segurava seu braço.
-O que vocês estão fazendo? Meu Deus! - Ryan exclamou aterrorizado. - Soltem minha mãe, porra! Pai? - Ryan encarou a arma na mão dele, era um baque pra ele. - E quem é você? - Encarou o André com nojo.
-Fica quietinho com a sua mamãezinha ai pra não sobrar pra você!
-O que? - Ele estava assustado, não tinha ideia quem era ele e eu nem podia explicar. - Mãe! - Ele veio pra perto de mim tirando a fita da minha boca rapidamente.
-Sai de perto dela moleque! - André agarrou a gola da camisa do meu filho e puxou. - Anda, filho da puta, atira! - Falou pro Luan. - Ou esse moleque morre nas minhas mãos!
A dor era piro, meu menino estava nas mãos do cara que eu mais odiava, Luan estava na mira da própria arma, faltando só duas balas. Agora era tudo ou nada. Eu não entendia o plano do Luan com aquela arma que estava agora na cintura dele.
-Vamos fazer um acordo!
-Não quero fazer acordo nenhum, porra! Quero você morto!
-Certo, você libera a Bianca e o Ryan, você me quer morto! - Aquela frase me desequilibrou, não tinha forças pra sair daqui e deixar ele, nem minha voz saía pra poder protestar.
-Você acha que eu sou bobo? Bianca é minha!
-Ela não tem forças pra correr, você vai conseguir pegar ela de volta, só não quero que ela sofra mais por me ver morto. - O nó que se formou na minha garganta foi maior que todos que eu já tive, não quero sair dali e perder meu amor, não assim. As lagrimas desceram queimando minha vista.
-Certo! - Ele empurrou Ryan em direção ao Luan - Se despede do papaizinho.
André foi me soltando aos poucos me deixando livre. Eu não tinha forças e eu não queria deixar meu amor ali. Vi Luan entregar algo pro Ryan e falar com ele baixinho, mantive André ocupado para qual seja o plano do Luan com o filho der certo.
-Eu não quero ir!
Luan me abraçou dizendo que daria tudo certo, beijou minha cabeça Mesmo protestando, Ryan me carregou dali, ele tinha força, era mais alto que eu e parecia que ficou muito bem com a Aline. Se eu sobrevivesse aquela noite eu perguntaria pro Ryan o que aconteceu com todas as preocupações de "Não aceite nada de estranhos" Que ele tanto ouviu de mim e do seu pai, que essa hora estava na mira do André. Ryan destravou o carro e me colocou na banco de trás, não entendi, mas quando ele assumiu o banco do motorista meu alarme acionou, ela sabia dirigir pelo que o Luan ensinou, nas poucas vezes.
-Ryan, você não sabe dirigir!
-Mãe, me deixa fazer a coisa certa!
-Seu pai... - Segurei seu braço antes de ligar o carro.
-Ele disse que era pra fugir, mãe. Eu não quero perder a senhora também...
Ele estava chorando, eu não aguentei e chorei. Ouvimos um tiro e seguido de mais outros incontáveis. Chorei como nunca chorei. Não vi quando o meu filho ligou o carro e deu a partida nos levando, em alta velocidade.

Narração do Ryan.

Eu estava confuso, eu nunca passei por isso na minha vida, quando eu fui me despedir do meu pai ele me pediu que eu cuidasse da minha mãe e que pegasse o carro dele e dirigisse na toda velocidade que eu  mais queria quando ele me ensinava, mas eu não podia. Agora ele me deu a liberdade de fugir e ir pra delegacia mais próxima e explicasse o lugar de onde eu e minha mãe estava vindo.
Depois que eu ouvi os tiros não pensei duas vezes em ouvir meu pai me mandar cuidar da minha mãe.

Narração do Luan.

André me pressionou pra atirar em mim mesmo mas eu já havia trocado a arma que antes estava na minha cintura, agora estava na minha mão, eu tinha que ser rápido e certeiro, não podia errar. Mirei a terceira vez na cabeça, destravei o gatilho e menos de um segundo eu já mirei no André soltando um tiro, destravei o gatilho algumas vezes e acertei antes dele cair e ainda dá um tiro na minha perna. A minha dor foi grande, mas a gloria de ter dado tantos tiros nele foi melhor. Ele morreu digno de tanta maldade que ele fez. Apontei a arma pra Aline e Julia me sentindo cego, estava cego de sangue. Elas colocaram as mãos para o alto em rendição e neguei com credulidade, duas mulheres que foram importante pra mim e pra Bianca nos deram uma punhalada pelas costas. 
Eu queria tanto me vingar que a dor na minha perna era pouca, queria mata-las e mostrar que eu prevaleci fielmente, por mais que eu não fosse de nada, eis estou aqui pra defender a minha família com unhas e dentes, queria eu gritar agora com André e dizer que ele nunca foi de nada, além de uma assombração da minha vida.
-A policia está chegando e não quero um pio de vocês! - Rosnei para as duas que assentiram com a maior cara de medo. Tirei a minha camisa e amarrei na perna, afim de estancar o sangue.
A policia demorou mais que eu imaginava pra chegar. Quando finalmente chegou eu entreguei a arma que eu usei pra me defender do maldito filho da puta, as duas foram presas. Um dos policiais me levou até a ambulância que chegou rápido quando perceberam que eu estava baleado. Não queria ir pela ambulância pois sabia que eu me desencontraria da Bianca.
O medico me contou que a bala entrou e saiu da minha perna por um milagre. Suspirei mais calmo, não precisaria retirar nada e apenas levar alguns pontos que ele mesmo fez na ambulância. Insistiu que eu precisava de ficar em repouso descansando, mas quem disse que eu ia descansar depois de uma noite turbulenta? Quando cheguei a primeira pessoa conhecida que eu vi foi meus pais, eles estavam preocupados e sem me deixar falar o enfermeiro que me conduzia na cadeira de rodas disse a eles que eu estava bem.
-Cadê a Bianca e o Ryan? E a Isabel e o Pietro? - Questionei preocupado.
O enfermeiro se encarregou de me levar até o quarto onde minha família estava. Bianca estava dormindo na cama, me levantei com alguns protestos mas ignorei. Minha menina. Meu filho me abraçou e me disse que fez tudo que eu tinha mandado fazer. Chorou no meu ombro e pediu que nunca eu fizesse aquele tipo de pedido pois ele não iria fazer. Sorri aliviado. Isabel também veio pro meu abraço, a minha menininha, como eu senti saudade dessa moleca. Pietro dormia no sofá do quarto. Meus pais levaram as crianças, cientes que eu não ia descansar em casa com a minha mulher aqui. E sem discussão eles foram. Fiquei velando o sono da minha guerreira até ela acordar, quando isso aconteceu eu agarrei seu corpo e trocamos juras de amor.

domingo, 13 de novembro de 2016

Capitulo 162

Meu celular começou a tocar e era da casa dos meus pais, estava com medo de atender e saber coisas piores, mas atendi quase na ultima chamada.

-Luan, meu filho! -Era a minha mãe. - Onde você está? Isabel e Pietro chegaram aqui falando que Ryan sumiu e vocês foram atrás dele! O que está acontecendo? 

Minha mãe estava preocupada, se eu contar que meu mundo estava desmoronando outra vez eu choraria e ia querer voltar para os braços da minha mãe. Mas eu tinha que ser forte e encontrar a minha mulher e meu filho.


-Mãe, só peço que cuide dos meus filhos aí. E que ninguém abra a porta pra ninguém, Entendeu?
-Sim mas...
-Nada de mas, mãe. Me ouça e tudo vai se resolver!
-Aline outra vez? - Ela sussurrou, imagino que as crianças estavam perto dela.
-É mãe. - Não contei que era muito pior mas acho que ela já imaginava.
-Se cuida meu filho!
-Pode deixar mãe, fica com Deus.
-Fica com ele também!

Desliguei o telefone sentindo meu rosto molhar, era as minhas lagrimas, meu corpo sobrecarregando e transbordando em lagrima. Não tive tempo de me recompor, já estava de volta as avenidas de São Paulo, seguindo Carlos, não faço ideia pra onde estávamos indo, ele me disse mas não parei pra ouvi-lo, estava me remoendo por não ter dado um tiro naquela época quando André sequestrou Bianca e eu quase perdi as pessoas mais preciosas da minha vida.

Só percebi depois que paramos que íamos a delegacia, não queria meu nome envolvido em mais nada.
-Cara, eu não vou denunciar nada, o problema do André e da Aline é comigo e eu vou resolver! - Fiz menção de puxar a minha arma da cintura. - Nem que seja a ultima coisa que eu tenha que fazer na minha vida.
-Nem tudo na vida é feito pelas próprias mãos!
-Eu pensava nisso também mas só me fodi, então agora eu vou resolver.
-Luan você quer ficar com a consciência pesada depois de fazer isso?
-Estou com a consciência pesada agora porque eu não matei aquele maldito filho da puta.
Ele respirou bem fundo olhando pro lado, sem saída.
-Onde aquele filho da puta está?
-Não sabemos ainda, acho melhor voltarmos pra sua casa. Ele deve ligar.
-Eles querem me ver maluco, estou com a sensação de que ele não vai me ligar! - Bufei contrariado.
-Já tentou ligar pro celular da Bianca?
-É mesmo! - Entrei de volta no meu carro e peguei meu celular, discando o numero dela que eu sabia de cor e salteado. Chamou e caiu na caixa postal, tentei de novo e deu a mesma coisa. Na terceira tentativa atenderam.
-Caralho, ela não quer te atender! - Era o André.
-Cadê a minha mulher, porra?
-Ela está bem ocupada nesse exato momento. - A risada dele me irritou.
-Você é um filho da puta mesmo! Torce pra eu não te encontrar, porque se acontecer eu te encho de bala seu filho da puta!
-Luan, você tá na rua! - Carlos interferiu. Respirei fundo ouvindo a risada maléfica do André.
-Se você me encontrar eu te encho de porrada e te faço o favor te deixar vivo, quem sabe as suas fãzinhas me agradecerão?
-Vai tomar no seu cu! Vem me enfrentar pra ver. Você sabe muito bem que eu vou te matar. Porque sabemos que você não vai sobreviver pra ir pra cadeia e ter uma nova chance de me infernizar.
-Também sabemos que você não é de nada, meu amigo. Confessa que você tá todo perdido, querendo saber por onde me achar, mas infelizmente não posso contar dos meus planos com a minha nova mulherzinha, a minha amante e meu filho postiço. A proposito, Ryan te mandou lembranças, disse que sente muito sua falta. Bianca meu amor, conta pro seu amor que você sente a falta dele.

