quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Capitulo 151

Fiquei muito chateado com que a Bianca fez com o buque que eu comprei pra ela. Mas por outro lado, fui grosseiro em insinuar que ela estava tendo um caso nas minhas costas e que a Bruna, minha irmã, escondia isso de mim. Sai pensando em que me desculpar, mais uma vez, fui no restaurante e comi sozinho, fazendo o máximo que ninguém me reconhecesse o que foi um pouco difícil, mas consegui almoçar calmamente. Passei no estúdio do Dudu e fiquei por lá até as cinco da tarde.
-E ai tio! - João, filho do Dudu me chamava de tio, fiz careta, o menino já tinha barba e me chamava de tio. - Luan! - Ele riu.
-Assim tá melhor! - Ri
-Viu a moda que eu fiz?
-Não vi, cadê? - Fiquei animado. Ele me mostrou e era uma musica e tanto. - Me deixa gravar ela? Acho que vai se encaixar bem no meu novo DVD! - sorri de lado.
-Serio? Nossa, claro. É o primeiro cantor que me elogia e quer cantar ela!
Sorri de lado e fui gravar na minha voz, a musica tinha um gingado gostoso e eu daria tudo pra ser minha. Dudu ficou orgulhoso do filho.
-Então vai ser essa mesma? - Dudu perguntou
-Vai!
Fui pra casa animado, já que minhas composições que eu mostrei não deram bem mas o João apareceu lá e me fez ganhar o dia.
Quando cheguei, as crianças ainda não tinham chegado, avisei a Cida que eu já tinha chegado e fui pra um banho rápido. Saindo do banheiro ouvi a buzina da van, em segundos já ouvi a euforia das crianças subindo as escadas, terminei de vestir a bermuda já imaginando que as crianças entrariam sem bater na porta.
-Ou, ou, ou, ou! Que bagunça é essa? Porque não bateram na porta? - Cruzei os braços na altura do peito.
-Ai pai, é pra contar sobre o passeio da escola no fim de semana! - Isabel cruzou os braços revirando os olhos.
Ryan se jogou na minha cama tirando os sapatos.
-Tá mas é com a mãe de vocês isso! - Dei de ombro voltando a me olhar no espelho - Pra onde vocês vão? - Perguntei interessado.
-Zoológico! - Ryan que respondeu desinteressado.
-Você quer ir? - Perguntei pra ele que deu de ombro.
-A tia falou que vale ponto, então tem que ir!
-Você não quer? Você sempre gostou!
Ele parecia chateado, deu de ombro e tirou a camiseta do colégio.
-Só to cansado, e sábado tem jogo aqui em casa.
-Mas vale ponto não é? - perguntei e ele assentiu - Então tem que ir! - Fui pegar a camisa no closet e logo voltei. - Não tá na hora de vocês irem tomar banho não?
-A mãe vai demorar pra chegar em casa de novo? - Ryan perguntou. E eu dei de ombro sem saber o que responder. Isabel já estava com o meu celular.
-A mocinha poderia devolver esse celular pro dono dele?
-O dono dele é meu pai! Ele deixa! - Ela se gabou dando de ombro. Ri inconformado com a audácia dessa coisinha.
-Vão tomar banho anda, antes que a mãe de vocês me mata! - Revirei os olhos.
-Vocês brigaram de novo? - Isabel perguntou chateada dessa vez.
-É coisa boba! - Abaixei a cabeça.
-Vocês brigam muito!
-Vocês também! - cerrei os olhos para os dois que saiam do meu quarto.
-Mas somos crianças! E vocês são grandes! - Ela recriminou, eu acabei rindo e insisti pra eles irem tomar banho.
Meia hora depois tive que voltar ou então eles iam acabar com a agua do mundo.
Cida foi embora e deixou o lanche deles pronto, fiquei vendo TV e a Isabel desceu com os cabelos molhados e com um pente.
-Penteia meu cabelo! - Revirei os olhos
-Você vai ficar em casa, pra que pentear?
-Tá ficar bonita, pai! - Sorri de lado me dando por vencido, penteei como eu sabia, apenas desembaracei a coisa mais fácil que eu podia fazer.
-Como você quer o cabelo? - Perguntei focado nos seus fios lisos.
-Trança embutida! - Ela falou animada.
-Mas eu não sei fazer isso, oras! - Revirei os olhos.
-Mas é fácil! 
-Não inventa moda, O rabo de cavalo e tá ótimo!
-Não pai! Pra que me perguntou então?
Eu até ia responder mas a Bianca entrou em casa, parecia exausta e eu me culpei por ter falado aquilo pra ela.
-Oi! - Ela falou por educação, e pela Isabel que estava comigo.
-Oi mãe! Sábado vai ter passeio da escola no zoológico! Eu e o Ryan mas ele quer ficar por causa do jogo dele novo!
-Deixa eu chegar, ainda temos o resto da semana pra convencer ele. - Ela suspirou.
-Pai não vai dá um beijo na mãe não? - Isabel sabia me tirar da minha zona de conforto.
-Ela que tem que vir me beijar, você tá no meu colo! - Ri fingindo está distraído.
-Então mãe! - Isabel tirou a mãe da zona de conforto dela e eu sorri de lado.
-Me dá um beijo logo, muié! - Sorri pra ela que mesmo relutante veio, me deu um selinho e eu aprofundei um selinho mais demorado, fazendo ela se sentar. - Isa quer fazer aquela trança que você sabe fazer! - Sorri encerrando o beijo. Vi suas bochechas coradas Isabel logo foi pro colo da Bia e eu aproveitei pra levantar e trazer o lanche da Isabel. Subi levando o do Ryan e entrei, ele estava deitado, mas não dormindo.
-Ei cara! Não é hora de dormir! Sua mãe acabou de chegar! - Me sentei na cama perto dele.
-Eu não to dormindo! To só pensando! - Ele suspirou.
-Pensando em quê, cara?
-Naquela mulher que disse que era a minha mãe!
-Mas o que você tá pensando?
-Em dá uma chance pra ela!
-Ryan, olha. Senta ai. A gente precisa ter um papo serio! De homem pra homem!
Ele entendeu e se sentou colocando as costas na cabeceira da cama.
-Essa mulher fez muito mal pra gente, pra mim, pra Bia, até pra Isabel. Você não vai lembrar porque você era muito novinho, nem a Isa lembra. Eu não gosto de lembrar de coisas ruins então não preciso dizer as coisas que te aconteceram. Enquanto ela ia embora, a Bia, sua mãe cuidava de você com todo amor e carinho.
-Mas eu não vou deixar a minha mãe Bia pra traz... eu... eu só queria saber porque ela me deixou! - Ele baixou a cabeça
-Olha, ela tá proibida de se aproximar de você, desde que ela te deixou eu pedi ao juiz que não deixasse que ela se aproximasse, que ela era uma má companhia, era e é ainda, ela é a sua mãe mas ainda sim precisa ir pra prisão, onde ela deve passar alguns anos. Você me entende? - Perguntei visivelmente preocupado por estar falando algo que ele não entendesse. Ele era esperto mas falar sobre cadeia, pena, e erros que alguns seres humanos são capazes de fazer, era difícil pra explicar pra uma criança.
-Você ainda quer ver ela? Eu... Eu posso levar você pra praça, marcar um dia, não pode ser qualquer dia! - falei sem chão, eu não podia negar, por mais que doesse saber que ele se interessava pela mãe, eu não podia proibir. Proibir leva a ele a fazer as coisas escondidas e isso é mais errado ainda.
-Deixa pra lá! Acho que ela não gosta mesmo de mim! - Ele deu de ombro, aquilo cortou meu coração. Ele procurava afeto dela, ela era incapaz de dar isso pra ele. Em silencio abracei ele, cheguei a derrubar algumas lagrimas que se revoltaram a sair.
-Eu te amo, cara. Sua mãe Bia te ama, sua irmã te ama. Seus avós, suas tias. Todos te amam!
-Só aquela mulher que não me ama! - Ele falou com pensar, aquilo realmente cortava meu coração - Ela era legal? - Franzi o cenho - Antes de eu nascer?
-Ela era uma mulher legal, eu gostei dela por um tempo! Achei que tinha me apaixonado, me casei, como você já sabe. Mas já não tínhamos amor.
-E o senhor começou a gostar da minha mãe, Bia! - Ele sorriu de lado.
-Sim. Mas ai veio você, fiquei felizão.
-Serio? Ninguém achou que eu vim na hora errada?
-De jeito nenhum. Só veio pra me fazer feliz!
-Eu não quero mais ver essa mulher, ela só fez minha cabeça doer de tanto pensar! - Ele parecia um adulto, sorri de lado, incrível como algumas decisões podem nos deixar mais livres.
-Cê tem certeza? Você não precisa se encontrar com ela escondido, não estou te proibindo de nada mas quero que me conte se você ver ela por perto! Seja a qualquer hora! Ela é a sua mãe mas você tem que saber que ela pode te levar e eu não saberia como te achar, você me entende não é?
Ele confirmou com a cabeça, logo mudamos de assunto e peguei o vídeo game no meu quarto, claro que escondido da Bianca pra ela não ver mas acho que não deu muito certo.
-Oh mãe! A senhora deixou o Ryan jogar no vídeo game? - Isabel gritou do corredor, com certeza ela passou pelo quarto e nos viu jogando, puta merda, o língua que não cabe dentro da boca!

Nem preciso dizer que adorei os comentários anteriores né? Super amei e que continuem assim, isso me motiva e muito! Bjks!

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Capitulo 150

Narração do Luan

Eu pegava o tempo todo no celular pra saber se havia alguma mensagem da Bianca, mas nada que me deixasse tranquilo, as crianças chamavam a minha atenção pra brincar mas eu não estava para brincadeiras. Bufei não acreditando que a Bianca levaria tão a serio a minha opinião, sim ela deveria respeitar mas não me ignorar, saiu e não se despediu de mim, apenas da Cida que me olhou inocente voltando ao seu trabalho.
Quando finalmente as horas passavam das oito e meia, escuto o barulho do carro dela estacionando na garagem, as crianças se alvoroçaram e eu liberei o ar que eu não imaginava está prendendo. Bianca entrou sorrindo com as crianças em  sua volta, conversando coisas animadas mas foi ela encontrar o meu olhar que seu sorriso desapareceu.
-Amores, vão brincar, eu preciso falar com a mãe de vocês! - Pedi gentilmente.
-Luan, eu não tenho nada pra falar, estou cansada e preciso de um banho! - As crianças assistiam, não gostavam do nosso tom carregado de brigas. Suspirei e fui pra cozinha, sabendo que a Bianca viria pra cá. Ela sempre que chega vem beber agua, e assim ela fez quando as crianças foram brincar.
-Podemos conversar agora? - Pergunto vendo ela abrir a geladeira e tirar o jarra de agua.
-Eu realmente estou cansada, preciso tomar um banho e cuidar dos meus filhos!
-Bia... - Suspirei
-Olha Luan, eu estou com problemas até o ultimo fio de cabelo, então não quero mais problemas futuros, você quer ensinar coisas diferentes para seus filhos, faça. Mas depois quando sua filha te jogar na cara que você faz pouco caso com o irmão, você não venha me pedir ajuda. - Ela ia saindo mas voltou - Só pra constar, vou ajudar a minha filha a pegar muitos garotos, do mesmo jeitinho que você tá ajudando o Ryan a pegar muitas garotas! - Ela saiu me deixando inerte, pisquei varias vezes querendo não acreditar no que ela falou. Sim eu ajudaria ao Ryan a pegar as menininhas mas não vejo a minha menina pegando nenhum garoto pervertido. Ryan era um garoto esperto, nenhuma garota se aproveitaria dele. Já a Isabel era delicada e eu não queria pensar na possibilidade de um garoto encostar nela, seja lá qual for a sua intenção.

