-O que aconteceu? - Perguntei vendo seus olhos se encherem de lagrima, o puxei ´pra um canto reservado vendo a Bruna se aproximar também preocupada.
-Minha mãe ligou, disse que meu pai foi parar no hospital com dores no coração ! - Ele passou as mãos no rosto secando as lagrimas.
-E agora? -Bruna se mantinha controlada mas percebia a sua tristeza.
-Ele está fazendo os exames, mas precisa de alguém lá, eu vou pra lá! Minha mãe não tem condições de ficar lá com ele.
-Eu também quero ir! -Bruna se pôs.
-Amanha você vai visitar, Bru! - Luan abraçou a irmã.
-Tudo bem, mas se acontecer alguma coisa me liga, quero saber de tudo!
-Tá bom! - Ele deu um beijo na testa dela. - Vem Bia! - Ele disse segurando na minha mão me puxando pra perto dele. - Eu vou deixar vocês em casa e vou pra clinica.
Eu fiquei quieta, não era a hora de falar. Me despedi das meninas sem contar o que aconteceu, disse que teve um em previsto e tínhamos que ir. Luan fez o mesmo com os amigos e a Bruna junto com o Breno também. As crianças não queriam ir tão cedo mas depois de muita insistência fomos.
-Deixa que eu dirijo! - Eu falei depois da segunda tentativa de ligar o carro.
-Você não gosta de dirigir a noite!
-Mas agora não é questão de gostar ou não, você tá nervoso. Ele bufou saindo do carro e dando a volta, eu apenas pulei o banco pro motorista. - Liga pra Laura e diz pra ela descer que eu preciso que ela cuide das crianças? - pedi ligando o carro.
-Bia, você fica em casa, o que você vai fazer lá?
-Não sei se você esqueceu mas você é famoso e infelizmente existe pessoas que não ligam pra dor das pessoas, e você sozinho não vai prestar! - avisei.
-Vou estar com o Carlos, fica tranquila! - ele garantiu.
-Vamos ter que brigar pra eu ter que ir te fazer companhia? Poxa! - ouvir ele suspirar profundamente era a resposta de eu ter vencido. Ele ligou pra minha irmã e ela só pediu carona ja que eu estava na rua. Passei no apartamento dela e ela entrou fazendo as crianças se animarem, eles gostavam dela e ela era a tia que ganhava as coisas.
Ao chegarmos coloquei as crianças pra deitarem e aconselhei varias vezes a Laura, por mais que ela tenha cuidado dos dois era sempre bom reforçar.
Desci e o Luan estava no mesmo lugar que eu o deixei, sentado no sofá da sala com um olhar longe.
-Vamos? - coloquei a mão no ombro dele.
-Vamos! - Ele levantou, saímos e trancamos a casa. Entramos no carro e eu fui dirigindo até a clinica que o Luan tinha me indicado a ir.
Não demorou muito eu chegar, por sorte a clinica estava vazia e não nos preocupamos, Carlos já estava a nossa espera, Luan deveria ter ligado pra ele avisando pra ele vir. Cumprimentei ele e seguimos pra recepção.
-Boa noite, eu gostaria de saber sobre o estado do paciente Amarildo Aparecido de Santana? - Eu disse.
-A senhora é o que dele?
-Eu sou a nora dele e o filho dele está ali! - Apontei pro Luan que logo vinha na minha direção.
-Ah ok. Ele está com a esposa dele, no quarto 507, no decimo andar!
-Obrigado! - Luan agradeceu colocando o braço no meu ombro e me fazendo seguir com ele pro elevador. Subimos e procuramos pelo quarto indicado. Batemos de leve na porta e o Luan adentrou antes de mim.
Narração do Luan.
Ao entrar a primeira coisa que eu vi foi a cama vazia.
-Meu filho! - Minha mãe estava sentada no sofá pequeno ali, ela ao me ver se levantou e eu abracei o corpo dela, deixei que ela chorasse. A todo momento ela me perguntava porque de isso ter acontecido.
-Calma mãe, respira! -Pedia baixinho. - Onde ele tá?