Ouço uns gemidos que eu fui capaz de compreender que ela estava com a boca fechada, incapaz de falar alguma coisa.
-Ouviu? Ela está radiante.
-O que você quer?
-Já tenho o que eu quero. Queria a sua menininha, como é o nome da mocinha? Isabel! Ela se parece com a Bianca quando eu a conheci.
-Você não vai encostar em ninguém que eu amo!
-Eu tá estou encostando, meu camarada.
-EU VOU TE MATAR! - Acabo chamando atenção no meio da rua e o André desliga rindo. Filho da puta. Jogo o telefone no banco do carona e bato a porta do meu carro, abro a janela e aviso pro Carlos que encontro com ele na minha casa.
Acelero nas avenidas de São Paulo, agora não tem movimento e eu posso gerar muitas multas na minha carteira mas estou pouco me fodendo pra tudo isso. Quero extravasar a minha raiva do André e coloco culpa no acelerador, fazendo o motor ir na potencia máxima.
Carlos começou a ligar e eu fui atender mas quase bati, voltei a dirigir moderando a velocidade e peguei o celular.
-Fala! - respondi.
-Cara, modera a velocidade. Não vai dar certo se você for preso por dirigir em alta velocidade.
-Foda-se. Quem eles tem que prender está solto, sabe-se lá fazendo o que com a minha mulher e meu filho!
Desligo o telefone e deixo no banco do carona. Volto a pisar fundo no acelerador. No meu condomínio diminuo a velocidade mas mesmo assim não era suficiente. Chego em casa e saio a procura de algum vestígio da minha mulher, nada dela. Quero ela comigo, quero meus filhos, quero a minha paz, é pedir muito?

A madrugada se estende e parece maior, nada me acalma e Carlos se mantem acordado comigo pra eu não fazer besteira nenhuma.

Tentei me alimentar com algo na geladeira mas nada descia, subi e fui tomar banho, tudo me lembra a Bianca, só de pensar que aquele doente pode está encostando nela nesse momento me sobe uma raiva desconhecida, nunca senti tanta raiva de alguém como eu sinto do André.
Desci de roupa trocada e celular carregado, ótimo, a hora parece me odiar, quando essa angustia vai passar e eu vou ter minha família de volta? Aquela pergunta me pegava de todos os lados, eu tinha medo de nunca mais ver minha mulher e meu filho. Não tínhamos nenhuma pista do paradeiro dele. Carlos mandou seguranças vigiar a entrada e as casas que me pertencia. Tinha uns vinte homens cuidando pra saber do paradeiro do André mas André já não estava aqui no condomínio.

Amanheceu e o tempo estava fechado embora estivesse fazendo um calor infernal. Eu andava de um lado pro outro já não tinha unhas pra roer, meus dedos chegavam a sangrar, mas minha única vontade era encher a cara do André de socos até ele morrer sangrando.
Carlos foi pra cozinha, minutos depois me foçou a comer, empurrando e sem apetite nenhum engoli um pedaço de bolo de fubá e uma xicara cheia de café., eu nem precisava de cafeína, meus pensamentos não me deixavam cochilar se quer um segundo, meus pensamentos eram todos na Bianca e no Ryan, o que se passava lá onde eles estavam, seja onde estiver.

Já era meio dia e o sol decidiu sair das nuvens e dá o ar da graça, porem eu estava com a mente fervilhando pensando em algum jeito de descobrir o paradeiro do filho da puta do André. Eu enlouqueceria se eu ficasse mais um segundo sem noticias.

O telefone tocou e eu corri pra atender, era o André.


Mais angustia, o que será que o André vai fazer hein? Lembrando que estamos em RETA-FINAL viu? haha

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Capitulo 161

-Vou fazer uma ligação! - Luan avisou se afastando do carro em que íamos entrar. Luan ficou cerca de 15 minutos andando de um lado para o outro, esbravejando com autoridade, não fazia ideia com quem ele estava falando.
-Com quem estava falando?
-Com o Carlos! - Ele se acomodou no banco do motorista e dirigiu em silencio até a nossa casa. - Desçam que eu vou sair! - Ele avisou quando estacionou na porta da nossa casa. Isabel saiu e levando o Pietro com ela, ela sabia que eu não ia deixar o pai dela sair assim.
-Você não vai sair assim sozinho! - Voltei a colocar o cinto. - Eu vou com você.
-Bianca, me deixa fazer pelo menos a coisa certa! - Ele bateu os punhos no volante me assustando.
-Você vai fazer alguma merda se eu não estiver com você. E para de bater as mãos no volante, vai se machucar! - Segurei suas mãos que suavam. - Por favor! - Beijei sua mão acariciando de leve. Ele fechou os olhos e tornou-os abrir.
-Eu preciso pegar uma coisa. - Ele avisou saindo do carro - Fica ai!  - Me entregou a chave do carro e entrou dentro de casa.


Narração do Luan.

Na  noite passada eu tive que sair do Dudu mais cedo, Carlos tinha que me contar algo, ele disse que não podia ser por telefone e então ele me pegou lá no estúdio e fomos pro apartamento dele, onde ele me disse que o André estava solto há uma semana, onde uma mulher "misteriosa" foi busca-lo. Isso não me surpreendeu, porem queria que ele tivesse sido morto dentro daquele presidio. Seria menos uma pessoa pra eu atuar. Com essa informação, pedi que o Carlos fizesse a segurança das crianças essa noite até eu pensar em algo. Ele ia até a boate seguindo o carro do tal do Pedro e esperasse que eles voltassem. Carlos fez todo processo e quando as minhas crianças estivessem em casa ele pudesse voltar a vida dele. Mas creio que André já imaginava isso. Ele esperou que fosse de dia pra atacar. Filho da puta, miserável.
Ia deixar as crianças e a minha mulher em casa pra eu me resolver com o Carlos pra sabermos o que íamos fazer, mas a teimosia da Bianca me atrasou. Sai do carro e passei pelas crianças na sala, onde a Isabel tentava distrair o pequeno. Subi e vigiei que ninguém viesse atrás de mim, abri o cofre que se encontrava dentro do closet e tirei a arma, peguei as balas e carreguei-a, seis balas, acho que eram o suficiente, se fosse preciso. Nunca atirei em ninguém mas se fosse preciso, hoje alguém morreria na minha frente. Aprendi a atirar depois que peguei numa arma na primeira vez, vi que eu precisava aprender e que um dia eu poderia usar essa pratica em alguém.

Coloquei a arma na cintura, redobrando a atenção, meu filho Pietro me abraçou e minha filha também. Pediu que eu me cuidasse e cuidasse da mãe deles, pediu também que trouxesse o irmão de volta. Prometi que ia trazer. Voltei pro carro e coloquei o cinto de segurança.
-Me dá isso, Luan!
-Dá o quê? -
-A arma, droga!
-O quê...? - Fiquei abismado.
-Você acha que eu sou boba? Me passa a arma!
-Não quero você tocando nela, Bianca! - Bufei contrariado.
-Foda-se. Não sei pra onde vamos mas não quero você armado! Você nunca atirou antes.
-Eu já pratiquei, então não me vem dizer que eu não sei usar.
-Olha aqui, me dá a droga da arma ou então não saímos! - Ela apertou na mão a chave que eu lhe entreguei antes de buscar a arma. Bufei em frustração. Saquei a arma da cintura e dei em sua mão. -Pra onde vamos? - Ela perguntou assim que escondeu a arma de baixo do carpete.
-Pra casa do Carlos! - Resmunguei frustrado.
-Ótimo! Quer que eu dirija?
-Não! - Bufei mais uma vez. Peguei a chave da mão dela e liguei o carro, dando a partida em seguida.
Fomos em completo silencio, estava puto por eu não poder comandar meu plano.
Carlos já estava no portão, parecia tenso.
-Luan, encontramos ele. Ele está com a Aline e a Julia, sua irmã, dona Bianca. - Carlos disparou me fazendo repreende-lo com os olhos. Não queria a Bianca nessa.
-Julia? - Bianca fraquejou.
-Desculpa mas não temos tempo. Ryan foi visto andando no condomínio e um carro parou no começo achei que alguém estava pedindo informação mas quando o carro passou perto de uma outra câmera eu tive certeza que era a Julia, ele entrou no carro dela.
-O que? Mas... - Bianca parecia confusa demais. Não era pra ela ter vindo. Droga!
O telefone do Carlos começou a tocar e ele foi atender mais afastado de nós.
-Você ouviu o que ele falou? A minha irmã? Como pode ser isso? Ela se juntou ao André? De novo? - Bianca liberou as lagrimas que estava segurando. Abracei ela em silencio, eu não fazia ideia do que falar.
-Achamos André! - Carlos voltou mais confiante.
-Onde?
-Na antiga casa que você morou quando era casado com a Aline!
-Filho da puta! - Esbravejei irritado.
Quase 15 minutos pra fazer a Bianca voltar pra casa mas ela foi tinhosa e bateu o pé até eu desistir. Carlos foi no carro dele, avisou que não ia ter policiais já que ia acabar vazando como foi vazado nos acontecimentos anteriores.
Ao chegarmos Bianca tirou a arma do carpete e colocou na cintura, tentei pegar mas ela me impediu.
Paramos o carro em frente a casa do vizinho ao lado da minha antiga casa, depois que eu me separei da Aline nunca mais pisei nessa rua. Fomos andando até os fundos da casa. Carlos disse em sinais que ia entrar, ele estava armado e no momento em que ele entrou eu puxei o cabo da arma da cintura da Bianca, na hora ela se assustou e esbravejou baixinho, mas eu já corria pra dentro da casa.
Entrei olhando tudo, Carlos já estava em outro cômodo, estava silencio e tudo empoeirado. Eu deveria ter vendido essa casa no primeiro momento que eu sai. Ia subir mas o Carlos falou.
-Não tem mais ninguém aqui, mas olha o que deixaram! - Ele me entregou um notebook, não entendi. Abri e dei play num vídeo que estava pra reproduzir. Logo apareceu as primeiras frases. "Espero que quando ache esse notebook eu esteja bem longe com o nosso Ryan." "Ele mandou lembranças, disse que vai viver com a mamãezinha verdadeira dele." "Até hoje Luan não acredita que o 'acidente' da Bianca na escada foi proposital, será que Bianca consegue viver com um marido que não confia na própria mulher? Mas eu tenho o vídeo completo do dia que eu mesma fui fazer o servicinho" A cena começou e dava pra ver da rua da casa dos meus pais até a própria casa, vi o carro da Aline estacionar e meu coração falhou as batidas, Carlos estava ao meu lado e assistia a cena também. Aline demorou a voltar e quando voltou deu um sorriso vingador virado pra câmera, entrou no seu carro e partiu em alta velocidade. Filha da puta. Eu já sabia que a Bianca falava a verdade desde o momento em que Aline quase sequestrou a Isabel e o Ryan quando eram pequenos mas agora com essa prova eu tinha certeza.
O telefone do Carlos tocou e ele não se afastou, atendeu ali mesmo.
-QUÊ? COMO VOCÊ DEIXOU ISSO ACONTECCER, PORRA? - Nunca vi ele tão alterado na vida assim. - TÁ, TÁ. TO INDO AI! - Ele assim desligou e me encarou.
-O que aconteceu? Perguntei.
-Passou um carro em alta velocidade na portaria do condomínio. Era o mesmo carro do André.
-Caralho, ele estava ainda aqui?
-Provavelmente! - Ele deu de ombro e lembrei da Bianca imediatamente. Corri onde eu a deixei e ela não estava, procurei por ela quase 15 minutos em torno da casa e nada. Pensei na possibilidade dela ter ido embora mas as chaves do carro estava comigo e era longe da nossa casa pra ir andando.
-Nada! - Carlos voltou ofegante, meu coração que já estava a mil agora vacilava entre as batidas, André pegou a minha mulher também? Meu mundo outra vez está caindo aos meus pés e eu não posso fazer nada?