Bianca desceu meia hora depois, estava de pijama já, seu cabelo solto e molhado dava a certeza que ela tinha saído rápido do chuveiro e se vestido rapidamente pra vir alimentar seus filhos. Ela foi pra cozinha e tirou as panelas da geladeira as colocando pra esquentar no fogão.
Logo ela chamou as crianças e então fomos pra mesa de jantar, comemos, se não fosse as crianças o clima estaria mais pesado. 
Terminando de jantar, todos saíram da mesa, Bianca alegou cansaço e pediu que as crianças subissem mais cedo pra dormir pra ela dormir tranquilamente, ignorando meus cuidados com os meus filhos.
Fiquei um bom tempo no meu celular, tentando dar tempo pra Bianca dormir para ai sim eu dormir ao lado dela. Não gostava de tá brigado com ela, eu tinha uma enorme necessidade de dormir agarrado a sua cintura sentindo seu cheiro maravilhoso, mas como estamos nessas condições, não posso fazer o mínimo do esforço.
Sem aguentar mais, subi e encontrei Bianca deitada no sofá, com o celular no peito, com certeza acabou dormindo ali. Tomei um banho rápido e voltei pro quarto apenas de cueca. Peguei ela no colo depois de colocar o telefone de lado, levei ela até a cama, ela acordou meio assustada mas sonolenta, me deu dó de ficarmos brigados por coisa boba.
Antes de deitar ao seu lado, peguei seu celular e deixei carregando na tomada. Me deitei agarrando a sua cintura, fungando seu pescoço, inalando seu cheiro maravilhoso. Ela por sua vez me empurrou delicadamente, tentando me afastar. Suspirei triste mas afim de acabar com esse clima estranho.
-Me desculpa, amor! - Pedi baixinho, na esperança de ganhar seu sim.
-Amanhã conversamos! - Ela parou de me empurrar e eu abracei seu corpo outra vez.
-Então deixa eu te amar! - Pedi segurando seu quadril afim dela sentir minha ereção.
-Não dá! To menstruada! - Ela cortou e eu afundei meu rosto no pescoço, tinha tanta certeza que ela engravidaria naquele dia que transamos no seu escritório que eu tinha esquecido que ela não estava no seu período fértil, dias antes da sua menstruação. O jeito era esperar mais um pouco pra ver se eu conseguia mais uma vez.
Acordei com um barulho no quarto, abri meus olhos e encontrei a Bianca reclamar baixinho, sorri de lado.
-Bom dia! - Me espreguicei na cama.
-Bom dia! - Ela murmurou apenas por educação, já que nem olhou direito pra mim. Suspirei passando a mão pelo rosto. Queria conversar com ela e dá um fim dessa briga.
-Bia... Me desculpa! - Pedi me sentando e observando ela andar pelo quarto.
-Agora não, Luan! Eu preciso ir mais cedo pro trabalho, coloca as crianças na van? - Ela pediu desajeitada. Suspirei concordando.
-Só vou me vestir!
Entrei no closet e peguei uma bermuda e uma camiseta preta. Entrei no banheiro e fiz minhas necessidades rapidamente, peguei meu celular olhando as horas e vi que faltava 20 minutos para as 7, suspirei por ser tão cedo. Desci e ganhei um bom dia dos meus filhos e da Cida, Isabel contou que Bianca já tinha saído e nem comeu, apontando pra xícara de café que se encontrava na metade. Sorri de lado dando uma desculpa. As crianças tomaram seu café rapidamente e logo a van que levavam eles buzinou, me despedi deles e eles foram pra escola.
Passei a manhã inteira deitado já que o sono não vinha. Já perto do almoço desci e avisei pra Cida que ia almoçar fora, passei em uma floricultura e comprei as mais belas flores, afim de pedir desculpas mais uma vez.
Não tive pressa em chegar na loja, então ainda parei num acostamento e liguei pro restaurante que a Bianca mais gostava.

Narração da Bianca.

Estava duas vezes decepcionada com a Julia, primeiro que ela tirou dinheiro do caixa, muito dinheiro e a sua confissão me fez crer que eu não confio na minha irmã. E segundo por saber que ela estava usando drogas e me deixou mais triste por jogar na minha cara que eu não percebi, eu não tinha percebido, mas também não tinha o que perceber, ela estava do mesmo jeito que antes, sempre foi bem magrinha e isso não mudou.
Me sentei derrotada na minha cadeira pensando no que eu errei, minha família sempre errando e eu tentando consertar tudo.
-Bia, Luan tá ai. Achei melhor vim avisar já que hoje não é uns dos melhores dias, mas ele tá tão fofo, todo sorridente e ainda com um buque de flores linda! - Bruna falou toda derretida. Acabei concordando com ela e sorrindo feliz por Luan ter vindo, um pouco de distração pro meu dia terrível.
-Nossa, achei que estivesse escondendo algum macho aqui! - Luan falou irônico, encarei ele de forma seria, estava a um passo de aceitar as desculpas dele mas pelo modo que ele me tratou, ele não estava merecendo era nada.
-Como é? - Questionei irritada.

Narração do Luan.

-Achei que a Bruna tivesse... É...Hm... sei lá! - Me sentei me sentindo péssimo pelo comentário idiota que eu fiz. - Trouxe pra você! - Estendi o buque em sua direção, ela desviou o olhar e continuou a mexer no computador. - Que tal irmos almoçar? Pra nos entendermos. - sorrio mas ela não me devolve o sorriso.
-Estou muito ocupada!
-Po! Bia, eu to aqui de corpo e alma dedicando meu tempo pra te pedir desculpas e você simplesmente diz que está ocupada!?
-Realmente, Luan! Estou ocupada pra atender seus pedidos, hoje é um dia cheio e não vejo brecha pra almoçar fora! - Ela era seca.
-Que tanto problema é esse hein?
-Pra começo de conversa, você é meu único problema! - Sua língua estava afiadíssima.
-Isso tudo é TPM, é? - Mas me arrependi mais uma vez.
-TPM vai ser quando eu enfiar esse buque no teu rabo! Seu idiota! - Ela levantou-se pegando o buque da minha mão e despedaçando a flores que eu escolhi com tanto gosto.

Aquilo estava fora dos meus planos, eu esperava sair daquela loja levando minha muié pra almoçar, mas to aqui com o buque todo estraçalhado e minha dignidade lá no chão.

