domingo, 13 de novembro de 2016

Capitulo 162

Meu celular começou a tocar e era da casa dos meus pais, estava com medo de atender e saber coisas piores, mas atendi quase na ultima chamada.

-Luan, meu filho! -Era a minha mãe. - Onde você está? Isabel e Pietro chegaram aqui falando que Ryan sumiu e vocês foram atrás dele! O que está acontecendo? 

Minha mãe estava preocupada, se eu contar que meu mundo estava desmoronando outra vez eu choraria e ia querer voltar para os braços da minha mãe. Mas eu tinha que ser forte e encontrar a minha mulher e meu filho.


-Mãe, só peço que cuide dos meus filhos aí. E que ninguém abra a porta pra ninguém, Entendeu?
-Sim mas...
-Nada de mas, mãe. Me ouça e tudo vai se resolver!
-Aline outra vez? - Ela sussurrou, imagino que as crianças estavam perto dela.
-É mãe. - Não contei que era muito pior mas acho que ela já imaginava.
-Se cuida meu filho!
-Pode deixar mãe, fica com Deus.
-Fica com ele também!

Desliguei o telefone sentindo meu rosto molhar, era as minhas lagrimas, meu corpo sobrecarregando e transbordando em lagrima. Não tive tempo de me recompor, já estava de volta as avenidas de São Paulo, seguindo Carlos, não faço ideia pra onde estávamos indo, ele me disse mas não parei pra ouvi-lo, estava me remoendo por não ter dado um tiro naquela época quando André sequestrou Bianca e eu quase perdi as pessoas mais preciosas da minha vida.

Só percebi depois que paramos que íamos a delegacia, não queria meu nome envolvido em mais nada.
-Cara, eu não vou denunciar nada, o problema do André e da Aline é comigo e eu vou resolver! - Fiz menção de puxar a minha arma da cintura. - Nem que seja a ultima coisa que eu tenha que fazer na minha vida.
-Nem tudo na vida é feito pelas próprias mãos!
-Eu pensava nisso também mas só me fodi, então agora eu vou resolver.
-Luan você quer ficar com a consciência pesada depois de fazer isso?
-Estou com a consciência pesada agora porque eu não matei aquele maldito filho da puta.
Ele respirou bem fundo olhando pro lado, sem saída.
-Onde aquele filho da puta está?
-Não sabemos ainda, acho melhor voltarmos pra sua casa. Ele deve ligar.
-Eles querem me ver maluco, estou com a sensação de que ele não vai me ligar! - Bufei contrariado.
-Já tentou ligar pro celular da Bianca?
-É mesmo! - Entrei de volta no meu carro e peguei meu celular, discando o numero dela que eu sabia de cor e salteado. Chamou e caiu na caixa postal, tentei de novo e deu a mesma coisa. Na terceira tentativa atenderam.
-Caralho, ela não quer te atender! - Era o André.
-Cadê a minha mulher, porra?
-Ela está bem ocupada nesse exato momento. - A risada dele me irritou.
-Você é um filho da puta mesmo! Torce pra eu não te encontrar, porque se acontecer eu te encho de bala seu filho da puta!
-Luan, você tá na rua! - Carlos interferiu. Respirei fundo ouvindo a risada maléfica do André.
-Se você me encontrar eu te encho de porrada e te faço o favor te deixar vivo, quem sabe as suas fãzinhas me agradecerão?
-Vai tomar no seu cu! Vem me enfrentar pra ver. Você sabe muito bem que eu vou te matar. Porque sabemos que você não vai sobreviver pra ir pra cadeia e ter uma nova chance de me infernizar.
-Também sabemos que você não é de nada, meu amigo. Confessa que você tá todo perdido, querendo saber por onde me achar, mas infelizmente não posso contar dos meus planos com a minha nova mulherzinha, a minha amante e meu filho postiço. A proposito, Ryan te mandou lembranças, disse que sente muito sua falta. Bianca meu amor, conta pro seu amor que você sente a falta dele.