Vish o circo tá pegando fogo e agora hein??? Se já não bastasse o Ryan, agora a Bianca! O que vai acontecer hein???
SOS: ESTAMOS EM RETA-FINAL! Aguenta coração!

Capitulo 160

Já estávamos deitados na cama, Luan já dormia num sono profundo, já eu não conseguia pegar no sono, estava preocupada mesmo sabendo que a Isabel tinha a chave de casa. Olhava o relógio a todo instante, já passava das três da madrugada e nada. Se o Luan estivesse acordado iria atrás dela de qualquer jeito. No silencio da madrugada ouvi um barulho de carro, esperei que a Isabel entrasse, se fosse ela. Demorou cerca de 15 minutos, o barulho da porta de casa bateu bruscamente e eu desci da cama assustada. Ao abrir a porta do meu quarto vi Isabel, chorava.
-Meu Deus, Isabel. Aconteceu alguma coisa? - Segurei ela nos braços a levando pro quarto dela
-Papai estava certo, mamãe. Pedro só quer me usar! - Sua maquiagem estava borrada e meu coração vacilou já achando que ela tinha perdido a virgindade.
-O que ele te fez? Eu vou chamar seu pai! - Ameacei a sair do quarto mas ela não quis.
-Não, por favor! O Pedro só tentou mas eu sai do carro. Eu não quero mais ver ele na vida! - Ela se jogou na cama chutando seus sapatos pra longe.
-Calma, meu amor. O que ele te fez?
-A gente estava se beijando no carro dele, ai ele subiu pra cima de mim e-e... - Ela voltou a chorar - Eu não queria, ele dizia que era pra a gente curtir o momento, ele estava bêbado!
-Isabel, me diz que ele tão... - A angustia me dominou e eu me levantei.
-Não mãe. Antes que ele fizesse qualquer coisa eu o empurrei e sai do carro, logo ele se arrependeu e veio atrás de mim mas eu corri e entrei não dando tempo dele falar mais. Mas agora eu não quero ver ele nem pitado de ouro!- ela bufou em frustração. Suspirei mais calma, ele até que tentou mas minha filha foi mais forte, graças a Deus. -Eu preciso de um banho agora!
Acabei concordando e deixando ela no quarto, assim que eu sai dei de cara com o Luan. Droga.
-Aconteceu alguma coisa?
-Hm? Nada, pode ir dormir, Isabel já chegou bem.
-Voou dá um beijo de boa noite. - Ele ia mas eu interferi.
-Ela foi tomar banho.
-Hm tá. - Voltou pro nosso quarto e se deitou. Eu desci e passando na sala escutei o toque do celular da Isabel, peguei a bolsa que ela deixou no sofá e atendi o telefone. Era o Pedro.
-Isa, por Deus, me desculpa!
-Pedro, aqui é a Bianca...
-Ah oi tia, desculpa ligar essa hora, eu queria muito falar com a Isabel.
-É eu sei que você queria mas ela não quer te ver. Então respeita essa decisão dela. Eu sou muito boa mas de você continuar assim vou ser obrigada a contar pro pai dela! - falei seria, creio que ele nunca presenciou eu assim.
-Não tia, tudo bem. Eu vou aceitar. Mas diga a Isabel que eu peço um milhão de desculpas, não foi a minha intenção magoar ela.
-E quando a gente se encontrar eu quero falar uma coisa muito seria com você!
-Não, tudo bem! Eu falo com a senhora. - Ele parecia cabisbaixo. - Boa noite!
Ele desligou e eu fui pra cozinha, fiz duas xicaras de chá de camomila. Levei um pra mim e o outro pra Isabel. Ela tomou metade e se recusou a tomar a outra parte. Não a obriguei e deixei ela dormir no quarto dela.
Fui para o meu, demorei pra dormir mas uma hora ou outra consegui pegar no sono.
As nove Pietro veio pra minha cama, ele insistiu pra eu levantar e eu fiz o que ele queria. Tomei banho e fiz minhas higienes matinais. Também dei banho nele e coloquei apenas uma sunga, estava um calor infernal lá fora e com certeza ele me encheria pra ir pra piscina. Luan ainda dormia e eu fui fazer o café dá manhã. Cida estava de folga a semana toda, então teríamos que nos virar sem ela. Subi quando o Pietro estava entretido na TV e fui chamar a Isabel´, já passava das 11 da manhã e eu não gostava que dormisse muito. Ela protestou como qualquer adolescente e ainda colocou culpa no Pedro. Achei graça daquilo mas não ri. Desci e esperei que Isabel descesse também. Ela não demorou muito e já estava na mesa comendo e colocando culpa no Pedro outra vez.
-Vou pra piscina, quer ir Pi? - Pietro se alegrou e Isabel subiu pra por o biquíni. Luan desceu no mesmo instante.
-O que tá acontecendo?
-Nada. Isabel só foi por o biquíni pra ir pra piscina. - Dei de ombro e voltei a me sentar no sofá da sala.
-Hm. Bom dia! - Luan se deitou nas minhas pernas e me beijou.
Pietro protestou contra o beijo e então rimos. Luan continuou deitado com os olhos fechados. Isabel desceu e cumprimentou o pai que na mesma olha arregalou os olhos.
-Isabel o que é isso no seu pescoço? - A menina não sabia o que fazer e buscou a minha ajuda com o olhar mas nem eu mesma sabia do que se tratava. - É um chupão! Você tá vendo isso né, Bianca? Minha filha com um chupão no pescoço! Eu vou agora mesmo caçar esse filho da puta do Pedro! A se vou! - Luan levantou totalmente tenso. Mais que droga!
-Não é nada disso, pai! - Isabel tentou se justificar.
-Vai me dizer que caiu? - Luan falava irônico - Isabel eu não nasci ontem! Eu vou quebrar a cara desse filho da puta.
-PARA! O senhor não vai quebrar a cara de ninguém. Eu terminei com ele! Não tenho mais nada a ver com ele!
-Terminaram? Porque vocês terminaram? O QUE ELE TE FEZ ISABEL SALES SANTANA!?
-Luan para de gritar, você tá assustando o Pietro!
-Eu não quero saber! Quero saber o que esse filho da puta fez com a minha filha. Me diz Isabel. Você que não que não tem papas na línguas, fala o que ele te fez!
-Não me fez nada! Para papai! - Sem poder fazer nada ela chorava. Não queria contar que ele tinha razão.
-O que ele te fez filha? - Luan já pedia controlando a sua raiva.
-Por favor, pai. Não quero falar mais dele!
-Se você não me contar eu vou descobrir por ele! E você não vai me impedir!
-A gente-A gente... - Ela soluçou alto, vi que o Luan arregalou os olhos diante daquela pausa insuportável. - Ele tentou mas eu impedi, eu estava insegura. Droga! - Ela esbravejou. - dai eu vim pra casa e ele pediu desculpas mas eu não quero saber mais dele! Satisfeito? O senhor estava certo!
-Oh filha! - Luan abaixou a guarda e abraçou ela. - Eu não queria te colocar com medo mas eu mesmo tenho medo. Não quero que se arrependa de nada. Você é uma doce menininha, inocente. Esse garoto só quer tirar a pureza que você tem.
-Mas não tirou. Eu terminei com ele e não quero mais ver ele. Se o senhor encontrar com ele, manda ele ficar longe de mim, só isso! - Isabel se conchegou no colo do pai e chorou.
-E a piscina? - Pietro acabou com o silencio de quase 5 minutos. Isabel sorriu e foram pra área externa.
-Estou feliz por ela ter terminado. - Luan encostou a cabeça no sofá. Preferi não dizer nada. Sei que Isabel está magoada mas se esse amor dela for tão forte quanto eu imagino, com certeza eles vão reatar.
-Já falou com o Ryan hoje? - Perguntei mudando de assunto.
-Não. Ele ainda não chegou? - Luan tirou o celular do bolso da bermuda. Neguei - Nenhuma mensagem dele, estranho, ele vem logo que amanhece. - Concordei dessa vez. Luan colocou o telefone pra ligar pro filho e chamou até cai na caixa postal.
Isso aconteceu até o final da tarde quando todos fomos até a casa dessa menina. Descobri que ela mora só com a mãe. Não me lembrava dela, mas ela me recebeu com um abraço.
-Ryan não chegou em casa ainda? - Ela pareceu surpresa. - Mas ele saiu era sete da manhã, dona Bianca. - Ela ficou preocupada.
-Tem certeza que ele falou que ia pra casa? - Luan perguntou.
-Tenho, ele me disse que estava com dor de cabeça, ofereci remédio pra ele mas ele recusou, falou que só estava com dor por causa do cansaço. Deixei ele ir quando já era claro. Né mãe? - A mãe dela não parecia se importar com o "namoro" dos dois.
-Sim, ele saiu antes de eu ir trabalhar, agora ficamos preocupadas.
-Qualquer coisa vocês me ligam, Bel você tem meu numero né? - Minha filha concordou.
-Eu vou ligar para os amigos dele. Com certeza ele deve está lá! - Troquei olhares com o Luan, com certeza ele pensava o mesmo que eu.

Oi meninas!!! Apareci!!! O que será que aconteceu com o Ryan hein???

domingo, 6 de novembro de 2016

Capitulo 159

5 anos depois...