Vish, Luanzinho fala o que não deve e se ferra hahahahaha

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Capitulo 149

-Ryan quer ter contato com a Aline!
-Que? Não! Claro que não! Como você soube disso? - Ele se levantou do meu lado andando de um lado para o outro, nervoso.
-Ele contou! - contei de cabeça baixa.
-O que ele te disse? - Ele se sentou seu olhar era de desespero.
-Ele disse que eu sou a mãe dele e que nada vai mudar mas ele queria saber dela porque ela se afastou!
-Bia... - Ele pareceu mergulhar num poço de medo escondendo seu rosto nas mãos - Eu vou conversar com ele, ela não vai se aproximar dele!
-Luan, não briga com ele, é a opinião dele, se ele não nos contar vai ficar em segredo! E não queremos isso! - Segurei seu braço antes de sair. Ele entrou e eu fiquei sentada. Vi Isabel me procurar com os olhos assim que passou pela porta. Ela veio em passos pequenos quando me viu. Se sentou em silencio e minutos depois começou a falar.
-O que o papai queria falar com o Ryan? - Olhei pra ela, ela sabia que eles eram irmãos só por parte de pai mas isso não mudava nada.
-A mãe do Ryan apareceu, ele quer conversar com ela, entender ela.
-E ele ainda quer falar com ela? - Ela se levantou nervosa - Tia Bru disse que ela quase me matou, quase matou a senhora! - Ela foi murchando. Eu não tinha contado essa historia, era muito doloroso contar isso mas a Bruna acabou contando.
-É Isa, ela fez isso tudo!
-E não foi presa?
-Ela fugiu! Ela ia fugir com você e o Ryan mas acabou deixando vocês dois e eu cuidei de vocês dois.
-E agora o Ryan quer dá mais uma chance pra ela! - Ela bufou se sentando.
-É a opinião dele! Não podemos mandar nele. Vamos apoiar no que ele decidir! - deslizei minhas mãos ao longo dos seus cabelos castanhos - Vamos ser pacientes! - Tentei sorrir.
-A senhora tá com medo né? - Ela se aconchegou nos meus braços.
-Não é medo mas quero que ele veja que eu estou certa!
-Essa mulher veio justamente pra nos perturbar!
-Não fala isso perto do Ryan ok? Querendo ou não é a mãe dele, ele veio dela. As palavras magoam as pessoas! - Pedi.
-Tá bom! A senhora acha que ele vai querer morar com ela?
-O que você acha? - Perguntei.
-Acho que ele vai continuar com a gente! - Ela sorriu feliz. Suspirei aliviada, meu coração também dizia isso mas meus pensamentos me deixavam confusa.
-Eu também! - Sorri de lado.
-O que o papai foi falar com ele?
-Nem eu sei. Não tá na hora da senhorita ir pra cama? - Perguntei mudando de assunto.
-Eu fiquei curiosa, eu estava jogando no quarto do Ryan e o papai pediu que eu saísse pois queria falar com o Ryan.
-Hm! Mas você deveria ir dormir então! - olhei as horas no meu celular
-Eu queria um desses! - Ela pegou o celular da minha mão o desbloqueando.
-Quando tiver idade você terá!
-O meu é feio! - Ela revirou os olhos e eu olhei rindo pra ela.
-Se contente com o que tem mocinha, agora levante e vai pro seu quarto dormir! Amanha você e seu irmão tem aula! - Peguei o meu celular de volta e arrastei minha boneca pra dentro. Ela foi para o quarto dela e eu passei no quarto do Ryan sabendo que Luan continuava lá, bati na porta ouvindo um "Entra" do Luan. Coloquei apenas a cabeça pra dentro sorrindo fingindo não saber de nada. Ryan deu um pequeno sorriso e Luan já estava de pé.
-Vamos? - Luan sorriu pedindo passagem. - Ryan tem que dormir! - Ele sorriu de lado - Boa noite filho!
Eu aproveitei a porta aberta e entrei pra lhe desejar uma boa noite de sono. Meus olhos marejados denunciava o meu medo de perde-lo. Sai logo e Luan saia do quarto da Isabel, Luan veio na minha direção e colocou seu braço em volta do meu corpo me levando para o nosso quarto. Me soltei dele e fechei a porta. Luan retirou a camisa pela cabeça e jogou na poltrona.
-O que conversaram? - perguntei depois do silencio perturbador.
-Não falei da Aline! - Ele sorriu de lado - Ele tem uma namoradinha e quis um concelho. Finalmente ele quis conversar sobre garotas! - O sorriso do pai mais babão estava evidente.
-Garota? - Cruzei os braços no peito.
-Sim! Acredita que ele já deu um beijo nela? Ele tá muito mais além do que eu era quando tinha 9 anos.
-Ele tem oito anos! - o corrigi - E beijo?
-Sim, beijo! Meu filho beijou! - Luan tinha o sorriso mais verdadeiro no rosto.
-Luan, você tá brincando comigo né? Onde que você apoia as crianças beijarem?
-Crianças? Eu apoio meu filho beijar! Isabel não!
-Quê? Faça mil favor Luan! Os dois tem direitos iguais! Já falamos sobre isso! - O lembrei vendo-o fazer careta.
-Bianca você tem que entender que meu filho é homem e minha filha é uma menina! Criança!
Reviro os olhos inconformada com aquele machismo dele.
-Ela tem 10 anos! E o meu menino tem 8 anos! Diferença de idades!
-Não é a diferença de idades que me opinam sobre se eles podem beijar. Filha minha não vai beijar e pronto! - Falou carrancudo, olhei indignada com aquela opinião dele.
-Quando você quiser conversar como um pai que tem o pensamento aberto, você venha falar comigo, caso contrario você está proibido de encostar o dedo em mim! - falei irritada, entrei no banheiro esquecendo dos meus problemas, tomei um banho morno já que o frio era mais frio do que eu imaginava. Quando sai, Luan não estava mais lá, agradeci por não precisar fazer cara dura pra ele. Me enrolei no edredom e adormeci. Acordei com o despertador apitando nos meus ouvidos, me espreguicei querendo continuar na cama. Fui para o banheiro e tomei um banho quente dessa vez, estava cada vez mais frio. Me vesti com roupas bem quentes e fui para o quarto do Ryan, mesmo chateada com aquela historia o chamei carinhosamente, ele acordou, pediu pra faltar alegando o frio mas insisti que fosse pra escola, hoje ele sairia mais cedo já que seus cursos e treino de futebol era em dias alternados segunda, quarta e sexta. Ele acabou concordando comigo e foi tomar banho, deixei sua roupa separada e fui acordar Isabel, ela também enrolou na cama mas finalmente levantou indo tomar banho no seu banheiro.
Desci, encontrando Luan dormindo no sofá da sala, a TV ligada. Desliguei e fui pra cozinha, Cida preparava o café.
-Bom dia! - Falei ao entrar.
-Bom dia Bia! - Sorriu. - Não desliguei a TV pro seu Luan não brigar. Neguei sorrindo.
-Tudo bem! Ele ficou até tarde, daqui a pouco mando-o subir. - Ela concordou e terminou colocando a mesa. As crianças desceram e se juntaram a mesa, tomaram o café da manhã forçadamente por mim, eles costumavam comer pouco dizendo que não tinham fome mas eu insistia até ver o copo e o prato vazio. Isabel toda derretida foi dá um beijo no pai sem que o acordasse mas acabou acordando, ele se despediu dos filhos vendo-os indo pra van. Não precisando de chamar ele, fui tomar meu café da manhã, comi rapidamente observando Luan entrar na cozinha cumprimentar Cida se juntou a mesa e tomou seu café da manhã. Subi quando terminei de comer e escovei meus dentes avaliando minha roupa no espelho. Desci e avisei a Cida que saia, ignorei completamente meu marido que estava na cozinha. Entrei no meu carro e dirigi até o centro onde minha loja se encontrava. Trabalhei até mais tarde, as contas do mês não estava batendo. Estava brigando com as contas e elas não batiam.
Recebi uma mensagem do Luan meia hora depois que eu me atrasei em chegar em casa.

"Tá me evitando?"

Eu estava evitando ele sim mas eu tinha mais coisas importantes do que responder ele.
-Bia, não vai embora? - Era a Bruna.
-Estou com dificuldades pra bater o valor final do mês! - Faço careta enquanto ela se senta e puxa o papel da minha mão.
Ela fez as contas que eu fiz e do mesmo jeito as contas não batiam.
-Oh Bia, não tá batendo mesmo! Tem certeza que fizemos semana passada isso tudo?
-Sim, foi a semana que tivemos mais lucro! Você lembra que ficamos bem felizes por isso! - Ela concordou e eu fiquei ainda mais perdida.
-Bia, não bate! - Ela lamentou
-Você não pegou nenhum dinheiro emprestado no caixa? - Minha voz sai sussurrada, não queria perguntar isso.
-Não! Claro que não Bia! Se eu pegasse eu ia avisar e sem contar que é muito dinheiro!
Suspirei alto.
-Então a Julia pegou!

Como prometido, mais um capitulo hoje haha! Comentem, acho que eu mereço os seus comentários viu haha Bjs.

Capitulo 148

Narração do Luan.

Depois de ter tirado a minha mulher de tantos papeis que rodeava ela, fizemos amor, ali na sala mesmo sem me preocupar se alguém pudesse ouvir, eu só precisava que ela esquecesse todos os problemas e focasse no nosso amor que sempre estava vivo seja onde estivéssemos.
-Luan minha calcinha! - Ela resmungou baixo e eu ri mordendo o lábio
-Vai pra casa sem! Ela é minha agora!
-Luan! - Ela tentava me ganhar toda manhosa mas a calcinha era linda, sem contar que estava com o cheiro dela.
-Ela é minha! - Respondi me levantando.
-Você não vai sair daqui sem me devolver ela e me ajudar arrumar essa bagunça! - Ela barrou meu caminho, acabei rindo concordando (em partes) com ela.
-Ok. Vou te ajudar arrumar a sala, mas a calcinha é minha!
-Luan! Não estou em casa! Não sei andar sem calcinha na rua!
-Aprende! - Ri.
-Eu ainda vou almoçar fora com as meninas, por Deus Luan! Quando eu chegar em casa te dou ela! - Ela revirou os olhos me achando um maníaco. Eu confesso, sou maníaco pelo seu cheiro, cheiro de mulher, cheiro do sexo dela. Sou completamente louco.
-Ok! Só porque me convenceu com essa carinha linda! - Beijei sua boca antes de entregar sua peça tão cheirosa.
-Tarado! - Ela me acusou se vestindo.
-Olha que ainda dá tempo de pegar essa calcinha de volta! - Ameacei vendo ela rir descaradamente.
-Vamos, agora me ajuda! - Ajudei arrumar aquela bagunça que eu fiz tirando tudo da mesa pra amar a minha mulher. Quando finalmente estava tudo organizado ainda fiquei atormentando o juízo da minha esposa até o almoço, Bruna bateu na porta, eu mesmo abri deixando ela entrar.
-Vamos almoçar? - Ela perguntou animada.
-Vou deixar vocês irem! Mais tarde eu te vejo! - Selei os lábios da minha mulher e me despedi da minha irmã com um abraço, acenei pra Julia que atendia uma mulher. Cheguei no meu carro rapidamente e dei a partida do mesmo modo, pegando avenida movimentada, oh transito de São Paulo.
Cheguei em casa e a casa estava silenciosa, entrei com o mesmo silencio e entrei na cozinha encontrando a Cida folheando uma revista. Ela no mesmo momento deu um pulo e pareceu ficar sem graça.
-Tomou susto Cida? - Ri.
-Ah.. não é que... - gaguejou - Não tinha ninguém em casa e o senhor entrou do nada! - Falou tentando manter a voz firme.
-Vim da loja da Bia agora! - Sorri de lado.
-Ah sim. O senhor vai querer almoçar?
-Hoje não é dia das crianças virem cedo né? - Fiz careta.
-Não senhor, só as seis horas!
-Ah tudo bem então, vou comer agora sim!
Ela me deixou a vontade na cozinha e eu preparei o meu prato, almocei assistindo TV. Logo que eu ia tirar um cochilo depois do almoço meu celular toca indicando que eu  tinha uma reunião pra ser discutido sobre o novo projeto. Me espreguicei no sofá e me esquivei no sono que me pegava. Subi indo tomar um banho rápido e gelado. Lembrei do que aconteceu horas mais tarde, sorri alegre, estava ansioso pra saber do resultado da nossa transa, será que em um mês dava pra saber certo que podíamos ter um filho? Queria um menino! Um menino vindo da Bianca, não que o Ryan não fosse capaz de suprir minha necessidade de ser pai de um garoto. Ryan era mais que especial. Também foi a única coisa que Aline foi capaz de me dá.
A reunião foi muito positiva, estava ansioso pelo novo projeto, sempre um novo projeto. Passei horas conversando como seria o formato de tudo, eu era muito ansioso o que fazia todos comemorarem, eu queria participar de tudo que envolvia esse novo projeto. Troquei algumas mensagens com a Bianca no meio da reunião, coisas normais, perguntas e respostas rápidas, eu era muito preocupado com ela e com as crianças. Estava aqui na reunião, colocando todas as minhas ideias pra eles ouvirem mas eu estava com o pensamento na minha família, sempre assim.
No final de tudo decidimos uma data mais pra frente pra conversar mais uma vez sobre. Me despedi e fui pra casa encontrar minha família.
Meus filhos me receberam de braços abertos, me contando as coisas que aconteceram na escola, parei pra ouvi-los, eu era um pai muito ocupado mas quando eu me sentava entre eles me pegava imaginando eles crescendo sendo responsáveis por eles, isso me assustava, não por eles serem responsáveis por eles mas pelo mundo cruel que vivemos.
Depois da Bianca ter quase me tirado dos meus filhos fomos pra cozinha. Bianca tinha um olhar triste, isso me preocupou.

Narração da Bianca.

-O que aconteceu? - Luan me conhecia e era inevitável.
-Não é nada, estou com fome e quero sua ajuda pra terminar essa lasanha! - Mudei totalmente o rumo da conversa e ele pareceu se conformar mas não por muito tempo. Terminando de fazer o jantar fomos comer na sala mesmo, sem precisar montar a mesa, não era necessário. Luan me ajudou a arrumar a bagunça na cozinha, entre alguns beijos.
Luan me puxou pra varanda da casa e ficamos sentados, a casa estava silenciosa e pelo horário e as crianças souberem o horário de dormir deixava o meu tempo mais fácil.
-O que aconteceu hein?
Abaixei a cabeça sem saber como contar.

Vish o que aconteceu hein? 
Hoje terá mais um capitulo! Fiquem ligadinhas e comentem bastante!

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Capitulo 147

Narração da Bianca.