Ouço uns gemidos que eu fui capaz de compreender que ela estava com a boca fechada, incapaz de falar alguma coisa.
-Ouviu? Ela está radiante.
-O que você quer?
-Já tenho o que eu quero. Queria a sua menininha, como é o nome da mocinha? Isabel! Ela se parece com a Bianca quando eu a conheci.
-Você não vai encostar em ninguém que eu amo!
-Eu tá estou encostando, meu camarada.
-EU VOU TE MATAR! - Acabo chamando atenção no meio da rua e o André desliga rindo. Filho da puta. Jogo o telefone no banco do carona e bato a porta do meu carro, abro a janela e aviso pro Carlos que encontro com ele na minha casa.
Acelero nas avenidas de São Paulo, agora não tem movimento e eu posso gerar muitas multas na minha carteira mas estou pouco me fodendo pra tudo isso. Quero extravasar a minha raiva do André e coloco culpa no acelerador, fazendo o motor ir na potencia máxima.
Carlos começou a ligar e eu fui atender mas quase bati, voltei a dirigir moderando a velocidade e peguei o celular.
-Fala! - respondi.
-Cara, modera a velocidade. Não vai dar certo se você for preso por dirigir em alta velocidade.
-Foda-se. Quem eles tem que prender está solto, sabe-se lá fazendo o que com a minha mulher e meu filho!
Desligo o telefone e deixo no banco do carona. Volto a pisar fundo no acelerador. No meu condomínio diminuo a velocidade mas mesmo assim não era suficiente. Chego em casa e saio a procura de algum vestígio da minha mulher, nada dela. Quero ela comigo, quero meus filhos, quero a minha paz, é pedir muito?

A madrugada se estende e parece maior, nada me acalma e Carlos se mantem acordado comigo pra eu não fazer besteira nenhuma.

Tentei me alimentar com algo na geladeira mas nada descia, subi e fui tomar banho, tudo me lembra a Bianca, só de pensar que aquele doente pode está encostando nela nesse momento me sobe uma raiva desconhecida, nunca senti tanta raiva de alguém como eu sinto do André.
Desci de roupa trocada e celular carregado, ótimo, a hora parece me odiar, quando essa angustia vai passar e eu vou ter minha família de volta? Aquela pergunta me pegava de todos os lados, eu tinha medo de nunca mais ver minha mulher e meu filho. Não tínhamos nenhuma pista do paradeiro dele. Carlos mandou seguranças vigiar a entrada e as casas que me pertencia. Tinha uns vinte homens cuidando pra saber do paradeiro do André mas André já não estava aqui no condomínio.

Amanheceu e o tempo estava fechado embora estivesse fazendo um calor infernal. Eu andava de um lado pro outro já não tinha unhas pra roer, meus dedos chegavam a sangrar, mas minha única vontade era encher a cara do André de socos até ele morrer sangrando.
Carlos foi pra cozinha, minutos depois me foçou a comer, empurrando e sem apetite nenhum engoli um pedaço de bolo de fubá e uma xicara cheia de café., eu nem precisava de cafeína, meus pensamentos não me deixavam cochilar se quer um segundo, meus pensamentos eram todos na Bianca e no Ryan, o que se passava lá onde eles estavam, seja onde estiver.

Já era meio dia e o sol decidiu sair das nuvens e dá o ar da graça, porem eu estava com a mente fervilhando pensando em algum jeito de descobrir o paradeiro do filho da puta do André. Eu enlouqueceria se eu ficasse mais um segundo sem noticias.

O telefone tocou e eu corri pra atender, era o André.


Mais angustia, o que será que o André vai fazer hein? Lembrando que estamos em RETA-FINAL viu? haha

5 comentários:

  1. Meu Deus! Nem notícias, nem nada. Esse André merece morrer. E agora o que ele quer? Dinheiro será?

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  2. PQ PAROU AGORA? VOLTA AQUI MULHER!!!!
    ANDRÉ FDP, DESGRAÇADO, QUE O LUAN O MATE MSM VIU?!

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  3. Espero que ele não faça nada demais com a bianca coitada já sofreu demais

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  4. Que fdp! Os 3 juntos! 😡😡 Decepção a Júlia estar junto! Imagina como Bianca deve tá?! Que não aconteça nada com os 2 né! Vão voltar em segurança pra casa! CONTINUAAAAAAAA raaay 💕

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  5. Esse louco tinha que aparecer, continuaaaa, quero que o Luan mate o andre e de preferencia a aline tmb.

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Oiii! Pode me dizer se estar gostando do capítulo ?