Os primeiros anos da vida de Pietro foi muito importante e mais fácil, dava pra ver a emoção da Bianca sabendo lidar com ele.
Ryan estava se tornando um adolescente muito individual, igual a Isabel, isso me assustava as vezes. Lembro que eles me chamavam pra pentear o cabelo deles, agora insistem em sair a noite com os amigos e eu reclamo com a independência que eu não quero dá.
-Pai eu quero sair, vai tá todo mundo lá!
-Você não é todo mundo, Isabel.
-Porque o Ryan pode e eu não posso? - Cruzou os braços.
-Você é menina e... - Tentei argumentar. Mas era em vão Isabel era mais velha e o Ryan era um ano e alguns meses mais novo.
-Eu sou mais velha que ele! - Citou o fato.
-Mas isso não muda nada. Ele é homem e sabe se defender.
-Pai, você tá ouvindo o que tá falando? Eu sei me defender sim! E os filhos do tio Dudu estarão lá.
-Você sabe que eu não gosto da amizade de vocês né? Sem contar que essa casa de show é proibida pra menores. - paro por um momento vendo ela suspirar irritada. - Eu to cansado de falar pra você isso, você não vai! - Levantei desligando a TV e indo pra cozinha.
-Eu odeio isso! Eu não posso fazer nada, só o Ryan pode! Isso é injustiça. 
Ela subiu batendo o pé, ela estava certa mas eu era um pai muito ciumento. Lembro muito bem quando eu chegava do escritório e Isabel chegava na frente, parei uma casa antes de chegar na minha, vi o quanto ela estava envolvida na conversa com o Pedro, filho do Dudu. Eu gostava deles, quando eram pequenos mas depois que cresceram vi que isso despertava sentimentos na minha filha, principalmente o Pedro, ele vivia aqui em casa mas alegavam que era apenas amizade mas eu já fui homem e sei o que ele pensa.
-O que aconteceu? - Bianca saia da varanda, ela e o Ryan.
-Nada. Isabel enchendo o saco de novo com a festa que todo mundo vai! - Ironizei a ultima parte.
-Ryan vai né?
-Vai, já dei dinheiro a ele... - Me arrependi de ter dito isso.
-Então a Isabel vai né?
-Eu disse que não! - Massageei a testa já com dores de cabeça.
-Mas ela vai!
-Eu disse que não. - Repeti baixinho.
-Mas ela vai!
-Bianca, você quer dizer que a minha resposta final não vai valer de nada?
-Não. Mas a mesma resposta que você deu pro Ryan pra mesma festa, você vai ter que dá pra Isabel.
-Ela é uma menina, estou defendendo ela de todo o mal.
-Vai está na festa a maioria das pessoas que conhecemos, todas as pessoas que frequenta a nossa casa vai pra lá. Qual o problema?
-O problema não são as pessoas e sim o lugar, ela te disse que é uma boate?
-Já disse sim, ela me disse que não ia beber e nem aceitar bebidas de ninguém. Eu já conversei com ela sobre essas coisas.
-E você vai confiar?
-Eu tenho né? Não posso duvidar da minha filha. Você duvida dela?
-Não... Mas também ela é inocente, pode aceitar essas coisas de amigos, você sabe que existe esse tipo de coisa né?
-Luan, nunca estamos livre disso, mas privar ela só vai fazer ela fazer as coisas escondidas. Eu vou liberar ela de ir, o Ryan vai está lá e os amigos dela também. Eu acho bobeira de você proibir a menina de sair.
-Se algo acontecer com ela, você é responsável por tudo.
-Obrigada! - Ela me dá um beijo no rosto mas eu faço pegar na minha boca e eu rio descaradamente. - Fica com o Pie ai que eu vou falar com a Isabel!
Ela me deixa com Pietro que jogou a bola pra mim e me forçou a jogar bola com ele.

Narração da Bianca.

Depois que eu contei pra Isabel que ela podia ir a tal festa mas me prometendo que não ia beber ou aceitar bebidas de ninguém, fui pra cozinha preparei algo pra comer incluindo as crianças, Ryan chegou e veio me cumprimentar, meu menino estava cada vez mais alto, já tinha passado de mim.
-Oi mãe. 
-Oi Ry! Quer comer?
-To sem fome, cadê o pai?
-Tá lá fora com o seu irmão.
Ele deu as costas e foi procurar o pai. Ele se afastou tanto de mim ultimamente e se apegou tanto ao pai que isso me assusta as vezes. Isabel é totalmente o contrario, se afastou do pai por causa dos terríveis surtos dele quando via com um garoto, já comigo ela era totalmente ela, me contava tudo e eu a escutava deixando claro a minha opinião como mãe. Eu era jovem no meio de tantas mães dos amigos dos meus filhos e arriscava até falar algumas gírias que eles usavam, eu era por dentro de tudo que se passava no mundo deles.
-Mae, to precisando comprar a roupa pra festa! - Isabel já chega arrancando meus pensamentos.
-Mas você já comprou bastante roupa semana passada quando você e sua tia foram passear! - Reclamo, isso é uma coisa que eu não gosto, ela sabe que temos dinheiro e esbanja isso com uma naturalidade e o Luan não interfere e deixa acontecer e pra piorar não me apoia nessa decisão. Nessa parte é que eu me estresso, Luan já prometeu aos dois que quando fizessem 16 anos daria um cartão de credito no nome deles. Já prevejo a falência do meu pobre marido.
-Não gosto de nenhuma, preciso comprar mais!
-Olha, eu vou ter que discordar. Você se vira com o que tem. Você tem um closet enorme e não vejo necessidade de comprar mais. Vamos fazer assim. Quando você doar suas roupas você compra mais. Caso contrario não terá mais roupas novas. - Dei o fim naquele problema e vejo a boca da minha filha escancarada, com surpresa.
-Mas-mas eu não posso me livrar das minhas roupas que eu tenho, gosto de todas mas não tenho com o que vestir pra uma festa.
-Tem sim, Isabel. O assunto tá encerrado! - Digo terminando de fazer o lanche. Chamo o Pietro e o Luan já que o Ryan não quer. Mas o Luan se senta junto com o filho mais velho e diz que depois come. Pietro está faminto e então vem.
Enquanto comermos observo de longe as risadas do Luan e do Ryan, eles estão muito conectados naquela conversa e nem percebem meu olhar diante deles. Pietro me pede mais lanche enquanto eu faço mais pra ele, observo a cara emburrada da Isabel, não gostou nada do que eu disse das roupas mas também não vou voltar atrás. Ela tem um closet inteiro e eu tenho um que divido com o Luan. Ela terá que aprender a usar todas as roupas dela sem ter que comprar mais. Diminuir os luxos é o que eu tenho que fazer com ela. De noite vejo a Isabel com um chamego com o pai surreal. Ryan saiu pra casa do seu amigo Mauro. Pietro está chateado pois queria ir com o irmão mas é criança e seu maior problema é querer ser grande. Meu menininho não entende e fica de cara comigo. Enquanto eu faço o jantar ouço a Isabel pedir ao pai o cartão e a senha, pra comprar a tal roupa. Já me preparo pra tomar uma iniciativa de proibição.
-Ela comprou já! Está cheia de roupas no armário e eu não vou deixar comprar mais!
-Qual é o problema? Deixa a menina ter mais um vestido! - Luan diz sorrindo, quer ganhar o coração da filha, mas não é assim que se ganha.
-Se você der ela não vai a festa nenhuma! Avisados! - Encaro a Isabel que novamente escancara a boca surpresa.
-Qual é a perseguição comigo? - Se levanta elevando a voz - Quando não é o papai é a senhora. Sempre comigo isso!
-Estou falando pelo seu bem. Você tem que saber economizar, eu na sua idade não tive esse luxo não. Não tinha nada e você tem que levantar as mãos aos céus pra agradecer a Deus por comer todos os dias!
-Lá vem a historia de "No meu tempo" Isso é repetitivo. Como pode aguentar tanto a mamãe, papai:? - Fico surpresa com o jeito que ela fala.
-Isabel! - Luan interfere vendo que aquilo me magoou. - Você está passando dos limites, não acha? Somos seus pais e queremos seu bem.
-Vai pro seu quarto agora, Isabel! - Grito esgotada. Ela me obedece e eu tiro o fio do modem que liga a internet, ela ficará sem internet.
Estou esgotada, se já não bastasse meus próprios pensamentos vira e mexe serem desse tipo, vem a minha própria filha me falar isso. Sem paciência alguma. Aquilo me entristece e eu não volto a tocar no assunto, tento segurar aquilo só pra mim.