A preocupação de perder meu filho me tirou o sono, ele estava balançado com essa historia, ele ouviu ela implorando pelo amor dele e ele como criança sentiu mas pra mim ela só queria me atingir e estava conseguindo. Ainda fiquei acordada e Luan dormiu, as vezes achamos que a vida estar ótima mas não está, a vida passa por uma linha tão fina que quando estamos bem de uma hora para a outra nos fazem ficar mau, eu só não queria dividir Ryan com aquela psicopata, ela tentou me matar, matar a Isabel e isso nunca teria perdão, nem se ela pagasse todos os pecados que eu havia cometido.
-Ei, tá acordada ainda? - Luan me puxou pra perto dele, acabei cedendo e me aconchegando nos seus braços. Cheguei a dormir mas tive que levantar logo cedo, as crianças tinham aula, acordei Ryan e parecia que nada aconteceu, ele me beijou me abraçou, questionou a preguiça de levantar da cama mas nada que eu ficasse com um pé atrás. Eles tomaram café juntos, aproveitei pra conversar com eles sobre ir com estranhos pra qualquer outro lugar, os devolvi os celulares para que qualquer coisa me ligassem. A van que eles iam buzinou e eles foram, me deram o ultimo beijo e partiram pra escola. Aproveitei pra ligar pra escola e não liberar a saída dos meus filhos com nenhum estranho, só podiam ser liberados pela tia Rosa, a tia da van que buscavam e traziam eles.
Cida viu a minha aflição e puxou assunto comigo.
-Aconteceu alguma coisa, Bia?
-Ai Cida, a ex do Luan, ela voltou! Ela quer infernizar a nossa vida outra vez! - Falei sentindo minha cabeça explodir em raiva.
-Ex sempre é um problema! - Ela comentou pensativa.
-Só que ela é mãe biológica do Ryan, eu nunca contei isso mas o Ryan não é meu filho é só do Luan mas eu o peguei pra criar, cuidei, cuido e se depender de mim vou continuar cuidando até o resto da minha vida!
-Nossa Bia, mas o Ryan é seu pela justiça né?
-Sim! Isso ela não pode mudar, eu posso afastar ela com uma ordem judicial mas e o Ryan? Ele vai achar que eu não quero que eles fiquem juntos, ele tá balançado eu sinto sei como meu filho tá confuso!
-Você tem que ser franca com ele, falar o porque dela ter se afastado, porque ela só quer se aproximar agora, você tem que ser verdadeira com ele!
-É isso que eu quero, ele sempre soube que eu não era mãe dele biológica mas que eu o amava da mesma intensidade. Agora ele só ficou confuso porque ela implorou o amor de filho pra ele.
-É Bia, você tem que ser forte, você o Seu Luan.
Ela me deixou pensativa no meio da sala, eu só fui perceber que eu estava atrasada quando o meu celular tocou, era a Bruna.
-Oi Bru!
-Bia não vai vir não?
-Ai meu Deus, eu esqueci completamente, vou por só uma roupa e já to chegando! - Falei rápido subindo as escadas, como eu tinha planejado enquanto subia, me arrumei rápido, guardando minha maquiagem na bolsa. Desci comendo algo rápido e saindo rapidamente de carro. Ainda peguei um transito horrível, demorou mas cheguei a tempo.
O trabalho me fez esquecer os meus problemas me concentrei totalmente nas coisas que aconteciam na minha loja.
Estava na minha sala organizando alguns boletos já pagos quando ouvi batidas me fazendo desconcentrar, sorri ao ver Luan ali com um sorriso lindo.
-Entra! - Sorri, afastei a cadeira da mesa e ele veio me dá um beijo.
-Achei que ficaria em casa hoje!
-Tenho trabalho! - Sorri de lado.
-Eu sei mas depois de ontem achei que até as crianças ficariam em casa. - Ele pareceu chateado.
-Estou bem! - Segurei seu rosto, aproximei minha boca e o beijei.
-Eu sei que está bem mas você precisa de um tempo! Pensar, descansar! - Ele se sentou no meu colo sem colocar seu peso todo em mim.
-Se você continuar no meu colo eu vou morrer! - Brinquei.
-Então levanta! - Ele pediu segurando na minha mão, ainda confusa levantei.
-Pra que isso? - Mal terminei e vi ele se sentando no meu lugar e em seguida me puxou me fazendo sentar em seu colo. - Luan! Estou no meu trabalho!
-Eu sei, o que que tem? - Ele disse como se não fizesse nada.
-Estou sentada no colo do meu marido! Que é muito safado!
-Eu não fiz nada! - Se fez de inocente - Ainda! - Riu.
-Idiota! - Apertei sua barriga e ele segurou minha cintura.
-Essas unhas me deixa marcado! - Ele reclamou segurando meu pulso.
-É pra te mostrar quem manda! - arranhei seu braço deixando-o vermelho.
-Puta que pariu! - Ele gemeu com dor, ri me levantando mas ele me prendeu em seu colo. - Você não fez isso!? - Ele disse com um tom de voz carregada e ao mesmo tempo autoritária.
-Fiz! Ah se fiz! - Ri.
-Vai aprender a não me marcar desse jeito! - Ele levantou meu corpo e me pôs na mesa, arrancando todas as coisas que estavam em cima, aquilo me assustou.
-Você é louco?
-Você me enlouqueceu! - Seus olhos estavam escuros, ele roçou sua barba no meu pescoço, ele afastou minhas pernas e lentamente senti sua mão adentrar o meu vestido, meus olhos forçaram a se fechar e sentir seu toque.
-Aqui não! - sussurrei incapaz de impedir aquele ato.
-Você diz não mas seu corpo grita dizendo sim! - Ele apertou meu seio esquerdo, senti minha espinha arrepiar, ergui meu corpo sentindo a adrenalina, ele se aproveitou e passou a mão na minha bunda a deixando livre do tecido do meu vestido.
-Luan...! - Segurei sua mão antes de adentrar novamente na minha calcinha.
-Me deixa te fazer gozar? - Sua voz carregada de desejo me fez esquecer até meu nome. Então deixei ele fazer o que ele quisesse. Ele umedeceu dois dedos dele e voltou a me penetrar, eu tinha que evitar fazer algum barulho que fizesse atrapalhar a nossa maluquice.
-A porta! - avisei ainda ofegante.
-Já tranquei! - Ele sorriu de lado, sua mão apertava minha bunda com demasiada força, força o suficiente pra me enlouquecer. Ele adentrou o meu vestido por baixo do mesmo e alcançou meu seio me tirando do eixo. Aos poucos eu relaxava, Luan me proporcionava vários orgasmo, ele me conhecia tão bem quanto eu o conhecia e sabia o quanto estava excitado naquela calça jeans surrada. O puxei pra perto de mim e apertei por cima da calça seu membro, constatando sua excitação. Ele fechou os olhos jogando a cabeça pra trás. Abri a calça com bastante tranquilidade vendo-o me recriminar com os olhos, sorri de lado quando vi a cor da sua cueca, vermelha. Passei a língua pelos lábios umedecendo antes mesmo de sentir ele na boca. Arranhei sua barriga propositalmente e segurando a base do seu pênis passei a língua na cabecinha, fazia círculos enquanto escutava sua garganta libertar alguns gemidos roucos e baixos. Ele me puxou me levantando suas mãos passavam pelo eu corpo inteiro, a boca dele tomava a minha numa sincronia incrível. O coloquei deitado na mesa e subi sobre ele, aos poucos encaixei minha intimidade no pênis dele por completo. Troquei alguns beijos enquanto mexia meu quadril de encontro ao dele, ele gemia rouco, sentia minhas pernas as vezes bambear e ele segurar a minha cintura. Suas mãos o tempo todo tocava o meu corpo de forma sensual. Mudamos de posição por algumas vezes e finalmente chegamos ao nosso limite.



quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Capitulo 146

Narração do Luan.

Ao descer do palco já na van, liguei para a Bianca e o assunto me deixou completamente fora do eixo, sabia que um dia essa mulher iria voltar, mas não achava que demoraria quase 10 anos pra nos atormentar.
Já quase em São Paulo Bianca me ligou confirmando que era a Aline. Meu sangue ferveu deixando claro a minha raiva que eu tinha da Aline, ela já não era legalmente mãe do meu filho, consegui tirar o nome dela nos documentos do meu filho que ela deixou pra eu cuidar. Então ela não tinha o direito de vir e pegar o meu filho e levar pra onde ela quisesse, além de ter o abandonado, agora ela responderia como sequestro.
Isabel já dormia nos meus braços, enquanto a Carla me lembrava todo segundo que a Bianca não prestava como mãe, o fim de semana foi assim, jogou na minha cara que não éramos bons pais e aquilo de deixou ainda mais mau.

Narração da Aline.

