Capitulo 123

Depois do jantar climático, fomos pra casa dos meus sogros, dei graças a Deus por não encontrar meu pai na entrada do condomínio.
-Entra gente, vão ficar na porta? - Marizete nos deu espaço.
-Mari, eu vim só buscar as crianças. Eles precisam dormir cedo! - Falei tentando não entrar mas Luan segurava a minha cintura empurrando pra dentro. Ele entrou e foi direto ver o pai.
-Oi Bia! - Amarildo falou vindo da cozinha -Está sumida, você e meu filho! - Luan o abraçou.
-Tá uma correria, o senhor sabe!
-Imagino, quando ambos começam a trabalhar as 24 horas quase não temos tempo pra nada! Mas vocês se acostumam. As crianças acostumam, podem apostar! - Amarildo falou alegre.
-Cadê o Ryan e a Isabel, pai? - Luan perguntou.
-Estavam com o Puff, estão falando que vocês não querem dá um cachorro pra eles.
-Se não dou conta das crianças imagina de um cachorro. - Falei rindo.
-Onde vocês foram? Está linda, Bia! - Mari me fazia sentar.
-Fomos em um restaurante. - Sorri me acomodando no sofá.
-Mamãe! Papai! - Primeiro foi o Ryan que veio pro meu colo. Já a Isabel vendo o irmão caçula vir pro meu colo, foi para o pai o agarrando.
-Quero um cachorro papai! - Isabel sabia pedir algo. Ela beijou seu rosto enquanto o abraçava.
-Papai vai pensar tá? - Luan sorria com o carinho da filha, nem percebia que a filha já pequena sabia pedir as coisas.
-Vamos pra casa? Vocês precisam dormir! - Levantei com o Ryan no colo.
-Queria dormir no quarto do papai! - Ryan disse fazendo bico.
-Outro dia vocês podem vir aqui e dormir. Amanha vocês tem colégio e precisa do uniforme que tá em casa.
-Isso ai! - Luan levantou com a Isabel.
-Fim de semana vocês vem. Não fiquem triste! A Maria Clara vai vir também, vamos fazer aquele bolo de chocolate que eu prometi! - Mari animava os netos.
-E eu vou dá os bombons que eu prometi! - Amarildo levantou e se despediu de nós.
-Vão com Deus. Apareçam mais aqui em casa. Com as crianças aqui fica tudo mais alegre. - Mari disse nos levando até a porta.
-Isso. Vocês tem que me dá mais netos. Preciso está vivo pra ver todos eles! - Amarildo sempre brincando.
-A Bia que não quer, pai! - Luan colocava culpa em mim.
-Não é fácil cuidar de tudo isso! - Ri.
-Tudo bem. Arrumou uma boa desculpa! Nem eu aguentaria! - Amarildo fez careta - Vão com Deus.
-Fiquem com ele! - Terminei de me despedir dos meus sogros e coloquei as crianças no banco de trás do carro. Em pouquíssimos minutos chegamos a nossa casa.
Ao entrarmos coloquei as crianças pra tomar banho e ir direto dormir. Estava totalmente esgotada e eu precisava da minha cama, urgentemente. Tomados banho, ambos quiseram que o Luan cantasse, eles gostavam que o pai cantasse para eles. Os dois deitavam no ombro do pai e aquilo servia de historinha. Luan se gabava já que seus filhos não pediam historias e sim uma musica na voz dele. Depois deles dormirem, os coloquei nas devidas caminhas e os abençoei. Nunca fui a igreja mas acreditava na força que Deus transmitia, tenho certeza que meus pequenos estavam nas mãos divida dele. Fui pro meu quarto tirando o resto da roupa que me sobrava e entrei no chuveiro tomando um banho relaxante e quente. Depois de vestir o meu pijama, fui pro quarto e me deitei de baixo do edredom, Luan nunca deixava de ligar o ar e eu já até me acostumava.
-Tá ficando velhinho! - O abracei por trás e beijando uma parte da sua tatuagem.
-Ainda falta 4 dias! - Ele riu beijando a minha mão.
-Logo vamos comemorar! - Sorri mesmo ele não podendo ver. - O que você vai fazer?
-To pensando ainda. Meus amigos querem churrasco mas não quero sentir o cheiro do churrasco! - ele reclamou. - Não tem como viajar, fim de semana tá ai e você não pode comigo, já que as crianças estudam e você trabalha Tô ficando sem ideia.
-Um jantar, chama um bom chef e deixa ele preparar um bom prato pra você e cia! - Sorri.
-Pode ser, mas não queria comemorar. Acho que é a velhice. Não me alegra em nada fazer aniversario!
-Deixa disso homem. Eu to nova e não quero ficar nesse resmungação! - ele riu.
-Você é nova mesmo! Nem tem o que reclamar. Eu to velho! - Ele virou-se ficando de frente. - Só não me troque por um novinho!
-Nem por 10 novinhos eu trocava o meu coroa! Mesmo ele reclamando da idade! - Rimos.
-Assim eu espero. Estou orgulhoso de você! Ganhando o seu próprio dinheiro, vivendo o que é de melhor!
-Graças a você! - selei seus lábios. - Não seria nada sem você!
-Minha vida não faria sentido se você não ficasse comigo! - Ele me abraçou, inalei seu cheiro natural, aqueles braços me abraçando, me protegendo, me dando acolhimento, era tudo que eu precisava pra minha noite de sono.

No outro dia acordei cedo, deixei o meu amor dormindo tranquilamente e fui levar as crianças pra escola e fui direto pro trabalho. Bruna chegou bem na mesma hora que eu. Entramos e abrimos a loja.

Narração do Luan.

Passei a mão por toda a cama antes de abrir meus olhos e constatei que a Bianca já havia levantado. Abri meus olhos e peguei o celular e vi as horas dez e meia. Levantei preguiçosamente e tomei um banho. Me vesti e desci.

-Bom dia Cida! - Falei ao entrar na cozinha.

-Bom dia Seu Luan. Quer tomar café? Eu achei que o senhor ia dormir até mais tarde! - Ela sorriu pegando uma xicara e enchendo de café.

-Pois é mas queria dá uma passadinha na loja da Bia, saber como tá indo lá.

-Ah está lindo, Seu Luan. Quando eu tive folga a minha filha passou por lá, quase levou a loja toda, acredita? - Contou e eu ri.

-Imagino. Bianca quando vê loja nova faz a mesma coisa! - ri pegando um pedaço de bolo e a xicara que a Cida tinha colocado pra mim.

-Você vai gostar de lá! - Ela disse feliz.

-Assim eu espero. - Sorri. Terminei de comer e fui escovar os dentes, peguei minha carteira e fui direto pro carro avisando a Cida que estava saindo.
Quando eu cheguei, estacionei o carro um pouco distante da loja, pois não tinha vaga. Sai do carro e fui surpreendido por um velho fedorento.


 Iai alguém chuta? Hahhahaha