A semana voa e o fim de semana chega, Estou sentada no sofá da sala enquanto meu pequeno me faz companhia, Luan foi no Dudu e meus filhos mais velhos estão no andar de cima se arrumando. Ryan Desce primeiro e diz que a Isabel está ainda escolhendo qual roupa vai usar, bufando ele me faz companhia também.
-Vai dormir em casa né filho? - Tento mexer em seu cabelo mas ele me detém se afastando.
-Vai bagunçar mãe! - Ele reclama e eu sorrio. - Vou dormir na casa do Mauro de novo! - Ele sorrir encarando a TV, sei que está me escondendo algo.
-E quando você vai me contar a verdade?
-Há? - Ele se mexe incomodado.
-Queria que você fosse verdadeiro comigo, como é com o seu pai!
-Não gosto de falar dessas coisas com a senhora. Meu pai me entende!
-É sobre garotas né? Você tá transando com alguém, Ryan?
-Mãe! - Meu filho fica vermelho.
-Mãe, o que é transando? - Pietro.
Recorro o meu olhar pro Ryan me ajudar a sair dessa e ele rir.
-É uma coisa que adultos fazem! É igual o que eu e o pai pescam! - Ele saiu bem nessa. Ponto pro meu filho.
-Só eu que não posso! - Pietro bufa voltando encarar a TV.
-Estou liberado? - Ryan tem o humor do pai, incrível.
-Não queria que você fizesse essas coisas tão cedo.
-Relaxa dona Bianca, eu sei me cuidar! - Ele me abraça todo carinhoso.
-Sé protege viu, meu filho? Não quero se vó tão cedo. Só tenho 35 anos! Isso não é idade de ser avó! - Reclamo. Meu filho fica vermelho.
-Eu não estou transando com ninguém, mãe! - Ele se defende.
-Não? O que estão fazendo então?
-A gente se beija, só! - Ele finge está distraído com a TV afim de dá fim no assunto.
-Então, meu filho aproveita só os beijos dá menina. Porque você ainda é novo. Eu sei que agora é um momento novo mas se precipitar vai fazer a menina se afastar porque vai achar que você só quer transar com ela! - O concelho e ele assente. Isabel desce na mesma hora, toda linda. Seu pai aparece e prevejo ele reclamar do comprimento do vestido dela.
-Isabel, onde pensa que vai com essa roupa?
-Pra festa ué!
-Não vai não! Pode subindo e procurando algo mais coberto! Não criei filha pra andar como uma... - Ele mesmo se dá conta do que vai falar e para.
-Vocês pegam muito no meu pé. Antes não queria que eu  fosse e depois a mamãe me proibiu de comprar a roupa, agora que eu acho uma que preste não me deixa ir!
-Pai, eu vou tomar conta dela, pode deixar! - Ryan coloca a mão no ombro do pai.
-Não sai de perto dela nem por um segundo! Eu vou buscar vocês quando a festa acabar ou vocês me ligarem.
-Não precisa, vamos com o Pedro e vamos voltar com ele.
-Quê? Nem pensar! Ele é maior de idade, está ouvindo, Isabel?
-Estou, pai. Por isso que vamos voltar com ele. É o mais responsável da turma.
-Eu detesto essa turminha de vocês.
-Deixa eles, amor. Pelo menos sabemos com quem vão voltar!
-Eu vou pra casa do Mauro! - Ryan se defendeu.
-Você vem e deixa sua irmã aqui. Depois você volta.
-Até parece que é na casa do Mauro que o Ryan vai dormir né? Eu sei muito bem que ele tá pegando a Priscila da minha sala!
Coitadinho do meu filho, ficou vermelho.
-Não te interessa quem eu to pegando.
-Ei, ei, ei! Sem brigas, por favor. Quem é Priscila? - Pergunto sem saber.
-É uma menina da minha sala, fiz um trabalho aqui com ela e o Ryan ficou caidinho, ela não queria nada com ele por ele ser mais novo que ela, mas agora estão saindo! - Isabel me enche de informação que eu nem mesmo imaginava.
-Saindo? Mas Ryan nunca me falou que saia com alguma garota!
-Toda vez que ele diz que vai pro Mauro ele vai encontrar com a Priscila. O papai sabe, apoia e não me deixa namorar, sempre afasta o Pedro de mim! - Isabel fuzila os olhos para o pai.
-Você é uma criança e ele é um adulto. Não quero ficar dizendo o que se passa na cabeça de um adulto quando uma garotinha dá mole. Eu já passei por muito disso! - Luan fala exasperado, seu cabelo já está bagunçado de tanto que mexe.
-Aé? Passou muito pegando as novinhas? Enquanto eu achando que a mamãe foi a única! - Ela bufou contrariada.
-Você me entendeu errado. Estou dizendo que eu vi muitos desses caras se aproveitando da inocência de muitas meninas como você que só via amor. Eles querem só transar! - Luan grita fazendo as palavras se chocarem.
-Luan, para. Está assustando a menina. Não é nada disso, Isa. Pedro gosta de você, mas não precisa logo namorar - Olho pro meu marido mas continuo falando com a Isabel - Ele é um rapaz mais velho mas não quer dizer que só pensa em sexo, você não é uma criancinha e sabe do que eu to falando. Já conversamos muitas vezes e sei que não é bobinha. Já aconselhei demais e espero que você use todos os meus conselhos. Agora vão, se divirtam! - Ouvi a buzina de um carro em frente a nossa casa e deduzi que fosse o Pedro.
-Eu não acredito que você vai apoiar a Isabel a investir nesse moleque. Você tá passando dos limites.
-Você conversa com o Ryan a mesma coisa. Sei muito bem que ele quer transar com a tal da Priscila e eu não posso reclamar, posso?
-É diferente!
-Não, não é diferente. Ryan tem 14 anos e a Isabel tem 15, quase 16. Eu vejo um ciúme doentio. Ryan pode porque é homem e tem que mostrar a sua masculinidade, Isabel não pode porque é menina.
-Pedro tem 20 anos e não a mesma idade que a Isabel. É mais velho, se eu souber que ele tentou transar com a minha filha ele vai se ver comigo, vou mostrar quem é o Luan de verdade! - Luan grita batendo no peito, nunca vi tão revoltado.
-Eu sei que transar é o que ela menos quer! Dá pra você entender isso? Ela gosta dele, caramba.
-Eu sei que gosta, muito tempo eu percebo isso. Vejo como ela fica e como ela se aproxima dele. Mas ele é homem e sabe como conquistar ela. Vai levar ela pra cama pedir pra transar com ela. Eu não sou bobo, porra. Ela vai aceitar porque é uma menina inocente, achando que isso fará ele se apaixonar. Já transei com muitas assim antes de você e sei o que é ver a decepção depois de tudo feito. Não me orgulho disso mas é o meu passado e não quero isso pra Isabel!
Ele tinha razão nessa parte, Isabel é loucamente apaixonada pelo garoto e creio que se ele pedir ela faz o que ele quiser. Preciso conversar com ela sobre isso. Mas não posso fazer muita coisa, eu já disse tudo o que tinha que dizer. Bom agora era esperar.
-Eu estou cansada, vou subir.
-Depois que escuta as verdades corre pro quarto. Depois eu que me fodo pra cobrir as merdas.
Deixo o Luan xingando todos os antepassados do Pedro e de quem ele mais odeia e levo Pietro que acabou dormindo assistindo desenho.
Vou pro meu quarto e me dedico a pensar só no meu banho, eu preciso de algo pra me esquecer de todos os problemas. Penso em viajar, deixar as crianças com a minha sogra ou com a minha cunhada, talvez a minha irmã Laura. Lembro de Julia, faz tanto tempo que eu não sei dela. Espero que ela esteja bem e que tenha saído do mundo das drogas. Volto pro quarto e Luan não subiu, deve está assistindo mais uma vez pornô na TV. Depois de vestir um pijama fino, eu me deito, passo de canal em canal na TV e nada de bom pra assistir. Corro dos canais eróticos mas acabo parando num que eu sei que o Luan assiste mais. Fico encarando a tela os gemidos escoam pelo quarto e eu abaixo o volume do som. Aquilo é excitante. Imaginar o Luan assistindo aquilo me excita, por mais sabendo que ele vê tanta mulher nua, eu não me trocaria por tanta mulher siliconada. Bateu uma ideia junto com o fogo que eu estava, faz um tempinho que eu fugia dos braços de Luan. Então desliguei a TV e desci na ponta do pé. Sabia que ele assistia o mesmo canal que a pouco eu também assistia, me sentei ao lado dele e antes percebi o volume que ele tinha na samba-canção. Ele nem se quer trocou de canal.
-Porque você gosta disso?
-Disso o que? - Ele olha pra mim e sei que ele parou vendo meu mamilo quase furar o meu pijama.
-Isso! - Aponto com o queixo a TV, o volume é baixo mas instigante.
-Não transamos mais com frequência como antes e eu tenho que me aliviar. Acho que você perdeu o tesão em mim! - Ele se queixa dando de ombro.
-O que? Você acha isso? Tem certeza?
-Tenho, eu não sou da sua idade e você deve querer um novinho pra suprir suas necessidades! Estamos nesse casamento pelas crianças.
-Está louco né? Luan você não está me traindo né? Sei que não comparecemos mais como antes na cama mas é porque eu estou cansada, mas não de você, meu amor! - Aliso o seu rosto.
-Não te traio, eu fico vendo esses pornozinhos aqui, até me cansar. - Ele dá de ombro e eu rio.
-Desculpa não ser isso tudo pra você viu? - Me sento em seu colo e ele agarra a minha cintura.
-Não precisa fazer nada, eu entendo. - Ele diz compreensivo me afastando da sua excitação.
-Eu quero. Eu estava assistindo esse canal lá em cima. Assiste comigo lá? - Peço vendo ele abrir um sorriso mas se desfaz.
-Estou esperando a Isabel chegar!
-Não são nem onze horas ainda, dá tempo! - Beijo seu pescoço. - Ainda me aguenta a subir as escadas? - Pergunto brincalhona. - Ou eu engordei muito´?
-Você tá gostosa demais, sempre te desejo, você sabe muito bem disso! Eu é que to velho e não aguento mais nada! - Ele me faz sorrir.
-Vamos pra cama, que eu te mostro o quanto você aguenta uma trepada comigo! - Mordo o lábio vendo ele rir.
-Trepada amor? Que boca suja, você tá muito depravada. - Ele dá um tapa meio forte na minha bunda e eu arqueio de surpresa.
-Cachorro!
-Teu cachorro. Agora vamos pro quarto que eu vou te morder inteira!
E assim subimos pro quarto, depois de desligar a TV.

Estou muito excitada, quero que ele apague esse fogo de mim. Sinto minha intimidade molhada e me contorço quando me deito de baixo do cobertor. Luan liga a TV e se surpreende. 
-Estava mesmo vendo né safadinha! Gostou de algo? - Pergunta se referindo ao pornô que eu assisti.
-Gostei de você aqui na minha cama! - Mordo o lábio e então ele me beija, enfiando a sua língua quente e macia ao mesmo tempo dura e ágil. Ele tira o meu pijama, meus seios saltam e Luan lambe, chupa e morde enquanto eu arqueio roçando meu corpo no dele.

Ele desce o resto do meu pijama e minha calcinha longe. Estou nua pensando na posição que o casal na TV faz.
Luan vai beijando minhas coxas e beija meu clitóris, eu imagino todas aquelas posições que o casal na TV fazem, gozo rápido e me surpreendo, meu pensamento me deixo mais atiçada.
-Gosta do que vê? - Ele pergunta quando eu não tiro os olhos da TV.
-Gosto mais de você! - Beijo sua boca e ele tem o meu gosto, desço a mão e enfio dentro as sua cueca, tiro seu pau e aperto de leve.
-Bia... Estou louco pra de comer todinha. - Luan diz entre os dentes, me deixando perplexa, adoro seu palavreado quando estamos na cama, a sós. Me dá mais tesão. Luan fica de joelhos diante de mim e eu o masturbo enquanto sugo a cabecinha, adoro seu gosto. adoro ele pronto pra mim. Sem mais delongas faço ele sentar na panturrilha e me sento em seu colo sem me importar com a camisinha. Aderimos a camisinha em vez dos anticoncepcionais, Luan entendeu aquela situação depois de um tempo, pedi que ele não me sacaneasse pois eu confiava nele mas em nenhuma vez que esquecemos a camisinha houve o medo de eu engravidar, perdi o medo e agora estava feliz mas também eu não podia vir filhos atrás de filhos. Sinto meu corpo estremecer com ele todo dentro de mim, seu pau sempre foi grande mas quando nos afastamos por um bom tempo, minha vagina parece que desconhece o corpo do meu marido e me surpreende ao desejar mais e mais. Quico algumas vezes sentindo suas mãos me espalmar na bunda, devo está toda vermelha e adoro a sensação. Rebolo e desejo chamando seu nome. Ele geme me falando algumas putarias e me queixo querendo mais, sinto necessidade de ir mais fundo e mais rápido. Ele me vira me deitando e me penetrando o mais fundo possível, esqueço que tenho vizinhos e gemo alto o nome do meu homem que me deixa louca, ele arqueia minhas pernas e me penetra mais fundo e rápido, me contorço toda e gozo em volta dele, em segundos sinto o gozo dele. Ele cai sobre mim e eu me recupero logo, segundo round é no chuveiro.





terça-feira, 1 de novembro de 2016

Capitulo 158

-É um menino.