Estava tudo dando muito certo pra mim, nesse momento eu estava assistindo meu filho comer, ele disse que estava com fome e então fomos ao shopping, diretamente para a praça de alimentação.
-Então Ryan, me diz mais sobre você!
-Você disse que me conhecia! - Ele deu de ombro.
-É te conheço. A Bianca fala de como você nasceu?
-É mas ela não sabe de muita coisa, ela diz que tem uma moça que era a minha mãe e ela me deixou! - Vi o desconforto nele, ele se remexeu na cadeira - Mas a minha mãe Bia me ama! E isso é o que importa!
Meu menino era tão inteligente, falava palavras certas, sabia se expressar. Mas a tristeza dele me comoveu.
-E você sabe o nome dela?
-Sim! Aline. Eu não gosto de falar dela, ela me deixou isso não tem perdão!
-Mas você não sabe da historia dela, deveria falar com ela, querer saber porque ela te deixou!
-Ela me deixou quando eu era bebê, minha mãe teve que cuidar de mim porque ela sumiu! Isso já basta pra mim odiar ela! - As palavras me feriram, eu não sabia o que fazer.
-Se eu pudesse te levar até ela, você ouviria o que ela tinha pra dizer?
-Não!
-Por que não?
-Eu não gosto dela! Moça eu quero ir embora, minha mãe vai brigar comigo se eu não chegar em casa!
-Eu sou sua mãe! - Esbravejei vendo algumas pessoas se assustarem. Meu filho arregalou os olhos surpreso, me recompus. - Ryan meu amor. Eu sou sua mãe, eu queria me aproximar de você, saber como você era, eu queria que você me chamasse de mãe, me colocasse nos seus planos!
-Você não é a minha mãe! - Ele se levantou e andou, o segui.
-Ryan eu sei que é difícil pra você mas entenda que você nasceu de mim! Eu sou sua mãe! - Sorri segurando seu braço, ele parou me olhando.
-Eu quero ir pra minha casa!
-Tudo bem, eu te levo! - Me dei por vencida e fomos para o estacionamento. Fomos o caminho inteiro em silencio. Ao chegar na portaria entrei, eu tinha comprado uma casa lá e então entrei. Estacionei o carro na frente da casa do Luan e desci junto com ele.
Logo vi a Bianca sair de dentro de casa e vindo em direção ao meu filho.
-O que você tá fazendo aqui? Você tem ideia do que você fez? Eu vou ligar pra policia agora! - Luan vinha me ameaçando.
-O que? Eu trouxe o meu filho de volta, não machuquei ele não! Vocês que colocaram ele contra mim! Ele me odeia! - Esbravejei irritada.
-Aline, ouve o que você tá dizendo, você foi uma desnaturada que largou seu filho pra não ser pega pelas autoridades! Você ia fugir com os meus dois filhos, ia sequestrar os meus dois filhos! Você tem noção do que você fez?
-Eu errei mas meu filho é meu único acerto e eu quero ele de volta!
-Tarde demais, Aline! Tarde demais! Você passou 10 anos da vida do meu filho, pra vim com essa cara deslavada pra assumir maternidade. Ele agora tem uma mãe que ama ele, que faz tudo que você deixou de fazer. Ele a ama, quer ela por perto e eu sei que ele não te quer por perto! - Ele cuspiu as palavras, o ódio me consumiu e eu soquei seu ombro e peito tamanha era a minha raiva. Bianca não tinha o direito de assumir o meu lugar.
-Você não tinha esse direito! Não tinha! Bianca não é mulher pra ser mãe do meu filho, Luan!?
-Eu tinha o direito a partir do momento em que você fugiu das suas responsabilidades! Você errou e tá pagando pelo pecado! Meu filho está muito feliz com os pais dele! Não é você que vai entrar na vida dele e bagunçar! - Ele apertou meus braços e me empurrou, nesse momento minhas lagrimas gritavam pra saírem, mas não dei esse gostinho de vitória pra ele.
-Eu vou lutar pela guarda dele!
-Você é doente, só pode! Nenhum juiz em sã consciência dará a guarda dele pra você, você está sendo procurada pela policia! Primeiro você vai ter que ir pra cadeia, onde é o seu lugar! Depois conversamos sobre o meu filho. Enquanto você estiver toda errada na justiça não ouse a chegar perto do meu filho, você nunca será exemplo de mãe pra ele!
Era difícil engolir toda a culpa mas baixei a cabeça e tornei a levantar.
-Eu vou pagar pelos meus erros mas vou ter o amor do meu filho de volta! - E assim dei as costas sem olhar pra trás, entrei no meu carro e dei a partida, agora eu pude liberar as minhas lagrimas.


Narração do Luan.

A fúria era demais e eu tive que me controlar pra não expulsar essa mulher da frente da minha casa, ela simplesmente me afrontou dizendo que voltaria a ter o amor do filho que ela deixou mas ela estava enganada, ela nunca chegaria perto dele. Entrei me certificando que ela tinha realmente ido embora, meu filho estava nos braços da Bianca, me sentei ao lado deles e afaguei a cabeça dele.
-Ela não te machucou não né? - Perguntei.
-Não, ela só veio com uns assuntos que eu podia ver ela antes de ela falar que ela era a minha mãe. Eu disse que não queria, que eu odiava ela só por ter me deixado!
Ryan começou a contar tudo. Ela queria mesmo se aproximar e ganhar a confiança dele mas já era tarde, ele entendia que a Bianca cuidou dele como se fosse um filho dela mas que tinha uma outra mulher que deu a luz a ele. Esse assunto era conversado com a psicóloga, estava tudo sob controle, ele era maduro o suficiente pra entender o que aconteceu na vida dele.
Bianca se assegurou que ele ia dormir bem e que ele não tinha mudado a sua opinião. Isabel já dormia desde que eu havia chegado. Tomei um banho rapidamente e esperei pela Bianca. Ela demorou mas veio, estava com o rosto tristinho.

-O que aconteceu? - Ela se sentou e eu a puxei pra mim.
-Ryan tá se sentindo culpado! - Ela escondeu o rosto nas mãos. - Eu não quero perder meu filho, Luan! - Ela chorou.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Capitulo 145

Fim de semana chegou e logo tive que viajar, agora com a Isabel do lado. Carla fez cara feia quando soube mas teve que engolir as palavras. Minha filha era bem amada na minha equipe/banda. Na verdade meus filhos era muito bem vindos. Ao chegar no hotel logo a mandei tomar banho, já adiantada pro show. Fiquei assistindo TV junto com a minha filha, não era preciso de mais um quarto para ela, esse meu quarto dava pra ela e mais uns 5 filhos meus. Pensando em filhos, estava ansioso pra voltar pra casa. Bianca já não tomava mais remédio algum pra não engravidar e isso me deixava mais ansioso. Na semana que eu fiquei em casa não tivemos tempo. Na realidade o nosso relacionamento estava seguro pela fidelidade, amor e companheirismo. A parte acesa, a chama que tínhamos a uns tempos atrás não era a mesma. Mas eu não sentia tanta necessidade de quase sempre transar, não que eu tinha esquecido a Bianca, ela cada vez estava mais gostosa, mais linda, ela se cuidava muito ela tinha seus recém 30 anos e parecia cada vez mais jovem.

Narração da Bianca.

Hoje prestei atenção da causa que me estressava tão facilmente, era a minha menstruação que vinha. Como minha medica disse, tudo viria mais intenso do que já era, para piorar a situação uma cólica sem fim. Coisa que era controlada com os hormônios que eu usava.
No fim de semana eu nem sai de casa e apenas deixei o Ryan na casa do Mauro, menos problema para mim. Luan me ligou algumas vezes pra Isabel falar comigo, como ainda estava de castigo, não levou o celular dela e teve que usar o do pai e acabar com os créditos dele com internet. Falava rapidamente com ele, e quando eu perguntei sobre o que ele tinha de tão ocupado ele disse que o Dudu estava lá e ele cantaria uma musica inédita, Luan aproveitaria a transmissão ao vivo na TV pra mostrar mais um sucesso.

Antes do show começar peguei um pote de sorvete e me sentei no sofá colocando uma coberta nas pernas. Fiquei assistindo coisas aleatórias e logo começou, Luan deu uma entrevista para os apresentadores do evento enquanto a Isabel estava do lado dele caladinha, típica de quem tá tímida com tantas câmeras.
-E essa menininha ai hei! É a famosa Isabel Santana?
-É sim! - Luan falou todo orgulhoso a colocando pra frente dele.
-Tudo bem gatinha?
-Tudo sim! - Isabel sorriu colocando a mão na cintura.
-Ela é a sua cara Luan! - A mulher disse.
-É! Todo mundo fala! Desde pequenininha tem a cara do pai! - Riu.
-E canta também?
-Disso ela não puxou em mim nada! - Todos riram. - É igual a minha irmã , adora uma câmera mas não pra cantar!
-Então vamos ver ela na telinha da globo logo, logo né? Com essa beleza da mãe e do pai não tem duvidas que vai fazer muito sucesso!
-Quem sabe! Mas eu sou muito ciumento. Se ela seguir essa carreira vai ser bem depois dos estudos! - Luan desviou o assunto, Luan detestava falar sobre carreira das crianças.
-Estudos na frente sempre! - A moça sorriu. O assunto mudou e começaram a falar das musicas que estavam no repertorio. Percebi que a Carla chamou a Isabel e o Luan teve que ir pro palco, em minutos estava levando o publico a loucura com suas musicas.
No final do show Isabel mais uma vez apareceu do lado do pai, Luan deu mais uma entrevista e foi pro camarim. Desliguei a TV e fui pro quarto a espera da ligação do Luan ou da Isabel, não demorou muito pra eu ver o nome do Luan piscando na tela do meu celular e eu atender, fiquei por horas e quando a Isabel foi dormir, Luan pegou o celular, estava carente e ele percebeu, me prometeu que viria logo e que também estava morrendo de saudades.
Domingo acordei com dores de cabeça mas tinha prometido um dia de mulheres, Bruna, Laura, Julia, Marizete e eu fomos ao shopping, passeamos vimos muitas coisas nas vitrines, compramos também, não muita coisa mas o suficiente pra sairmos com algumas sacolas em mãos. Fomos a praça de alimentação e aproveitamos para comer um belo sanduiche cheio de cheese.
Antes mesmo de escurecer fomos pra casa, estava cansada, minhas pernas doíam e eu só queria me enfiar numa banheira com agua bem quente pra acabar com essas dores nas pernas. Luan mandou uma mensagem avisando que viria pela madrugada e queria que eu o esperasse  acordada, não sabia das suas intenções mas imaginava, aproveitei a minha casa sozinha e fui tomar um belo banho, fazendo lembrar que Ryan teria que voltar para casa, já que o mesmo se encontrava na casa do Mauro desde ontem.
Ao terminar de tomar banho sai do banheiro enrolada na toalha e com uma secando os cabelos, procurei por uma roupa bem leve e confortável. Peguei o celular e desci atrás de algo pra comer. Disquei o numero da casa do Mauro e chamou até cair na caixa postal, fiz umas três vezes e deu a mesma coisa, tentei imaginar que eles não estivessem em casa ou já estivessem trazendo o meu menino. Mas o meu pensamento de mãe sempre se alertava, comi rapidamente o meu lanche e fiquei olhando da janela do meu quarto a rua, mas naquele horário não se via se quer um carro. Meu celular tocou e eu corri pra atender, suspirei aliviada, era da casa do Mauro, era a mãe dele.
-Oi Bia, tudo bem?
-Sim Arlete, mas gostaria de falar com o Ryan, amanhã tem aula e ele precisa vir pra casa! - Sorri mesmo ela não me vendo.
-Ué Bia? Meu marido levou ele ai de tarde, ele disse que uma mulher loira estava saindo da sua casa que deixou por conta dela, até achei que fosse uma das suas irmãs, se não ia reclamar em deixar uma criança assim com uma desconhecida.
-Loira? - Só fui capaz de assimilar isso.
-Sim loira. Porque? Ele não estar com você?
-Não Arlete. Mas obrigada! - Desliguei sem deixar ela se despedir, Aline rondava a minha cabeça, mas porque isso justamente depois de anos, quase 10 anos depois ela vem aparecer como se nada tivesse acontecido. Vesti uma calça e um casaco e sai rapidamente pegando o meu carro. Passei na portaria e pedi que me desse o relatório de visitas da minha casa no dia de hoje, o rapaz que estava lá disse que ninguém veio me visitar, aquilo me tirou dos nervos, se o marido da Arlete viu uma loira na porta na minha casa, quem seria essa loira? E na porta da minha casa? Ryan tinha 9 anos e desde muito pequeno ensinava a ele não falar com estranhos, se fosse a Aline ele de qualquer forma não falaria com ela, ou fosse com ela por livre espontânea vontade.
Liguei pro Luan mas no mesmo momento a Isabel atendeu, eu estava nervosa mas tentei soar tranquila falando que estava com saudades, perguntei se tinha muito tempo que o Luan estava cantando e ela disse que ele tinha acabado de trocar de roupa, dei graças a Deus por ele estar terminando, eu não aguentaria ficar com essa angustia sozinha. Sem saber onde procurar.
Eu nem tinha como ligar pra minhas irmãs, cunhada e sogra, elas estavam o tempo todo comigo, se o pai do Mauro tenha se confundido com elas, seria impossível.