-Até agora não saiu dos exames, já faz mais de duas horas! - ela disse angustiante.
-Eu vou ver o que aconteceu! - Avisei indicando que ela se sentasse junto com a Bia. Sai a procura de um medico e acabei achando uma enfermeira.
-Moça, você pode me ajudar?
-Ah clar... Nossa, Luan Santana?
-Sim sou eu mas agora não vem ao acaso, eu queria saber do meu pai que é um paciente, minha mãe veio com ele e ela disse que ele foi fazer os exames tem mais de duas horas! Queria saber se ele está bem!
-Ah tudo bem. Qual o nome dele completo?
-Amarildo Aparecido de Santana.
-Vou checar pra você, enquanto isso aguarde do quarto eu vou já saber e venho dizer.
Concordei e fui pro quarto, Bia acalmava a minha mãe.
-E o que aconteceu?
-Pedi pra uma enfermeira verificar pra mim.
Fiquei ouvindo a minha mãe dizer o que levou a ele vir aqui.
-Já estávamos indo deitar, quando ele disse que sentiu uma falta de ar grande, ele já estava assim uns dias atrás, ele me prometeu que ia ver o medico mas hoje aconteceu mais forte e liguei pro pronto socorro que chegou a tempo, coitado já dizia que ia morrer. Mas eu não quero que ele morra, eu não conseguiria viver sem ele! - Ela começou a chorar.
-E ele não vai mãe, não agora! Vamos fazer de tudo! -Abracei ela. A enfermeira abriu a porta empurrando o meu pai na cadeira de rodas.
-Amarildo! - Minha mãe disse ao vê-lo.
-O que aconteceu?
-Eu já estou bem. A falta de ar já passou! - Meu pai dizia.
-Mas tem um motivo disso tudo.
-E deve ter. O medico que está acompanhando está esperando os exames ficarem prontos. Sem eles não podemos diagnosticar.
-Tudo bem, quando que sai esses exames?
-Duram no máximo 12 horas, o Paciente deve descansar e só é liberado uma pessoa pra acompanha-lo.
-Tudo bem, mãe vai pra casa com a Bia, eu fico com ele.
-Luan você também não tem que ficar aqui, eu vou passar a noite dormindo e só depois o medico vai dá o resultado.
-Pai, nem tenta me impedir, eu vou ficar aqui! - falei duro.
Meu pai bufou contrariado. Minha mãe não teve jeito, eu e a Bianca insistia que ela tinha que ir pra casa descansar.
Deixei a minha mãe se despedindo do meu pai enquanto ficava no corredor com a Bianca.
-Você vai ficar bem?
-Vou, você sabe que eu sou acostumado a ficar acordado durante a madrugada! - Fiz carinho nela.
-Não no hospital né! -
-Mas é meu pai, eu vou ficar bem. Vai pra casa, leva a minha mãe pra lá, ela é igual criança, se não insistir ela teima.
-Vou tentar! - Ela sorriu de lado. - Fica bem tá? Quer alguma coisa pra trazer mais tarde?
-Uma muda de roupa pra mim e pro meu pai. E eu vou ficar bem sim, senhora preocupada.
-Quer que eu fique com você no telefone? A hora voa quando falamos no telefone - ela sorriu meiga.
-Quero que você vá dormir, isso que eu quero! Agora vou apressar a minha mãe, ou então ela vai querer ficar aqui! - rimos. Entrei e apressei ela que acabou indo pra casa com a minha mulher. Alguns minutos mais tarde Bia mandou mensagem avisando que já tinha chego em casa e com a minha mãe. Conversamos por breves minutos não queria que ela ficasse acordada, amanha as crianças precisariam dela enquanto eu descansava.
Capitulo pequeno mas em breve vou me organizar pra voltar a postar sempre, ok?
Se cuida Amarildo
ResponderExcluirConttt
ResponderExcluirConttt
ResponderExcluirposta mais
ResponderExcluircontinuaaa
ResponderExcluirIxiii! Deve ta com problema no coração o Amarildo.
ResponderExcluirQue susto... ainda bem que tá tudo bem.
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