A doutora anunciou depois de muito mexer na minha barriga, meu bebê não queria virar o que me fazia rir e dizer que era uma menina e que estava com vergonha de se mostrar. Luan por um lado dizia que se fosse homem estava muito vergonhoso e que apelava agora por uma menina, mais delicadinha. Mas o anuncio da doutora nos fez parar e rir de felicidade, ao menos agora sabemos qual era o sexo e agora sim poderíamos fazer a festa e contar para a nossa família.
-Já podemos passar na loja e fazer o pedido doa moveis né? - Luan ligou o carro.
-Se quiser. - Dei de ombro -Não tenho mais nada pra fazer hoje a não ser ficar em casa.
-Ótimo! - Luan seguiu a loja de moveis, já tínhamos entrado em contato com eles e escolhemos alguns moveis tanto feminino quanto masculino, o que me fez querer que fosse dois bebês e de sexo diferentes pra eu decorar o quarto de cada um.
Ficamos mais de uma hora decidindo o que levar, a vendedora nos mostrou mais coisas e agora ao vivo eu poderia escolher a dedo, em vez de olhar apenas por foto na internet.
Quando terminamos de fazer os pedidos eu já não me aguentava de tanta fome, ao lado da loja tinha uma churrascaria que só pelo cheiro me dava desejo de comer uma carne suculenta. Luan ria do meu desespero e dizia que a noite teria um churrasco.
-Vamos no mercado, antes que eu tenha um troço então. - Resmunguei entrando no carro. Ele riu e seguiu.
Luan me ajudou com as compras, não me deixou pegar e quer um peso e então fomos para casa. Pedi a ajuda a Cida pra fazer o jantar, as crianças chegaram no meio da tarde e eu tive que dá atenção a eles, deixando a Cida a par das comidas que eu comecei a preparar.
-E ai mãe, vocês vão escolher menino ou menina? - Ryan me lembrou e eu sorri.
-A gente não escolhe, o que vier é o que tem que ser, eu já não disse? - Questionei sorrindo. Eu e Luan conversamos com as crianças sobre a possibilidade de um irmão, nem preciso falar que Isabel quase surtou por saber que sua vontade dela podia se concretizar. Tanto eu quanto as crianças torceram para que fosse uma menina, Luan não gostou nada dessa torcida. - Hoje fomos ao medico, mas quero que vocês guardem o segredo até a hora que eu e o pai de vocês possa contar. Eu posso contar com o silencio de vocês? - Sorri animada.
-Mas mãe, você tá esperando um bebezinho mesmo? - Isabel sorria pra mim.
-Estou! - Sorri mais boba ainda.
-E é uma menina?
-É um menino.
-Ah que droga! - Ryan bufou em frustração. - Tinha que ser uma menina. Agora meu pai vai ficar todo babão com um outro filho. - Reclamou batendo o pé.
-Ryan, deixa de ser chato, o bebê não tem culpa. E o papai ama a gente igual. Não é mãe? - Isabel questionou. Eu sabia que estava sentida mas não achei que um comentário do meu filho pudesse me deixar tão mau.
-É sim. O pai de vocês ama igualmente. Um bebê tem todo o cuidado mas o amor é igual, você vai ver, Ryan. - Tentei sorrir mas as lagrimas me traíram.
-Ah mãe, me desculpa. - Ryan pediu baixinho, talvez envergonhado de ter me feito chorar. - O papai queria um menino pra me esquecer isso eu não posso negar! - Ele virou de costas.
-Nada disso, ele gosta de você e nenhum novo bebê fará ele te esquecer. Ele é ciumento e quer mais meninos do que meninas. Você não vê? - Sorri e ele acabou assentindo rindo.
-To vendo que vou ser a única que ele vai pegar no pé! - Isabel reclamou batendo o pé e acabamos rindo. Tive que ir pro meu quarto me recompor e desejando mais amor dentro da nossa casa, que todos os pensamentos negativos que pairavam sobre Ryan que sumisse e que viesse só amor. Luan estava tão entretido no celular que nem me viu entrar e sair do quarto. Por ser segunda a maioria dos amigos cantores do meu marido apareceu. Por incrível que pareça, segunda era um dia se folga para eles que gostaram do churrasco sem nenhuma comemoração inicial.

Luan desceu assim que o primeiro carro apareceu. Seus amigos chegaram e parabenizou o Luan pelo novo projeto recém saído do forno, eu estava a par das suas idealizações e gostava de todas as musicas e projetos que vieram junto com os anos. Me apaixonava mais e mais com tudo que ele mostrava. As mulheres se juntaram comigo conversando e jogando conversa fora. Minha sogra nem parecia a mesma a quase 10 anos atrás, me paparicava muito e nem imaginava que eu carregava mais um neto dela em meu ventre. A noite foi chegando e com ela as musicas lindas. No comecinho Luan me puxou e me fez sentar na sua perna colocando sua cabeça no meu peito embalando algumas canções românticas. Horas mais tarde fui perceber que acontecia uma treta, entre alguns vídeos  que foi postado, eu aparecia sentada no colo do Luan e sem o Luan perceber que estava sendo filmado, ele apertou a minha bunda, coisa normal mas que viram com maus olhos. Decidi ignorar como eu sempre fazia quando acontecia alguma treta em meu nome.

Ao terminamos o jantar Luan fez uma pausa no meio da sobremesa, pedindo a atenção de todos. Era a hora.
-Gente, eu sei que com o tempo a gente vai deixando as coisas fluírem naturalmente, mas é que eu gostaria que vocês soubessem de primeira mão essa noticia, e queria agradecer a essa mulher guerreira que tanto me atura e me quer bem, eu sei que quer. São 10 anos naquele vai e vez de tantas loucuras, tantos obstáculos que quase nos perdemos, fomos inconsequentes, pensamos por si só. Casamos, construímos uma família, tenho meus perfeitos filhos e não reclamo de ninguém, eu colhi o que plantei, e agradeço ao meu pai por ter me criado desse jeito que eu sou hoje. Obrigado pai, esse novo membro da família é pro senhor! Estamos grávidos, de novo!

A surpresa não deixou de passar no rosto de cada convidado ali. Nem mesmo dos meus sogros que insistiam tanto em ter mais netos. Cada um nos abraçou desejando muita coisas boas e eu queria que fosse de coração, principalmente vindo da Carla que mal me abraçou com um sorriso ridículo. Contamos que era um menino e que já estava indo pro sexto mês de gestação, as meninas reclamaram por eu ter escondido tão bem a minha barriga. A noite virou madrugada e eu fui obrigada a mandar nas crianças para ir dormir já que teriam aula na manhã. Protestaram mas acabaram cedendo. Luan bebeu pouco, disse ele que estava maneirando no álcool. Acabando a festa, convidei meus sogros a dormirem aqui em casa e eles não reclamaram, subiram depois dos últimos convidados e eu ainda fiquei na cozinha tomando meus medicamentos.
-Deixa eu terminar aqui! - Reclamei com o Luan que me apertava.
-Quero meu beijo, quase não ganhei. - Ele fez um biquinho lindo e eu mordi sugando o lábio inferior, sua língua dançou com a minha, suas mãos me elevou pro alto da bancada me fazendo escapar um gemido alto.
-Não queremos acordar a casa toda né? - Luan tinha um sorriso travesso e eu o empurrei tentando escapar das suas garras.
-Então não vamos fazer isso aqui, na cozinha! - Reclamei e ele mordeu minha coxa, chupando a pele marcada.

-Eu quero aqui. - Sua voz saiu num sussurro.
-Vamos ser pegos aqui! - Senti ele adentrar a minha calcinha.
-Só você ficar caladinha. - Ele beijou a minha barriga e foi descendo a barra do meu short, expondo a minha intimidade que já gritava pelo toque dele. Ajudei a retirar o resto do meu short e me deixando nua da cintura pra baixo. Ele beijou minhas coxas e por fim passou a língua sobre meu clitóris me fazendo arfar, puxei seu cabeço contra mim, por um lado aquele cabelo grande me servia de alguma coisa.
-Você gosta de puxar né, safadinha? - Ele me lançou um sorrisinho safado, assenti descaradamente.
-Gosto e eu sei que você gosta também! - Sorri de lado.
-Como que você sabe que eu gosto? - Me desafiou erguendo a sobrancelha.
-Porque não corta esse cabelo, simples. - Dei de ombro e ele riu.
-Pode continuar a puxar! - Ele voltou onde estava, me chupando, deliciosamente, sua língua fazia um estrago que eu estava viciada, era como uma droga. Tentei gemer o mais baixo possível, não queria ninguém nos atrapalhando, ainda mais tão perto do meu orgasmo. Não demorou muito e eu me derramei em seus lábios. Minha respiração descompensada e a pequena mascara de suor me indicava que foi intenso, do mesmo jeito que vem sido todos esses meses, meu corpo estava se acostumando com todos os hormônios
novos que meu corpo liberava.
Aos poucos eu voltava a mim e apalpava o volume do meu marido, ansiava que ele entrasse em mim e me fodesse até não aguentar mais. Meus pensamentos era sempre assim, isso me assustava pois não tive contato sexual com ninguém quando eu engravidei da Isabel e me pergunto como consegui ficar quase um ano sem sexo, sem prazer.
-Safada! - Luan sussurrou no meu ouvido e eu ri. O beijei calando e dando inicio aos movimentos dentro da sua calça, ele me ajudou por estar de moletom. Desci a calça e a cueca, me abaixei e passei a língua na cabecinha, suguei e o masturbei, fiz umas três vezes ouvindo alguns xingamentos, as palavras sujas saindo da boca dele eram tão gostosa de se ouvir, me sentia tão pervertida por gostar disso. 
-Vou gozar, Bia. - Luan sussurrou incapaz de falar mais alto, ele grunhiu e segurou minha nuca, chupei seu pênis com mais velocidade e ele gozou, ele resmungou e voltou a me beijar, meus lábios tinha o gosto dele.
-Hm, com o meu gosto na boca! - Ele mordeu meu lábio inferior.
-Uma delicia! - sorri.
-O seu gosto na minha boca é melhor.

Ele iniciou um dos melhores beijos, levantando minha perna, ele introduziu seu pênis dentro de mim, onde eu mais ansiava. Seus movimentos eram deliciosamente fodidos.



...

3 meses depois...

Com as 40 semanas de gestação completas agora só faltando a chegada do nosso Pietro, como Luan previa, minha barriga ficou enorme e eu me acostumei aos poucos, depois dos 6 meses o tamanho foi triplicando. O quarto e a casa estava apenas esperando para que o nosso pequeno Pietro viesse, estava ansiosa. As consultas agora eram um dia sim e outro não. E na ultima consulta eu já estava com 3 dedos de dilatação. E pro Pietro vir eu só precisava de 10, apenas 10 dedos de dilatação. Meu menino era muito travesso, dava muitas cambalhotas e me deixava com as costelas doloridas, foram semanas e semanas pra se acostumar com um serzinho tão brincalhão dentro de mim.
A partir da 30° semana eu já não aguentava mais o pique do sexo, as dores e a barriga enorme me deixavam cansada, Luan entendendo aquilo tudo me dava maior apoio por mais que eu visse o volume na sua calça eu não podia fazer muita coisa. Na ultima semana eu estava uma pilha de nervos, nada me acalmava e nada acalmava o nosso pequeno Pietro, a não ser Luan, ele nos dava uma paz incrível, só o Luan tinha o poder de me fazer relaxar com simples toque.