Voltei pra minha casa e contava todos os minutos pra dá tempo pro Luan sair do palco. O meu telefone piscou com o nome do Luan e eu atendi deslizando o dedo pra direita rapidamente.
-Oi amor, tá tudo bem? A Bel disse que você ligou pra mim mas eu estava no palco, sai agora! - Ele falava animado, meu coração se apertou.

-Luan, o Ryan sumiu!
-Que? - Senti que o tom de voz dele tinha mudado - Como assim Bianca? Que brincadeira é essa?
Deixei escapar um soluço.
-Bianca, me diz que isso é mentira!
-Eu queria que fosse mentira! Te contei que ele foi dormir na casa do Mauro, deixei ele lá. Agora de noite quando eu ligo pra casa do Mauro a mãe dele disse que o marido dela tinha deixado ele aqui na porta de casa, uma mulher loira saia e ele achou que era uma das minhas irmãs e não viu problema em deixar ele.
-Aline! - Ele murmurou e meu coração se apertou mais. - Eu não acredito que ela seria capaz dessa coisa! Já falou com o porteiro?
-Já, ninguém veio aqui em casa!
-Tem aquela câmera, você sabe onde tá a chave daquela sala, vai lá e veja quem esteve ai na nossa porta! Eu vou pedir que adiantem a decolagem do jatinho, fica calma viu? Te amo!
-Também te amo! E vem o mais rápido que puder!
-Tá bom. Beijos!
Desliguei colocando a mão no peito, me sentia tão perdida.
Abri o cofre achando o molho de chaves que tínhamos guardados, encarei a arma que tínhamos, depois que sofremos tanta coisa ruim, Luan decidiu ter uma arma em casa, fez até curso de tiro. Que nunca tenha que precisar usar ela. Pensei. Fechei o cofre e fui até um quartinho nos fundos da casa, abri o mesmo e me deparei com algumas televisões, do tamanho médio, as liguei e no mesmo instante via a minha casa, tínhamos câmeras espalhadas pelo quintal, 24 horas ligadas e gravadas.
Peguei o pen drive que gravava aquela manha/tarde e coloquei no computador que tinha ali. Respirei fundo pulando algumas partes. Quando eu vi que estava próximo coloquei passando em tempo normal, vi a tal loira espiando as janelas, ela tentava de forma inútil olhar através das janelas mas tinha as cortinas. Ela tentou se esconder quando o carro do pai do Mauro estacionou em frente a casa mas voltou a fingir que nada acontecia quando o meu filho saiu do carro. Percebi a confusão no olhar do meu filho, ele se questionava quem era a mulher, Aline acenou falando algo provavelmente dizendo que ia se encarregar de devolver o meu filho. O carro do pai do Mauro saiu rapidamente e o que me fez culpa-lo, como deixa uma criança com uma estranha? Aline se abaixou falando algo pro meu filho e ele apenas concordava com ela, meio tímido. Ela apontou pro carro que tinha vindo e eles foram, me partiu o coração vendo ela levar o meu menino.

Liguei pro Luan e ele logo atendeu.
-E ai?
-Foi mesmo a Aline! - falei em prantos sentindo meu peito apertar e minha garganta se formar em um nó angustiante.

Vocês quiseram e ela apareceu HAHAHAHAHA

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Capitulo 144

Agora com as crianças mais velhas não tinha aquela correria de arrumar os dois. Chamei apenas ele pra acordar, abrindo as cortinas, Ryan enrolou mais e creio eu que ele ficou até mais tarde com aquele novo jogo que seu pai lhe presenteou.
-Vamos, Ryan! Vai se atrasar! - Avisei pela terceira vez. Isabel já ocupava o banheiro se arrumando, quando terminou de se vestir apenas me pediu pra arrumar seu cabelo, Ryan ia pro banheiro naquele momento, preguiçosamente. Isabel desceu e Ryan saiu do banheiro já vestido, pediu que eu arrumasse seu cabelo e eu fiz, tentando parecer-se com o pai.
Descemos e Cida já havia feito a mesa, Isabel já tinha comido e esperava o Irmão quando o transporte buzinou na porta. Sim eles agora iam de transporte particular já que quase eu não tinha tempo de levar e buscar eles na escola. Dei um beijo nos dois vendo o Ryan apresado terminando de comer seu café da manha.
-Estudem bem! - Acenei vendo a van se afastar. Voltei pra dentro de casa e fui me arrumar depois de ter tomado café com a Cida. Luan ficou dormindo e eu fui pra loja. Era assim toda a minha semana.

Uma semana depois...
Mais uma segunda e eu estava esgotada, ter duas crianças quase da mesma idade não era fácil, todos os dias era uma briga diferente e o Luan apenas dizia que era coisa de criança. Mas eu não criei duas crianças para brigarem o tempo todo. Os coloquei de castigo, sem passeios, computadores, celular, jogos e muitos outros. Luan dava o luxo pra eles, coisa que na idade deles eu nem sabia o que era. A semana foi de muito estresse, e a calmaria do Luan me estressava de uma maneira que nem em palavras me fazia explicar.
-Bia você anda muito estressada! - Cida me entregava uma xicara de café. - Precisa se acalmar, criança é assim mesmo, se não impor eles brigam mesmo. Mas não se estresse, não faz bem! - Ela sorriu de lado.
Respirei fundo, não estava nos melhores dias, minha cabeça rodava, era a casa, loja, crianças, marido, ter tempo pra me cuidar e para piorar, problemas de outras pessoas. Cocei a vista pouco me importando da minha maquiagem, beberiquei do café e avistei a Isabel vindo até a cozinha.
-Mãe, eu quero viajar com o papai esse fim de semana!
-Quer? Mas por quê?
-Ah sei lá! - Ela deu de ombro abrindo a geladeira.
-Ué tem alguma coisa! 
-Eu só queria passar mais tempo com o papai! Só isso! 
Dei de ombro, se o Luan permitisse e não achasse que teria problemas, estava tudo bem ela ir.
-Só se deixar todos os exercícios da semana que vem pronto, ou mais da metade! Não quero que se atrase nos estudos!
-Tá!
Isabel nunca deu problemas em atividades escolares, era muito calma, porem conversadeira, se distraia fácil nas conversas paralelas na turma, mas seu desempenho era ótimo pra uma criança. Igualmente o Ryan.
-Cadê seu irmão? 
-Tá dormindo!
Quando não tinha seus brinquedinhos era assim, sono para todo lado. Luan tinha ido ao escritório e pelo horário já estava voltando. O que não demorou muito, chamei o Ryan pra tomar café e ele desceu preguiçosamente.

Narração do Luan.

Terminamos de tomar um café reforçado feito pela Cida e eu fui ligar a tv com os meus filhos.
-Vão ver o que? - Bianca perguntou com aquela autoridade de mãe.
-Filme ou serie! - Dei de ombro.
-Eles estão de castigo, sem TV também! - Bianca sorriu cínica.
-É só um filme!
-Era só eu gritando com eles pra eles pararem de brigar!
-Deixa passar essa, Bia! - Pedi vendo meus filhos fazerem cara de cachorro que caiu da mudança.
-Não! Eles estão muito rebeldes! Se eu deixar passar essa vão querer que eu passe por todas as regras!
-Só hoje mamãe! - Isabel correu pra mãe em suplica.
-É mãe! Só hoje, ai vamos seguir o castigo! - Ryan deu a ideia e eu ri.
Bianca ficou em silencio, típico de quem não queria ser dar por vencida, mas acabou relaxando os ombros, peguei sua mão e fiz se sentar do meu lado, as crianças comemoraram e finalmente escolhemos um filme.
As crianças pediram por pizza mas a Bianca foi dura em dizer que era segunda e não era dia de pizza ou qualquer coisa que engordasse. "Vocês vão me agradecer no futuro por não serem gordinhos e não sofrerem bullying" Mais a Isabel que eu já percebia sua personagem forte, típico de garotas que se importam com a alto estima.
-No fim de semana vocês comem o que quiser, mas em dia de semana nada de doces ou massas, ainda mais de noite! - Bia levantou e eu sorrateiramente apertei sua bunda, ela sentiu e se afastou rapidamente e me recriminando com os olhos. Ri comigo mesmo e voltei a atenção para o filme. Em minutos senti o cheiro bom de comida, Bianca esquentava o que a Cida tinha feito. Largamos a TV no momento em que a Bianca nos chamou dizendo que a mesa estava pronta. Jantamos no mesmo clima de sempre. Havia algumas implicância dos dois mas nada que um olhar meu serio pra eles se recompor e voltar a jantar normalmente.
Bianca me fez lavar a louça e obrigou as crianças a secarem a louça, enquanto ela via algo na internet. Depois de tudo arrumado as crianças subiram e eu fiquei sozinho, aproveitei pra andar no quintal da minha casa, fazia tempo que eu não fazia isso. Ficar sozinho era bom as vezes. Não sei quanto tempo eu fiquei olhando as estrelas mas quando percebi o vento frio me fez entrar, bebi um copo de agua e subi fechando a casa e desligando as luzes. Subi e passei no quarto das crianças como sempre fazia quando estava em casa, dava um beijo neles e pedia em silencio a Deus que cuidasse deles quando eu não podia cuidar.
Sai do quarto das crianças e fui para o meu Bia tomava banho, aproveitei também e tirei minha roupa, Bianca estava dentro da banheira tinha agua suficiente pra cobrir seus seios. Ela tinha os olhos fechados e a cabeça erguida pra não molhar o cabelo. Decidi por a mão em sua barriga dentro da agua, ela no mesmo momento abriu os olhos assustada e se tivesse poder de matar com os olhos tinha me matado.
-Tem lugar pra mim ai? - Pedi.
-Já está pelado mesmo! Entra! - Ela me deu espaço e eu entrei enlaçamos as pernas uma na outra e ficamos em silencio, Bianca voltou a sua posição de antes e eu aproveitei pra relaxar.
-Passou no quarto das crianças antes de vir?
-Passei, estão dormindo! - Avisei.
-Hm.
-Você precisa relaxar!
-Estou relaxada!
-Não só agora! Mas em todo momento.
-Todos me dizem pra eu relaxar mas ninguém pede pra as crianças maneirar comigo, poxa! - Ela pareceu desabafar. Sei o quanto era chato falar mais de duas vezes com alguém que entende o significado da palavra "Para" Mas não te ouvirem.
-Vem cá, vira aqui pra eu fazer uma massagem! - Segurei em suas pernas.
-Sem malicia? - Ela ergueu a sobrancelha.
-Sem malicia! - Balancei os ombros revirando os olhos no mesmo momento. Por mais que tivéssemos sem sexo por quase 3 semanas, eu não ia fazer aquela chantagem sexual, se isso existe.
Ela se virou, deixando suas costas a minha frente, aproveitei pra massagear seus ombros, ela logo relaxou, ela precisava disso, a muito tempo não nos permitíamos nos tocar dessa forma, sem malicia. Chegou um certo tempo da nossa vida que era só sexo, sem uma forma de carinho e eu acho que esse estresse todo era por isso. Eu tinha um enorme carinho por minha mulher mas as vezes acabava esquecendo o quanto ela era tímida pra pedir um carinho, um simples gesto.
Aos poucos ela se encostava mais em mim, o que eu me lamentava mais. Ela percebeu mas não desviou da minha situação. Suas mãos massageava as minhas coxas não via malicia naquilo mas meu cérebro dava outra informação.
-Bia! - Chamei baixinho. Ela percebeu despertar da tranquilidade e me encarou de lado. - Deixa que eu faço massagem em você, outro dia você faz em mim! - Sorri de lado. Ela revirou os olhos se afastando de mim, mas se virou, colocando suas pernas em volta do meu corpo. Ela se encaixou colando sua cabeça no meu ombro, acariciei suas costas.
-Se eu te contar uma coisa, jura não se animar? - Ela sussurrou.
-Mais? - Falei referindo a minha ereção.
-Não falei dessa animação! - Ela revirou os olhos e eu ri.
-Diz então! - Ri.
-Parei de tomar aquelas injeções!
-Aquelas que não deixa engravidar?
-Sim!
-Uai mas por quê? Tão te fazendo mal? - Perguntei realmente preocupado.
-Não! - Ela abaixou a cabeça - Você queria tanto que eu vou te dar! -Acho que se eu tivesse frente a um espelho veria meus olhos brilhares.
-Filho?? - Sorri largamente.
-Sim mas não quero que se anime muito como a minha doutora disse, o meu corpo tem que se acostumar sem os hormônios que ele recebia do anticoncepcionais.
-Claro, eu entendo. Eu to muito feliz por essa decisão! - A beijei.
-Que bom! - Sorriu toda linda, voltou a deitar no meu ombro.
-Será que podemos já ver se você já pode engravidar? - Falei pidonho.
-Já te disse que isso demora!
-Mas meu esperma é forte!
Ela riu do meu jeito descontraído.
-É uma rapidinha!
-Você vai ficar chateado se eu disser não?
-Não quero nada forçado, até porque nunca transamos pra agradar!
-Isso ai! Então é não!
-Não custa nada tentar né! - rimos, ela se aconchegou nos meus braços e relaxou como ela queria.
Ficamos por mais tempo ali na banheira mas logo o sono nos atingiu, e então fomos para a cama.
Acordei na hora do almoço, as crianças já estavam em casa, suas aulas agora era pela manhã e aulas por fora da escola era três vezes na semana, hoje terça estavam em casa.
-Oi pai! - Ganhei um beijo da minha filhota.
-Oi meu bebê! Foi pra escola? Já almoçou?
-Cheguei ainda agora do colégio! Tia Cida tá preparando o nosso almoço!
-Então vamos ver se tá pronto! - A peguei no colo, era enorme mas ainda sim era a minha pequena. - Cadê o Ryan? 
-Tá no quintal!
-Boa tarde Cida! - Falei ao entrar na cozinha e sentindo o cheiro bom da comida.
-Oi Seu Luan! O almoço atrasou um pouco pois o gás acabou e demoraram pra entregar! - Ela parecia enrolada.
-Tudo bem, Cida, sem pressa. Vou esperar no quintal junto com as crianças! - Sorri a tranquilizando.
Ryan estava sujando o uniforme com mexendo nas terras, fiz ele subir depois de deixar o uniforme na lavanderia e colocou uma outra roupa antes de descer.
Isabel ficou na rede, adorava ficar balançando. O solzinho estava ótimo, o clima estava frio mas aquele sol estava me esquentando bastante. Troquei algumas mensagens com a minha esposa, ela perguntou se já tínhamos almoçado mas expliquei a ela o que tinha acontecido. Ela se ocupou por lá e eu fiquei nas redes sociais apenas olhando.
Cida nos chamou tempo depois dizendo que o almoço estava pronto.

Sexta chegou e a Isabel quis ir comigo para a estrada, até achei que ela desistiria mas a menina só se animou. Mais uma responsabilidade na minha listinha.


Oooe! Então capitulo postado, imaginam o que vem por ai? hm? Queria dizer que quero muitos comentários, já que os mesmos estão vindo de jegue, comentem bastante, vocês não perdem por esperar o próximo cap! Ahhh E quem tiver no grupo do whats e ninguém avisar lá que eu postei, avisa lá! hahaha Estou sem whats 💔

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Capitulo 143

...


2 meses depois...

Fizemos uma viagem para a Itália, conhecemos bastante os lugares e adoramos, dois meses casada não foi muito diferente, mesmas responsabilidades, mesmo dia-a-dia. O que mudou apenas foi uma aliança no meu dedo e saber que oficialmente eu poderia chamar o Luan de marido. Creio que pro Luan também não mudou muita coisa.
Logo que voltamos de viagem, Luan saiu pra trabalhar, precisava chegar a tempo no local do show.
Bruna também tinha casado e feito sua lua de mel antes de mim, como tínhamos sociedade na loja uma ia e a outra ficava e deu certo. Julia se tornava cada vez mais eficiente, e eu gostava disso, tinha alugado um apartamento e estava começando a comprar os moveis pra ela, ajudei em algumas coisas e ela gostou, Laura também ajudou.

5 anos depois...
Os anos corriam, o que me fez parar pra pensar em parar de tomar o anticoncepcional, Luan queria tanto mais filhos que me fazia esquecer dos medicamentos no horário, então mudei a medicação, todo mês eu tomava uma injeção, o que frustrou muito o Luan. Então decidi parar com qualquer tipo de medicamento que me impedisse de engravidar, sem que Luan percebesse.

Agora as crianças maiores, Isabel de 10 anos e o Ryan preste a completar 9, eles se tornaram mais independente do que eu imaginava, Isabel vivia viajando com a Bruna, Bruna, Clara e Isabel eram inseparáveis, Bruna sabia ser aquela tia liberal que se juntava a bagunça. Ryan adorava jogar bola mas a paixão que o pai tinha desde pequeno fez com que ele se apaixonasse também. Luan era orgulhoso de ter dois filhos muito bem educados e com uma personalidade forte.

Narração do Luan.

40 anos e eu não sabia o que era carregar tanta responsabilidade, filhos entrando na adolescência e eu de cabelo branco. Ficava cada vez mais sem entender o que aquelas crianças falavam, era cada semana uma gíria nova, um aparelho novo. Sem contar que meu filho veio me perguntar o que ele poderia dá pra uma namorada! Na minha época eu cantei pra minha primeira namorada, e eu tinha 14 anos. Ryan tinha a metade, se ele tá assim eu não quero imaginar o que se passa na cabeça da Isabel. Falando nela, ela estava com a Bruna, sabe lá onde. Ryan eu sabia, estava na casa de um amigo. Estava no quarto com a Bianca, o telefone na cozinha começou a tocar e ela desceu as pressas. Coloquei no pausa o filme a espera da minha mulher. Enquanto ela não vinha eu comecei a mexer no celular.


Narração da Bianca.