Narração do Luan.

Dentro desses nove meses aprendi a ser mais pai, aprendi a ser mais marido e ser mais paciente. Haja muita paciência pra um homem só. Como eu previa, Bianca gerou um meninão, grandão. Dava muita pirueta dentro da barriga dela e só se acalmava comigo. O nosso menino já gostava de mim antes de me ver. Ryan ficou enciumado por um tempo, não queria participar de nada mas eu achei uma boa ideia nos aproximar como amigos, levei ele pra um jogo do nosso time, claro ele torcia pro Corinthians. Ele adorou, levei pra conhecer os jogadores, por ser famoso eu tinha alguns créditos. Ficamos mais amigos, tenho certeza disso. Fiz ele gravar algumas musicas minhas que ele gostava de cantar, ele no começo ficou tímido, mas acabou se saindo melhor do que eu imaginava, estávamos mais grudados do que eu imaginava, tenho certeza que o ciúme dele com o novo irmão tinha passado.
Minha mãe veio pra cá pra casa, precisava da ajuda dela. Nesse momento eu estava jogando com o meu filho na sala e minha mulher degustando da lasanha de berinjela, segundo ela estava morrendo de vontade e pelo cheiro deve ser mais um dos seus desejos estranhos. Lembro bem que eu tive que acordar as 4 da madrugada com os desejos dela: Canjica.
Pra piorar a situação era no meio de maio e onde eu ia achar os ingredientes pra canjica no meio da madrugada?
Liguei pra minha mãe desesperado, pedindo ajuda, Bianca passou a maior parte da gravidez chorando ou gemendo no meu colo( Não precisam pensar muito pra imaginar como ela estaria gemendo) Enfim. A gravidez foi intensa e quando eu achei que seus desejos tinham cessados, eles vinham a tona, como agora. Por sorte minha mãe estava aqui e sabia fazer a tal Berinjela ou lasanha de berinjela. O cheiro estava péssimo mas o jeito que a Bianca degustava parecia está ótimo, mas eu não ousei a tocar na travessa.

Isabel quanto mais crescia mais parecia independente, isso me assustava. Agora só sabia se maquiar e uma vez até deixei que ela brincasse de me maquiar, só pra fazer seus caprichos. Bianca se vingou e tirou uma foto postando no meu instagram, não preciso nem dizer que estou sendo zoado até hoje.
-Luan! Acorda. A bolsa estourou! - Bruna que estava na cozinha me chacoalhou e eu acordei do transe. Levantei correndo.
-Não precisa correr, não estou sentindo tanta dor, vamos devagar por favor! - Bia falava calmamente. creio eu que as aulas que ela assistiu de gravidas ajudou muito na hora. Mas para mim não. Subi rápido pegando as bolsas que estavam preparadas a muito tempo e desci no mesmo minuto, calcei os chinelos e coloquei as bolsas no carro. Voltei já me posicionando ao lado da minha mulher.
-Calma, sem pressa. Deixa eu me despedi de todos! - Bianca e seu humor magnifico. Ela se despediu de todos como ela queria, se sentou no banco da frente e colocou o cinto. -Se você dirigir como um animal e vou te bater! - Ela me avisou depois que eu acelerei sem tirar o freio. Assenti mas meu pé não me obedecia e acelerava mas eu ganhava um tapa toda vez que eu fazia isso.
Não sei como a Sonia foi avisada mas ela estava esperando na porta do hospital. Levou a Bianca para o quarto enquanto eu fazia a ficha dela. Bianca planejou tudo em cada detalhe, ela já tinha uma ficha preenchida com as coisas que na recepção ia pedir. Sem me atrapalhar em nada eu fui pro quarto. Deixei as bolsas na poltrona e me aproximei da minha mulher que estava deitada.
-Vamos ter que fazer o exame pra saber quanto dedos de dilatação já temos! - Uma enfermeira disse se posicionando e colocando luvas descartáveis. Eu já estava acostumado com esse tipo de exame. - 6 dedos de dilatação. Sente muitas dores?
-Não muita, até aliviou mais quando a bolsa estourou. - Bianca disse se recostando na cama. - Luan é que está histérico - Ela sorriu mais meiga.
-Então o jeito é andar pra ver se dilata mais. Se em algumas horas não acontecer nada, vamos ter que induzir ao parto normal, certo? - A enfermeira perguntou mas já sabendo da resposta. Conversamos que Bianca não precisava sofrer tanto pra ter o parto normal, se mesmo assim a dilatação não acontecesse, seria induzido ao parto normal, dando-lhe mais contrações. E se mesmo assim não desse jeito o que era quase impossível seria o certo a fazer a cesariana.

Algumas horas depois...

Bianca se mostrava forte, foi dilatado mais dois e ela se mostrava confiante, a Sonia questionava se doía, mas ela era irredutível, dizia que aguentava muito mais. Continuei a caminhar pelo hospital. Passamos pelo berçário e vimos alguns bebês, um mais lindo que o outro. Por ser madrugada o hospital estava vazio e me dava mais espaço pra eu acompanhar Bianca que andava lentamente.
-Ai, ai. Tá doendo agora! - Ela se curvou e um  enfermeiro próximo trouxe a cadeira de rodas, ela se sentou e respirou ofegante, já passava das 4 da manhã e então fomos para o quarto. A enfermeira mediu quantos dedos tinha e já estava mais que preparado. As enfermeiras arrumaram a Bianca, colocaram o avental apropriado e uma touquinha pra segurar os cabelos curtos da Bianca, sim ela cortou e acabou fazendo leves mexas loiras, eu gostei mas gostava mais quando era longo e todo moreno. Bianca foi levada pro quarto pra fazer o parto, eu tive que me afastar indo me vestir, por cima da minha roupa eu coloquei um avental e touca. Deitada já, com as pernas dobradas ela esperava a Sonia se posicionar. Agora sim a minha Bianca reclamava e dor, ela apertava a minha mão e implorava pra eu não deixar ela, como se isso fosse acontecer.
-Preparada? -Sonia perguntou já sua posição - Bia, quero que se concentre aqui, faça muita força. Seu Pietro está vindo e quer te ver! - Sonia dava gás as esperança, eu também queria mas não sabia o que dizer sem ser pedir a Deus que desse forças a ela.
E um choro estridente escoou e eu tive certeza que meu filho tinha nascido, Bianca suspirava ofegante. A Enfermeira me entregou o meu menino que chorava bastante, mas foi eu pegar ele, ele se acalmou afastei de mim ele e coloquei ele pertinho da Bia que chorava aliviada, nesse momento até eu chorava. Meu terceiro filho. Selei os lábios da minha esposa e tive que dá o meu filho pra enfermeira cuidar. Eu estava completo.





Geeeente mil perdões, eu estou sem computador pra escrever os capítulos e agora estou usando de uma amiga, a fanfic está em reta final e eu não quero terminar hahaha Em breve a próxima, que eu tenho certeza que vocês irão gostar! Comentem ai em baixo se gostaram do nome do novo bebezinho!!

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Capitulo 157

Narração da Bianca
A decepção estava nítida diante do espelho que eu encarava, desde o dia das crianças - Em que eu comecei a se sentir mais mãe - eu estava mais confiante, tinha certeza que eu estava carregando um bebê em meu ventre. Agora depois que eu saí do consultório da minha doutora eu estou sem chão.
-Nao fica assim, a doutora disse que pode ser sim que você esteja gravida - Ele alisa meu rosto e eu concordo não querendo mais pensar no assunto, quem sabe esquecendo um pouco de tudo isso o tempo não passa mais rápido e eu tenho a resposta definitiva? - Enquanto isso podemos tentar, até conseguir. - ele liga o motor do carro e eu sorrio tentando ficar o mais leve possível. Luan me leva pro trabalho, eu preciso me ocupar. Converso com Bruna sobre colocar mais gente pra trabalhar conosco, os próximos meses seriam intensos com o final do ano. Ela concordou e enfim tiramos da pasta os currículos que sempre chegava e nunca abrimos já que não precisávamos de mais alguém. Selecionamos algumas pessoas, ligamos pra elas e marcamos uma entrevista com cada uma no decorrer da semana.                      
 No almoço fui com Bruna até um restaurante próximo, comemos falando sobre a viagem que planejamos desde março, sempre fazíamos uma viagem só exterior no aniversário do Luan onde ele passava as férias livre, leve e solto. Mas nos últimos tempos nem lá fora ele conseguia se esconder. E isso não o deixava triste não, ele ficava bobo e ficava horas falando sobre.                      
 Depois do almoço voltamos e continuamos o nosso trabalho. O que rendeu bastante. No fim da tarde Luan me buscou, ganhei um beijo caloroso e fomos pra casa. Segundo ele, tinha uma surpresa pra mim...
Quando eu chego em casa percebo que as crianças estão animadas no quintal, vou até lá depois do Luan dizer que a surpresa está com as crianças, ao chegar diante das crianças têm um cachorrinho, brincalhão, mesmo sendo tão pequenininho não faltava energia.
-Mãe! Olha só o que o papai trouxe! - Isabel diz toda animada e eu vejo um sorriso enorme no rosto das minhas crianças.
-Eu disse que era deles mas é seu! - Luan sussurra e eu rio diante daquele jeitinho dele.
-Que raça é? - vejo o filhotinhos vir na minha direção e eu o pego acariciando seus pelos, ele chega a tentar morder minha mão porém seis dentinhos são recentes e nem doem.
-Golden Retriever, daqueles filmes famosos. - Luan sorrir                        
-Que lindo! - fico feliz pelo filhotinho. Percebo que é uma fêmea. -Luan, me diz que essa cadela é castrada!
Prefiro cachorros pois não daria filhotes.
Luan riu passando a mão no cabelo.
-Ela não é castrada, achei que íamos querer filhotinhos dela! - ele sorrir.
-Isso é trabalhoso, é melhor que castre ela. Já escolheram o nome? - solto o cachorrinho que vai pro meio das crianças.
-A senhora deixou ficar com ela,?                        
-Seu pai nem pediu mas vou deixar passar essa, eu deixo. Mas vocês vão ter que ter responsabilidade com a cachorrinha, ensinar onde ela deve fazer xixi e cocô, se não conseguirem vou ser obrigada a devolver! - Eles balançam a cabeça concordando com tudo e se animam com o novo membro da família.                      
 Entrei deixando o Luan e as crianças se familiarizar com a cachorrinha. Subi e troquei de roupa, fiquei examinando a minha barriga me olhando no espelho, tentei esconder o que eu fazia quando Luan entrou mas foi tarde demais.                      
 -Oh amor, vem pra cá. - ele me puxou pra sentar junto com ele na poltrona.
-Eu só queria que tivesse um bebê de verdade mesmo! - solto toda angústia que tem dentro do meu peito através das lágrimas.
-E vamos ter. Pode ter certeza eu vou fazer tudo pra dar certo. Deixa eu só esse mês passar que vamos ter certeza que vamos ter um bebezinho bem parecido com você. - ele motivava acariciando meus cabelos.
Acabei concordando com ele, era melhor deixar o tempo passar,, um mês não era muito não é mesmo?