Enquanto estava deitada na cama junto com meu marido, eu estava trocando mensagens de texto com a minha filha que estava em Manaus, junto com a Bruna viajando com os amigos. Minha filha não era de ficar muito tempo conectada ao WhatsApp e eu como mãe sabia disso, questionei a ela se estava bem e suas respostas não eram firmes, o que me deixou instigada, ela decidiu contar porem não queria que seu pai ( ao meu lado) ouvisse, então mandei ela ligar para o telefone da casa, ela assim que fez eu corri pro andar de baixo atendendo rapidamente.
-Fala meu amor! O que aconteceu?
-Sabe o que é! A Clarinha, Sophia e Gabrielle estão falando que eu preciso beijar algum garoto na boca, e eu não quero isso! Eu acho nojento!
Eu me permiti sorrir, minha menininha estava crescendo, por mais que não quisesse beijar nenhum garoto naquele instante mas eu já sabia que dali em diante teríamos mais segredos e ela precisava de mim pra guarda-los.
-Oh meu amor, você não precisa beijar ninguém, eu já te disse que só beijamos alguém quando sentimos algo especial por esse alguém, se você não estiver preparada não precisa de vergonha pra dizer não!
-Mas até a Sophia já beijou e eu ainda não! - Sophia e Gabrielle eram filhas da Bruna, amiga da minha cunhada, as meninas se tornaram amigas mais pra frente e dali em diante não se desgrudaram mais.
-Cada pessoa tem seu momento e sua hora, não é porque a Sophia beijou que você tem que beijar também! Se você não quer não precisa beijar!
-Tá! Eu não quero beijar, eu acho nojento!
-E seu pai agradece por esse seu pensamento! - Ri
-Mãe, não conta pra ele. A senhora sabe como ele fica quando eu falo dessas coisas!
-Pode deixar, segredo nosso! - Tomei um susto com o Luan passando por mim.
-Segredo? - Gesticulei com a mão pra ele se afastar.
-Filha vou ter que desligar viu?
-Tá mãe, obrigada! Te amo.
-Também te amo meu amor! Tchau!
-Tchau!
-Era a Isabel? Por que ela não te ligou pelo celular? - Franziu o cenho.
-Sabe que eu não sei? Nem perguntei. - Dei de ombro e fui pra sala.
-O que ela queria?
-Saudade! - Fingi desinteresse. - Vai subir?
-Vou! Que estranho, ela sempre liga pra mim também! - Ele ficou confuso.
-Sei lá, vem subir logo! - Reclamei.
Dei fim aqueles questionamentos e fui pro quarto, Luan veio logo e se deitou na cama, deu play no filme e aconcheguei nos braços dele.
-Quando que a Isabel chega?
-Amanhã! E o Ryan vai dormir na casa do... Como é o nome mesmo do menino?
-Mauro! É ele me pediu, vão fazer uma disputa de vídeo game!
-Ah! Não gosto dele dormindo fora de casa, ele não dorme na hora certa! - Reclamei.
-E a Isabel? Também não gosto dela viajando sem ser comigo ou com você!
-Mas é a sua irmã que tá cuidando!
-Por isso mesmo!
-Credo! Ela é a sua irmã!
-Por isso mesmo, não confio na Bruna!
-Luan isso ai é ciúmes, sua menininha tá crescendo e gostando de coisas de meninas!
-Ela gostava de tocar o meu violão!
-Mas você já disse a ela que ela não serve pra cantar e então ela já deixou pra lá isso!
-Mas ela não precisa se cantora pra seguir os mesmos passos que eu!
-Ai Luan, deixa a menina!
-Ela quer atuar agora, ouviu ela falar semana passada? - Ele falou como se fosse a pior coisa do mundo.
-Ouvi, Luan! Mas é a escolha dela, só vamos dar forças!
-Não vou apoiar isso! Não quero ver ela nas novelas se esfregando com esses caras!
-Ai Luan, definitivamente eu não te entendo! Ryan pode namorar mas a Isabel é proibida, tá certo que o namorinho deles não é nada mas você as vezes me tira do serio!
-O que você tá dizendo? Isabel tá de namoro as escondidas? - Se levantou me encarando.
-Pelo contrario, você que acha que ela tá pensando em namoro. Respira e relaxa!
Ele revirou os olhos, parecia pensar em algo.
-Se a Isabel achar algum garoto pra namorar, você me avisa? Eu preciso me preparar!
-Luan, me ouve! Ela tem 10 anos. Não pensa em namorar, nem beijar ela pensa! - Revirei os olhos.
-Isso é pra eu esquecer ou é verdade?
-É a mais pura verdade!
-E por que ela ligou pra você lá embaixo e não aqui?
-Justamente pra dizer que não estava confortável pra beijar um garoto!
-Yes! - Luan comemorou, revirei os olhos diante daquela comemoração - Essa é a minha garotinha!
-Cala a boca, Luan!
-Nem posso mais comemorar que minha filha não quer beijar!
-Tá bom, Rafael. Agora me deixa assistir o filme! - Dei fim aquele assunto e prestei atenção no filme.
Não sei quando eu cai num sono profundo mas acordei cedo, Luan dormia de barriga pra baixo agarrado ao travesseiro, fiz minhas higienes e desci, Cida preparava o almoço.
-Bom dia!
-Bom dia Bia! Dona Bruna ligou dizendo que vão chegar de noite!
-Ah tudo bem! Obrigada! - Sorri me servindo com uma xicara de café. Cortei um pedaço de bolo e comi tomando do café forte.
-Bia, eu queria pedir uma coisa! - Percebi o desconforto dela ao falar.
-Pode pedir Cida! - Sorri a incentivando.
-Como a senhora sabe, minha filha ficou gravida, e para semana o bebê chega, como o pai não quis saber do bebê, a minha filha só tem a mim.
-Nossa, tudo bem, Cida, a senhora sabe que pode contar comigo. Essa semana você tá de folga, era só avisar, nem precisava pedir! - Sorri
-Obrigada dona Bianca!
-Eu já até me cansei de dizer que não existe dona ou senhora né!
-Eu sei mas me sinto melhor assim! - Sorri de lado.
-A sua filha já tem o enxoval todo do bebê?
-Já sim!
-É menino ou menina? - Me sentei em frente a bancada.
-Uma menina! Tá toda boba com o neném!
-Ai que maravilha! Que venha muita alegria e paz, junto com a menininha!
-Amém! - Sorriu. - Assim que eu voltar eu fico um pouco mais tarde pra compensar a semana que eu não vir.
-Nada disso! Vai chegar e sair no horário que sempre foi, essa semana é um presentinho de boas vindas da menininha. - Sorri.
-Você é uma pessoa incrível, sabia? - Cida me abraçou de surpresa e eu retribui.
-Qualquer coisa eu to aqui! - Segurei em suas mãos.
-Obrigada! - agradeceu com sinceridade. Ela voltou a fazer o almoço animadamente e eu fui me arrumar, precisava ir para a loja.
Me despedi da Cida e fui pra loja, ao chegar Julia já estava lá e tina aberto a loja primeiro, eu gostava desse entusiasmo dela. Nesses cinco anos confiei muito nela, ela me passou essa confiança.
-Oi Juju, bom dia!
-Bom dia mana! Tudo bom?
-Sim e você?
-To bem! - Vi um sorriso na boca dela e me intrigou.
-Tá sorrindo muito, aconteceu algo?
-Aaah não é nada! - Passou a mão nos cabelos - Quer dizer, ainda não é nada! Bom eu fiquei com um carinha que entrou na faculdade essa semana e bom, ele é novinho mas tem uma mente incrível! - Sorriu boba.
Conversamos sobre tudo naquele horário mais calmo, ela me contava o que estava rolando entre os dois e eu via os olhinhos dela brilhando.
Ao longo do dia foi tenso, as vezes a loja enchia e tínhamos que dá conta de todos os clientes e as vezes os clientes sumiam todas.
No final do dia fui pra casa, Ryan estava no celular jogado, assim que me viu veio me dá um beijo.
-Cadê seu pai?
-Foi pro tio Dudu!
-Não quis te levar?
-Eu não tinha chegado ainda! - Deu de ombro. - Nem a tia Cida estava em casa!
-E você ficou sozinho aqui? Meu Deus!
-Fiquei, já sou grande! - Revirou os olhos.
-Pra mim não! Tá com fome?
-To! - Ele se jogou no sofá e eu fui fazer algo pra gente comer. - Quando a Isa chega? - Ryan gritou enquanto eu fazia nossos sanduiches.
-Hoje ainda, sua tia traz ela!
-Ah, já estava com saudade de implicar com ela!
-Vocês adoram se implicar, isso é fato! - Revirei os olhos mesmo ele não vendo. -Vem comer, já tá pronto! - Avisei, ele veio rapidamente e comemos conversando sobre coisas banais. Fiz ele me ajudar a arrumar a pequena bagunça e mesmo contra vontade ele me ajudou. Ele logo se apossou da TV mas isso não durou muito, mandei ele ir tomar banho e ele foi. Fui fazer o mesmo, terminei de me vestir e fui ver se ele não estava acabando com a agua do mundo. Na mesma hora que eu abri a porta ele começava  a vestir a cueca.
-Ah mãe! Sai daqui! Eu to me vestindo!
-Até parece que eu nunca te vi pelado! - ri  do desespero dele.
-Eu era uma criança! Agora sou grande!
-Para de exagero, Ryan. Você continua sendo uma criança!
-Ai mãe! Eu vou trancar essa porta da próxima vez!
-Nem ouse! Não vejo necessidade isso! - revirei os olhos. Ouvimos uma buzina
-Deve ser o pai!
-É mais provável ser a Bruna com a Isabel.
-Opa a tia! - Ele se animou, desci na frente deixando ele se vestindo. Como era de se esperar era a Bruna, a convidei pra entrar e ela aceitou, nos contou como foi a viagem, ganhei um beijo e um abraço gostoso da minha filha, até da minha sobrinha que estava enorme desde a ultima vez que eu a vi.
-Vamos jantar fora? Não deve ter nada em casa e eu não vou fazer comida nenhuma! - Bruna revirava os olhos.
-Luan não está em casa! - respondi como uma desculpa.
-Eu ligo pra ele! - Breno avisou sacando o celular do bolso, assenti.
-Então tenho que me arrumar!
-Tá, vou ficar aqui esperando vocês! - Bruna se acomodou no sofá e eu subi depois de ouvir a resposta do Breno "Ele já tá vindo, o Dudu e a Eloisa vão também"
-Vocês vão jantar fora? - Ryan questionou depois de me ver vestida.
-Sim, vai lá se arrumar!
-Achei que seria um jantar de adultos!
-Ué você não disse que era adulto?
Ele riu.
-Vai se arrumar antes que nos atrasamos mais!
-O pai vai?
-Vai!
Ele saiu e eu fui fazer a maquiagem.

Luan não demorou pra chegar, me deu um beijo e antes de se arrumar passou no quarto dos filhos pra matar a saudade.
Cada casal foi no seu carro com seus respectivos filhos. Ao chegar percebi a Isabel ficar acanhada com os filhos do Dudu, eles eram mais velhos que ela, mas nas festas familiares eles estavam, eles cresceram e eles não queriam brincar mais com as crianças e aconteceu a distancia, coisas naturais da vida. Agora vendo a Isabel toda tímida na frente deles me fez pensar que minha filha gostasse de um deles, ou era só timidez mesmo. Cumprimentei meus amigos e logo arrumamos uma mesa. Os rapazes começaram uma conversa sobre musicas, já as mulheres um assunto muito diferente, roupas, sapatos, maquiagem. Até as meninas entravam no assunto, mesmo sem entender muito. Ryan também arriscava a se inteirar no assunto da musica. Ryan tocava violão, Luan o ensinou, Ryan era o orgulho do pai.
O jantar foi muito agradável, mesmo eu não estando afim de ter saído. Luan quando voltou encheu o saco querendo saber como foi a viagem da Isabel.
-É pai, dormi junto com a Clarinha e as filhas da amiga da tia!
-Não tinha meninos né?
-Não pai! - Isabel bufou revirando os olhos em seguida, sem o pai ver.
Logo que chegamos as crianças trataram de subir e se arrumar pra dormir.
-Por que você não ficou em casa esperando pelo Ryan? - Questionei vendo o Luan ligar a tv.
-Achei que ele ia ficar na casa do Mauro até mais tarde! - Deu de ombro.
Fiquei quieta, não queria brigar, estava com dores de cabeça demais pra começar uma discussão. Entrei no banheiro primeiro e tomei um banho quente, estava fazendo frio. Saí enrolada na toalha e fui direto pro closet. Coloquei uma roupa bem larguinha. Logo que eu levantei o edredom senti um mau cheiro.
-Há uns 5 anos atrás você se vestia melhor! - Luan fez careta desaprovando a minhas vestes.
-Claro! Há uns 5 anos atrás você não soltava essas coisas que você chama de peido! - Falei abanando o ar perto do meu nariz.
-Aaah amor, estamos casados há 5 anos!
-Por isso mesmo! Eu uso que eu quiser!
-Então eu peido quando eu quiser!
-O nariz é meu, idiota! - Empurrei ele enquanto ouvia sua risada escandalosa. - Você é um porco! Não me casei com você! - Revirei os olhos!
-Também não me casei com uma mulher que usa essas camisolas broxantes! - Puxou o tecido.
-Não vamos transar! - Dei de ombro - Não preciso usar nenhuma calcinha fio dental!
-Podia ficar pelada!
Olhei pra ele com tedio.
-Não sou obrigada a nada! Sou dona do meu corpo.
-Do corpo mais gostoso que eu já provei! - Senti ele enlaçar minha cintura com o braço.
-Não tem nem vergonha de dizer que já transou com varias! - Bati em seu braço. O passado do Luan nunca me incomodou, ele me aceitou com um passado perturbador que veio junto, seria hipocrisia demais ter ciúmes de um passado tão distante de Luan -Você não vale nada! - resmunguei ainda brincando.
-Eu te amo e assumo, pois você também não vale nada! - Ele gargalhava da minha cara.
-Ridículo! - Acusei, senti ele me prender mais em seus braços e finalmente ficamos em silencio. Me permiti fechar os olhos. Minha vida estava tão perfeita que eu tinha medo de mudar algo nela. Não que um bom dinheiro fizesse a vida melhor, mas o amor que rondava a minha vida era o bastante pra preencher o vazio que minha mãe fazia. Por mais que eu não tivesse uma mãe pra me acolher quando eu precisasse ou quando eu precisasse de um conselho ela estiver ali. Meus filhos e meu marido me davam muito amor e carinho, do jeitinho que eu merecia.

Capitulo e enorme, maaaas se passou 5 anos! E ai gente?