Um mês depois...

Nunca na minha vida eu pedi tanto pro tempo passar como eu venho pedindo. O exame de sangue veio como positivo para gravidez mas não me deixei elevar pela ansiedade mas foi o contrario disso, sofri demais e ocupava todo meu tempo comendo pra passar o tempo. Chegando a engordar um pouco mais. Minha menstruação não veio até hoje então minha ansiedade só triplicava. Luan não estava aqui durante a semana inteira, estava viajando fazendo seus shows, mas me tranquilizava quando me ligava, me distraia bastante, mesmo de longe.
Luan fez de tudo pra chegar a tempo mas estou vendo que vou entrar sozinha na minha consulta.
-Bianca! - Minha doutora me chama da porta, eu então olho pra porta de entrada e não o vejo, infelizmente eu vou fazer o exame sem ele por perto. "Eu tenho que ser forte" Eu mentalizava isso, era agora ou nunca.
-Vamos, Bia? - Eu percebi que não sai do lugar.
-Sim! - Sorrio pra ela e caminho pra sala dela.
-O Luan não pode vir?
-Pois é, ele se atrasou e não pode vir! - Dou um sorriso fechado me segurando pra não abandonar esse exame e remarcar ele.
-Então tá bom. Teve novos sintomas?
Comecei a falar sobre tudo e ela me ouvia atentamente, era como uma amiga pra mim.
Enjoos aparentemente do nada, fome fora de hora, ausência da minha menstruação e irritação, nada demais. Não lembro de ter sentido isso tudo na minha primeira gravidez.
-Bom... Tudo indica uma gravidez. - Ela para e sorrir - Sem contar que o exame de sangue deu positivo. - Ela sorrir e eu fico mais nervosa, queria o Luan aqui segurando minha mão. - Vai querer ter certeza agora? - Ela sorriu e eu confirmei com a cabeça. - Vamos pra outra sala. Eu não precisei trocar de roupa então me deitei e ergui o vestido solto que eu estava vestindo.

Narração do Luan

Não pude chegar um dia antes ou na madrugada se segunda, no dia marcado do exame. Eu estava tão ansioso quanto a Bianca e tentava esquecer conversando e me ocupando com tudo. Sem contar que todos os jornalista, entrevistadores veio falar dos meus filhos e se eu pretendia ter mais. Eu não queria expor a minha vontade e a vontade da minha mulher para o mundo, e então eu dizia que "Se vier é da vontade de Deus" E isso era verdade, se for pra vir mesmo vai ser da vontade dele.
Só puderam liberar a decolagem do jatinho depois das oito e o exame era as onze e quarenta . E eu estava do outro lado do país, o que não facilitava muito minha vida.
No aeroporto de SP encontrei fãs que eu não tive como fugir e depois de quase 10 minutos de atendimento eu sai as pressas. Queria que o motorista dirigisse rápido mas isso só me atrasava quando eu via os sinais fechados me impedindo de chegar a clinica. Sim, eu nem ia pra casa, sabia que Bianca já estava na clinica e eu torcia pra sala de espera está cheia pra dá tempo de eu chegar.
Assim que entrei procurei por ela na sala de espera e não a vi, Fui pra recepção e expliquei a minha situação "Minha mulher veio fazer um exame importante e gostaria de saber se ela se encontra na sala da doutora"
-Qual é o nome dela? - A menina perguntou.
-Bianca Sales Santana
-Ok, vou levar você até a sala.
Ela me levo pra uma outra sala diferente, bateu na porta e ouviu um "Pode entrar" olhando por cima da cabeça da menina vi minha mulher deitada com o vestido erguido e com as pernas apoiadas.
-Doutora, o marido da paciente deseja entrar? - Ela não informa e sim pergunta e espera pela resposta da Sonia mas que espera a resposta da Bianca.
-Pode sim! - A voz da Bianca parece surpresa. A menina me da passagem e fecha a porta assim que eu entro.
-Oi. - Sorrio pra Sonia e dou um selinho na minha mulher. - Já sabe se ela tá gravida? - Pergunto pra doutora que nega sorrindo.
-Vou começar agora! Pode puxar a cadeira e se sentar aí. - Ela coloca a mascara e suas luvas.
-Isso ai vai doer? - Sei que ela vai mexer com a intimidade da minha mulher e não imagino se doa ou não.
-Não amor, isso não dói. - Bianca sorrir apertando a minha mão.
-Se doer me fala! - A doutora pisca como se fosse amigas.
Bianca parece relaxada e imagino que ela já tenha feito essas coisas antes.
Em minutos a doutora terminou, sorriu e eu me perguntava se aquele exame já tinha a resposta que eu queria muito ouvir.
-Agora vamos pra melhor parte. - Ela ligou o monitor e pegou o aparelho que ligava a esse monitor. Pegou também um pote em gel e uma espátula e colocou o gel sobre a barriga da Bianca. Tudo rapidamente. Bianca me deu um sorriso caloroso e eu retribui beijando sua mão que eu não soltei desde que eu cheguei aqui. Encarei a doutora que passava o aparelho na barriga da minha mulher, ela tinha um sorriso indecifrável o que me deixava mais apreensivo.
-Prontos para o resultado?
-Claro!
-Está vendo isso aqui? - Ela usa o mouse pra circular um pequeno borrão na imagem.
-Isso é o bebê?
-Sim! - Ela finalmente diz, amplia a imagem e tudo muda, a imagem é bem realista. - A imagem é em 3D porém o bebê ainda não tomou forma, está de 7 semanas exatas! - Ela conta e sorrir.
Percebo a minha menina chorar baixinho, sem nenhum barulho, só as lagrimas rolam. Beijo seu rosto percebendo que a doutora nos observa maravilhada com a noticia.
-Tá feliz amor? - Seco suas lagrimas com a ponta dos dedos e ela assente.
-Eu não tenho nem palavras pra dizer o que eu to sentindo! É surreal! - Ela aperta minha mão que eu não soltei.
-Bom, vamos começar com o pré-natal o quanto antes viu?
A doutora liberou a Bianca nos dando privacidade. Bianca limpou o gel com o lenço que a doutora deu, pegou sua calcinha e arrumou, vou me lembrar toda vez que transarmos que uma mulher sempre examina a intimidade da minha mulher.
-Do que você tá rindo? - Ela me cutuca ao sair.
-Nada, amor! - Beijo seus cabelos e vamos pra sala de consultas da doutora, ela passa milhares de exames e remédios pra ela tomar, sem contar as vitaminas que ela receitou.
Como eu sabia que a Bianca veio dirigindo eu liberei o motorista da van que me trouxe, Bianca já me passou as chaves dela sabendo que eu não ia deixar ela dirigir. Ela também não gostava.
-Não vai pra loja né? - Ja sabia sua resposta.
-Hoje não. Me dei um dia de folga! - Ela sorriu virada pra mim.
-Que bom, porque estou afim de ir almoçar fora! - Sigo o caminho pra um restaurante italiano que foi inaugurado alguns dias atrás e que ouvi falar muito bem, o gerente mesmo nos serviu dizendo que queria minha presença sempre lá. A comida era muito deliciosa e Bianca pareceu adorar a massa diferente. Eu fiquei no vinho enquanto a Bianca pediu apenas um suco de uva, mas no momento em que eu fui ao banheiro eu percebi a marca do batom dela na taça.
-Só foi um gole, amor, nada demais! - Ela piscou pra mim sorrindo, nem pude reclamar.
-Você ouviu a doutora... Não sou eu que estou proibindo. Você põe a sua e a vida do bebê em risco! - Eu não estou dando um sermão mas quero alertar, quero proteger.
-Tá bom meu bem. Só foi um golezinho e não vou mais beber. - Ela me deu um beijo e acabei esquecendo.
Ela abriu mais uma vez o cardápio afim de um sorvete, segundo ela: Ela estava com desejo insaciável.
-Tudo bem, um sorvete. - Ri do jeitinho meigo dela. O garçom veio até nós e eu pedi apenas a sobremesa pra ela. Sorvete de flocos com cobertura de chocolate quente, o nome parecia bem gostoso mas eu estava de estomago cheio, quem sabe a Bia me dá um pedacinho?
O sorvete chegou e a Bianca começou a atacar seu sorvete, pedi um pedaço e ela me deu, uma delicia, devo falar que o sorvete era até mais gostoso que o meu vendido no Paris 6.
-Ah Luan, a sobremesa é minha. Porque você não pediu uma pra você? - Ela me olhou mal-humorada depois de eu ter roubado a colher dela e comido três pedaços do sorvete dela.
-Eu não sabia que era tão gostosa assim.
-Então peça o seu porque eu também vou roubar do seu. - Ela mostra a língua como uma criancinha. Rio e chamo o garçom que vai e trás o meu pedido. Como ela disse, não só tirou três pedaços e sim comeu quase todo. Sua desculpa era: Agora estou comendo por dois.
Ao sairmos tinha duas fãs que pediram uma foto e me abraçaram. Elas também pediram foto pra Bianca que até hoje não sabia como se portar diante da minha fama. E eu ria da cara dela de desespero.
-Não ri de mim, poxa! - Ela fez biquinho e eu mordi. - Cachorro! - Ela riu me empurrando. - Cadê aquelas balinhas que eu deixei aqui? - Ela olhou no porta copos.
-Eu comi! - Eu ri e ela bateu no meu braço enquanto eu ligava o carro e dirigia nas avenidas movimentadas de São Paulo.

3 meses depois...

Narração da Bianca.

Ninguém reparou no fato de eu ter engordado, eu tinha largado a academia e minha doutora pediu que eu regulasse uma dieta saudável com a minha nutricionista e exercícios que não comprometam a sobrevivência do meu bebê. Então voltei dois dias com apenas exercícios leves.
Agora que eu e Bruna poderíamos nos ausentar da nossa loja, já que contratamos 4 pessoas muito bem capacitadas, agora comigo gravida, precisava de mais ajuda.
Ninguém sabia da minha gravidez, nem mesmo a família, estamos esperando pra saber do sexo do bebê para enfim contar, quem sabe nessa consulta que estamos indo agora, Luan está uma pilha de nervos, ele quer porque quer um menino e pra variar, Ryan está enciumado pelo pai querer mais um menino.
-Prontos pra mais uma ultra? - A minha doutora perguntou assim que eu deitei e ela ligou a tela para ver a imagem do meu bebê.
-Estamos! - Luan respondeu por mim, ele estava uma pilha de nervos e não queria uma menina, segundo ele, dava muito trabalho e não queria correr o mesmo risco.

Oi, oi meninas... Sumi por uma semana e pareceu a eternidade hahaha mas enfim postei.